Incapacidade funcional dos doentes com diagnóstico de AVC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/4723 |
Resumo: | Introdução: O AVC pode ser definido como um comprometimento neurológico focal (ou global), de início súbito, com sintomas persistindo para além de 24 horas, ou levando à morte, de provável origem vascular. É reconhecido como um dos problemas mais importantes de saúde pública, não apenas pelo seu caráter multidimensional, mas também devido às graves consequências que acarreta para o doente e para a sociedade. A reabilitação funcional do doente é um dos requisitos básicos no tratamento pós- AVC. Assim o objetivo geral deste estudo consiste em identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional dos doentes com diagnóstico de AVC. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo não experimental, de natureza quantitativa, transversal e do tipo descritivo-correlacional. Foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 52 doentes, maioritariamente masculinos (61.5%), com uma faixa etária igual ou superior a 80 anos (50%), casados ou em união de facto (51.9%), com menos de quatro anos de escolaridade (46.2%) e a residirem com o cônjuge (30.8%), A recolha de dados foi efetuada através de um formulário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clínica, de contexto familiar, acessibilidades aos cuidados de saúde, Índice de Barthel e Índice de Lawton e Brody. Resultados: Verificámos que a maioria dos doentes, não fizeram reabilitação durante o internamento (92.3%), realizaram um programa de reabilitação após a alta hospitalar (63.5%), desses, a reabilitação teve inicio um mês após o AVC (69.7%), com uma duração entre dois e três meses (33.4%). Constatámos que apenas as determinantes sociodemográficas (grupo etário, estado civil, habilitações literárias, rendimento familiar) e clínicas (tipo de AVC, prática de atividade física e a duração do programa de reabilitação) influenciaram a incapacidade funcional dos doentes. Os doentes com maiores níveis de incapacidade funcional foram, os que pertenciam o grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos, viúvos, que não sabem ler nem escrever, que apresentam um rendimento familiar entre os 250 e 500€, que sofreram AVC Hemorrágico, que não praticam atividade física e que o programa de reabilitação durou menos de um mês. Relativamente à realização das Atividades Básicas de Vida Diária, 40.4% dos doentes eram independentes e 28.8% apresentavam incapacidade grave. Quanto às Atividades Instrumentais de Vida Diária, 55.8% dos doentes apresentavam uma incapacidade grave para a sua realização e apenas 11.5% eram independentes. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo revelaram a existência de fatores determinantes na incapacidade funcional. Este conhecimento permite-nos desenvolver e implementar intervenções personalizadas, que visem a diminuição da incapacidade funcional. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, com intervenções continuadas e direcionadas para as necessidades do doente, propõe-se a promover a autonomia funcional, a potencializar a sua recuperação e a facilitar a sua integração na dinâmica familiar e comunitária o mais precoce possível. Palavras-chave: AVC, Reabilitação; Enfermagem em Reabilitação; Incapacidade Funcional. |
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Incapacidade funcional dos doentes com diagnóstico de AVCAcidente vascular cerebralAvaliação da deficiênciaEnfermagem de reabilitaçãoFactores de riscoFamíliaPapel do enfermeiroReabilitação do acidente vascular cerebralDisability evaluationFamilyNurse's roleRehabilitation nursingRisk factorsStrokeStroke rehabilitationDomínio/Área Científica::Ciências MédicasIntrodução: O AVC pode ser definido como um comprometimento neurológico focal (ou global), de início súbito, com sintomas persistindo para além de 24 horas, ou levando à morte, de provável origem vascular. É reconhecido como um dos problemas mais importantes de saúde pública, não apenas pelo seu caráter multidimensional, mas também devido às graves consequências que acarreta para o doente e para a sociedade. A reabilitação funcional do doente é um dos requisitos básicos no tratamento pós- AVC. Assim o objetivo geral deste estudo consiste em identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional dos doentes com diagnóstico de AVC. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo não experimental, de natureza quantitativa, transversal e do tipo descritivo-correlacional. Foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 52 doentes, maioritariamente masculinos (61.5%), com uma faixa etária igual ou superior a 80 anos (50%), casados ou em união de facto (51.9%), com menos de quatro anos de escolaridade (46.2%) e a residirem com o cônjuge (30.8%), A recolha de dados foi efetuada através de um formulário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clínica, de contexto familiar, acessibilidades aos cuidados de saúde, Índice de Barthel e Índice de Lawton e Brody. Resultados: Verificámos que a maioria dos doentes, não fizeram reabilitação durante o internamento (92.3%), realizaram um programa de reabilitação após a alta hospitalar (63.5%), desses, a reabilitação teve inicio um mês após o AVC (69.7%), com uma duração entre dois e três meses (33.4%). Constatámos que apenas as determinantes sociodemográficas (grupo etário, estado civil, habilitações literárias, rendimento familiar) e clínicas (tipo de AVC, prática de atividade física e a duração do programa de reabilitação) influenciaram a incapacidade funcional dos doentes. Os doentes com maiores níveis de incapacidade funcional foram, os que pertenciam o grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos, viúvos, que não sabem ler nem escrever, que apresentam um rendimento familiar entre os 250 e 500€, que sofreram AVC Hemorrágico, que não praticam atividade física e que o programa de reabilitação durou menos de um mês. Relativamente à realização das Atividades Básicas de Vida Diária, 40.4% dos doentes eram independentes e 28.8% apresentavam incapacidade grave. Quanto às Atividades Instrumentais de Vida Diária, 55.8% dos doentes apresentavam uma incapacidade grave para a sua realização e apenas 11.5% eram independentes. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo revelaram a existência de fatores determinantes na incapacidade funcional. Este conhecimento permite-nos desenvolver e implementar intervenções personalizadas, que visem a diminuição da incapacidade funcional. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, com intervenções continuadas e direcionadas para as necessidades do doente, propõe-se a promover a autonomia funcional, a potencializar a sua recuperação e a facilitar a sua integração na dinâmica familiar e comunitária o mais precoce possível. Palavras-chave: AVC, Reabilitação; Enfermagem em Reabilitação; Incapacidade Funcional.Abstract: Background: Stroke can be defined as a focal (or global) sudden onset neurological impairment with symptoms persisting beyond 24 hours, or leading to death, of probable vascular origin. It is recognized as one of the most important public health problems, not only because of its multidimensional nature, but also because of the serious consequences it has for the patient and for society. Functional rehabilitation of the patient is one of the basic requirements in post-stroke treatment. Thus, the general objective of this study is to identify the factors that determine the functional disability of patients with a diagnosis of stroke. Methods: This is a non-experimental, quantitative, cross-sectional and descriptive-correlational study. It was performed in a non-probabilistic sample for convenience, consisting of 52 patients, mostly male (61.5%), with an age group of 80 years or older (50%), married or in a de facto union (51.9%), with less than four years of schooling (46.2%) and living with the spouse (30.8%). The data collection was done through a form composed of sociodemographic characterization, clinical characterization, family context, accessibility to health care, Barthel Index and Lawton and Brody Index. Results: We found that most of the patients did not perform rehabilitation during hospitalization (92.3%), performed a rehabilitation program after hospital discharge (63.5%), of which rehabilitation started one month after the stroke (69.7%), with a duration between two and three months (33.4%). We found that only sociodemographic determinants (age group, marital status, literacy, family income) and clinical variables (type of stroke, physical activity practice and duration of the rehabilitation program) influenced the functional disability of the patients. The patients with the highest levels of functional disability were those who were aged 80 or over, widowed, who could not read or write, who had a family income of between 250€ and 500€, who suffered a hemorrhagic stroke, who do not practice physical activity and that the rehabilitation program lasted less than a month. Regarding the Basic Activities of Daily Living, 40.4% of the patients were independent and 28.8% presented severe disability. Regarding the Instrumental Activities of Daily Living, 55.8% of the patients had a severe disability and only 11.5% were independent. Conclusion: Evidence found in this study revealed the existence of determining factors in functional disability. This knowledge allows us to develop and implement personalized interventions aimed at reducing functional disability. The Nursing Specialist in Rehabilitation Nursing, proposes to promote the functional autonomy, with continuous interventions and directed to the needs of the patient, to enhance the recovery and to facilitate the integration in the family and community dynamics as early as possible Keywords: Stroke; Rehabilitation; Rehabilitation Nursing; Handicapped.Albuquerque, Carlos Manuel SousaAndrade, Ana Isabel Nunes Pereira AzevedoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuMorgado, José António Alves Reduto2017-11-28T11:02:42Z2017-07-1020162017-07-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/4723TID:201723344porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:27:29Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/4723Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:16.801908Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: O AVC pode ser definido como um comprometimento neurológico focal (ou global), de início súbito, com sintomas persistindo para além de 24 horas, ou levando à morte, de provável origem vascular. É reconhecido como um dos problemas mais importantes de saúde pública, não apenas pelo seu caráter multidimensional, mas também devido às graves consequências que acarreta para o doente e para a sociedade. A reabilitação funcional do doente é um dos requisitos básicos no tratamento pós- AVC. Assim o objetivo geral deste estudo consiste em identificar os fatores determinantes da incapacidade funcional dos doentes com diagnóstico de AVC. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo não experimental, de natureza quantitativa, transversal e do tipo descritivo-correlacional. Foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 52 doentes, maioritariamente masculinos (61.5%), com uma faixa etária igual ou superior a 80 anos (50%), casados ou em união de facto (51.9%), com menos de quatro anos de escolaridade (46.2%) e a residirem com o cônjuge (30.8%), A recolha de dados foi efetuada através de um formulário composto por questões de caracterização sociodemográfica, de caracterização clínica, de contexto familiar, acessibilidades aos cuidados de saúde, Índice de Barthel e Índice de Lawton e Brody. Resultados: Verificámos que a maioria dos doentes, não fizeram reabilitação durante o internamento (92.3%), realizaram um programa de reabilitação após a alta hospitalar (63.5%), desses, a reabilitação teve inicio um mês após o AVC (69.7%), com uma duração entre dois e três meses (33.4%). Constatámos que apenas as determinantes sociodemográficas (grupo etário, estado civil, habilitações literárias, rendimento familiar) e clínicas (tipo de AVC, prática de atividade física e a duração do programa de reabilitação) influenciaram a incapacidade funcional dos doentes. Os doentes com maiores níveis de incapacidade funcional foram, os que pertenciam o grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos, viúvos, que não sabem ler nem escrever, que apresentam um rendimento familiar entre os 250 e 500€, que sofreram AVC Hemorrágico, que não praticam atividade física e que o programa de reabilitação durou menos de um mês. Relativamente à realização das Atividades Básicas de Vida Diária, 40.4% dos doentes eram independentes e 28.8% apresentavam incapacidade grave. Quanto às Atividades Instrumentais de Vida Diária, 55.8% dos doentes apresentavam uma incapacidade grave para a sua realização e apenas 11.5% eram independentes. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo revelaram a existência de fatores determinantes na incapacidade funcional. Este conhecimento permite-nos desenvolver e implementar intervenções personalizadas, que visem a diminuição da incapacidade funcional. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, com intervenções continuadas e direcionadas para as necessidades do doente, propõe-se a promover a autonomia funcional, a potencializar a sua recuperação e a facilitar a sua integração na dinâmica familiar e comunitária o mais precoce possível. Palavras-chave: AVC, Reabilitação; Enfermagem em Reabilitação; Incapacidade Funcional. |
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