União Europeia e Mediterrâneo Sul: alguma vez signifi cou Parceria?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/3287 |
Resumo: | O presente artigo pretende analisar as relações entre a União Europeia (UE) e os países do Sul do Mediterrâneo, no quadro da Parceria Euro-Mediterrânica. Defende que esta relação foi concebida e construída numa base desigual entre os seus membros (Norte-Sul) que nunca foi superada, razão pela qual nunca foi uma verdadeira parceria e não produziu os resultados pretendidos. Utilizando uma perspectiva diacrónica entre a assinatura da Declaração de Barcelona (1995) e os primeiros desenvolvimentos da União para o Mediterrâneo (2010), pretende-se demonstrar que, assente numa retórica normativa (incluindo a promoção da boa governança, do Estado de Direito e respeito pelos Direitos Humanos), os instrumentos e mecanismos criados tentaram promover a liberalização económica e garantir a estabilidade e a segurança na Europa. Argumenta-se ainda que os princípios de liberalização económica e política que foram promovidos podem ser relacionados com algumas das razões por trás dos recentes confl itos políticos no Norte de África, nomeadamente a criação de economias mal estruturadas e mal adaptadas às necessidades nacionais, e à promoção de mudanças políticas cosméticas sem consequências reais para uma sociedade civil participada. |
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União Europeia e Mediterrâneo Sul: alguma vez signifi cou Parceria?União EuropeiaParceria Euro-MediterrânicaO presente artigo pretende analisar as relações entre a União Europeia (UE) e os países do Sul do Mediterrâneo, no quadro da Parceria Euro-Mediterrânica. Defende que esta relação foi concebida e construída numa base desigual entre os seus membros (Norte-Sul) que nunca foi superada, razão pela qual nunca foi uma verdadeira parceria e não produziu os resultados pretendidos. Utilizando uma perspectiva diacrónica entre a assinatura da Declaração de Barcelona (1995) e os primeiros desenvolvimentos da União para o Mediterrâneo (2010), pretende-se demonstrar que, assente numa retórica normativa (incluindo a promoção da boa governança, do Estado de Direito e respeito pelos Direitos Humanos), os instrumentos e mecanismos criados tentaram promover a liberalização económica e garantir a estabilidade e a segurança na Europa. Argumenta-se ainda que os princípios de liberalização económica e política que foram promovidos podem ser relacionados com algumas das razões por trás dos recentes confl itos políticos no Norte de África, nomeadamente a criação de economias mal estruturadas e mal adaptadas às necessidades nacionais, e à promoção de mudanças políticas cosméticas sem consequências reais para uma sociedade civil participada.OBSERVARE. Universidade Autónoma de Lisboa2017-11-10T13:15:57Z2011-11-18T00:00:00Z2011-11-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/3287por978-989-8191-53-3Pinto, Ana Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:16:22Zoai:repositorio.ual.pt:11144/3287Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:33:11.986053Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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