Fragilidade e suporte social: um estudo retrospetivo dos idosos admitidos no serviço de urgência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simões, Ângela
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revistas.rcaap.pt/servir/article/view/31593
Resumo: Introdução: Apesar das orientações internacionais, as necessidades dos idosos frágeis são frequentemente subdiagnosticadas; são admitidos recorrentemente em hospitais de agudos com taxas elevadas de visitas a serviços de urgência (SU) e não lhes são oferecidos cuidados paliativos (CP) especializados de forma rotineira, apesar de apresentarem muitos dos critérios necessários à sua referenciação. Objetivos: Descrever a Fragilidade e o Suporte Social nos idosos admitidos no SU de um hospital de agudos e características associadas. Material e Métodos: Neste trabalho descreveremos os resultados das primeiras fases de um estudo retrospetivo, observacional e descritivo sobre a fragilidade e agressividade nos cuidados de fim de vida em idosos admitidos em SU. Com técnica de amostragem aleatória, extraíram-se variáveis sociodemográficas, clínicas e de mortalidade de 8082 episódios de urgência, de pessoas com 65 ou mais anos (episódios totais de 6 dias de cada mês do ano 2019) e aplicou-se a Rockwood Clinical Frailty Scale (CFS) (2004). Análise estatística com IBM SPSS Statistics® versão 20, com nível de significância de 0,05. Resultados: 57% dos idosos são mulheres, média de idade de 81,52 anos (79,93 nos homens). 66,3% são casados e 54,6% moram exclusivamente com o cônjuge. 66,2% não têm apoio social formal. 51,5% não possuem escolaridade. 40,9% com duas ou mais admissões no SU, no último ano, e 62.3% polimedicados. 28,7% são vulneráveis e 43,6% são frágeis (níveis de maior severidade - 14,1%). 15,8% dos episódios resultam em internamento hospitalar e 17% dos idosos morreram até 1 ano após o episódio (44 morreram no SU). Não foi feita referenciação ou chamada de equipa especializada em CP em nenhum dos episódios. Conclusões: Esta fase do estudo já revela alguns dados preocupantes. A maioria dos idosos tem baixo nível de escolaridade, está polimedicado, com elevados níveis de fragilidade, multimorbilidade, recorre com frequência ao SU e apresenta apoio social insuficiente.
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