Avaliação da temperatura induzida por ultrassom em phantoms na presença de fluxo sanguíneo mimetizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, H. Simões
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/6049
Resumo: Hoje em dia a terapia por ultrassom é um recurso amplamente utilizado na fisioterapia, sendo aplicado no tratamento de diversas patologias, tanto nos processos agudos como crónicos. Este projeto visa a caracterização espácio-temporal da temperatura de um tecido quando aplicado ultrassom para fins de terapia térmica. Foram levadas a cabo três experiências considerando phantoms baseados em gel, onde, duas das experiências incluíam um vaso sanguíneo artificial e uma outra que consistia apenas no phantom homogéneo. Os vasos sanguíneos mimetizaram o fluxo sanguíneo de uma veia direita hepática e uma artéria carótida comum. Para cada experiência o phantom foi aquecido pelo dispositivo de terapia por ultrassom emitindo diferentes intensidades (0.5, 1, 1.5, 1.8 W/cm2). A temperatura foi monitorizada por termopares e estimada através dos sinais provindos do transdutor de imagem de ultrassom em pontos específicos no interior do phantom. O procedimento de estimação da temperatura foi baseado no desvio temporal dos ecos, calculados a partir dos desvios dos ecos recolhidos pelo transdutor de imagem de ultrassom. Os resultados mostram que o desvio temporal dos ecos é um método, não invasivo e fiável de estimação da temperatura independente das intensidades de terapia por ultrassom aplicadas e do tipo de fluxo sanguíneo observado nos vasos. A presença do fluxo pulsátil representativo da artéria carótida comum, no ponto de foco do transdutor de terapia por ultrassom origina uma diminuição da variação térmica superior a 50% em relação à experiência em phantoms homogéneos, afetando também a variação da temperatura da área circundante. A maior redução da variação térmica foi registada para o fluxo representativo da artéria hepática, esta atingiu um decréscimo de 60% perante as mesmas condições de terapia aplicada, localização e diâmetro da artéria mimetizada. As percentagens foram obtidas pela comparação com o phantom homogéneo quando aplicada uma intensidade de terapia por ultrassom de 1.5 W/cm2. Em outras palavas, os tecidos vascularizados requerem uma sessão de terapia térmica por ultrassom mais prolongada ou intensidades de terapia por ultrassom mais elevadas e a inclusão de um transdutor de imagem por ultrassom no procedimento de terapia para permitir a monitorização da temperatura de uma forma não invasiva.
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