Morte Súbita e o Desporto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8376 |
Resumo: | A prática desportiva, para além dos benefícios indiscutíveis para a saúde, pode, em determinadas circunstâncias aumentar o risco de eventos cardíacos agudos. O coração, como qualquer outro musculo do corpo, é um órgão que se adapta ao esforço através de hipertrofia e maximização de função. Assim, um atleta pode apresentar alterações cardíacas a nível funcional, estrutural e eletrocardiográfico, geralmente denominadas “coração do atleta”, que não representam mais que uma adaptação fisiológica ao exercício. Por vezes, no entanto, essas adaptações podem evoluir para alterações patológicas que aumentam o risco de eventos cardíacos agudos aquando da prática desportiva, eventos esses que podem, por fim, culminar em morte súbita. A morte súbita é definida como uma morte natural que ocorre dentro de uma hora após manifestação inicial aguda, pode ocorrer ou não na presença de doença cardíaca subjacente, no entanto o momento e modo de apresentação não são expectáveis. Entre os principais fatores de risco para morte súbita destacam-se a idade, o sexo masculino e a raça negra. As principais causas de morte súbita nos atletas são variadas e dependem da região estudada e da idade dos atletas. Destacam-se a Miocardiopatia Hipertrófica nos EUA, a Displasia Arritmogénica do Ventrículo Direito em Itália e a Doença Coronária em atletas com idade superior a 35 anos. A avaliação pré-competitiva dos atletas inclui história clínica e exame físico. O recurso à eletrocardiografia como primeira linha no screening cardiovascular de atletas é ainda muito discutido, sendo o elevado número de falsos positivos a principal objeção à sua utilização. A definição de critérios específicos para a avaliação de parâmetros eletrocardiográficos em atletas veio dar resposta a este problema, diminuindo significativamente os erros de interpretação. Em 2006 foram criados os “Critérios de Seattle” que permitem distinguir as alterações fisiológicas típicas do “coração do atleta” de alterações patológicas que acarretam risco de morte súbita. É essencial a formação dos profissionais de saúde nesta área e a adaptação das instalações desportivas para que possa ser dada uma assistência imediata em caso de um evento agudo potencialmente fatal. É também imprescindível que cada país realize um estudo acerca das principais etiologias de morte súbita dos seus atletas para que possa aplicar as estratégias preventivas mais adequadas à sua realidade. |
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Morte Súbita e o DesportoAvaliação Pré-CompetitivaCoração do AtletaCritérios de SeattleMorte Súbita CardíacaScreening CardiovascularDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaA prática desportiva, para além dos benefícios indiscutíveis para a saúde, pode, em determinadas circunstâncias aumentar o risco de eventos cardíacos agudos. O coração, como qualquer outro musculo do corpo, é um órgão que se adapta ao esforço através de hipertrofia e maximização de função. Assim, um atleta pode apresentar alterações cardíacas a nível funcional, estrutural e eletrocardiográfico, geralmente denominadas “coração do atleta”, que não representam mais que uma adaptação fisiológica ao exercício. Por vezes, no entanto, essas adaptações podem evoluir para alterações patológicas que aumentam o risco de eventos cardíacos agudos aquando da prática desportiva, eventos esses que podem, por fim, culminar em morte súbita. A morte súbita é definida como uma morte natural que ocorre dentro de uma hora após manifestação inicial aguda, pode ocorrer ou não na presença de doença cardíaca subjacente, no entanto o momento e modo de apresentação não são expectáveis. Entre os principais fatores de risco para morte súbita destacam-se a idade, o sexo masculino e a raça negra. As principais causas de morte súbita nos atletas são variadas e dependem da região estudada e da idade dos atletas. Destacam-se a Miocardiopatia Hipertrófica nos EUA, a Displasia Arritmogénica do Ventrículo Direito em Itália e a Doença Coronária em atletas com idade superior a 35 anos. A avaliação pré-competitiva dos atletas inclui história clínica e exame físico. O recurso à eletrocardiografia como primeira linha no screening cardiovascular de atletas é ainda muito discutido, sendo o elevado número de falsos positivos a principal objeção à sua utilização. A definição de critérios específicos para a avaliação de parâmetros eletrocardiográficos em atletas veio dar resposta a este problema, diminuindo significativamente os erros de interpretação. Em 2006 foram criados os “Critérios de Seattle” que permitem distinguir as alterações fisiológicas típicas do “coração do atleta” de alterações patológicas que acarretam risco de morte súbita. É essencial a formação dos profissionais de saúde nesta área e a adaptação das instalações desportivas para que possa ser dada uma assistência imediata em caso de um evento agudo potencialmente fatal. É também imprescindível que cada país realize um estudo acerca das principais etiologias de morte súbita dos seus atletas para que possa aplicar as estratégias preventivas mais adequadas à sua realidade.In addition to the unquestionable benefits of sports practice on our health, in some cases, strenuous exercise may increase the risk of acute cardiac events. The Heart, as any other muscle in the body, is an organ that adapts to effort through hypertrophy and maximizing function. Therefore, an athlete may have functional, structural and electrocardiographic cardiac alterations, commonly known as “Athlete’s Heart”, which represent nothing more than a physiological adaptation to exercise. However, sometimes, these adaptations may evolve to pathological changes that increase the risk of acute cardiac events during sports that may ultimately culminate in sudden death. Sudden death is defined as a natural death occurring within one hour after acute onset, whether or not it occurs in the presence of underlying heart disease, however presentation may be timid and not necessarily expected. The main risk factors for sudden cardiac death are: age, males and blacks. The main causes of sudden death in athletes are varied and depend on the demographic region and the age of the athlete. Being hypertrophic cardiomyopathy the most common cause in the USA, Arrhythmogenic Dysplasia of the Right Ventricle in Italy and Coronary Disease in athletes over 35 years of age. The pre-competitive evaluation of athletes includes clinical history and physical examination. The use of the electrocardiogram as a first line test for the cardiovascular screening of these athletes is still much discussed, and the high number of false positives is the main objection to its use. The definition of specific criteria for the evaluation of the athletes' electrocardiograms came as an answer to this problem, significantly reducing errors of interpretation. In 2006, the "Seattle Criteria" were created to distinguish typical physiological changes in the athlete's heart from pathological changes with increased risk of sudden death. It is essential to train health professionals in this area and to adapt sports facilities so that immediate assistance can be given in case of an acute fatal event. It is also imperative that each country carry out a study about the main etiologies of sudden death of its athletes so that the most appropriate preventive strategies may be applied.Rodrigues, Manuel de CarvalhouBibliorumRodrigues, Ana Catarina Lopes de Castro2020-01-16T16:39:57Z2018-06-152018-04-262018-06-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8376TID:202361888porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8376Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:43.494043Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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