Deteção de anticorpos contra agentes de transmissão vetorial em cães e gatos provenientes da África Subsariana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.5/27776 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, área científica de Sanidade Animal |
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Deteção de anticorpos contra agentes de transmissão vetorial em cães e gatos provenientes da África SubsarianaAgentes de transmissão vetorialCãoGatoIFATÁfrica SubsarianaVector borne pathogensDogCatIFATSub-Saharan AfricaDissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, área científica de Sanidade AnimalOs agentes de transmissão vetorial (do inglês “vector-borne pathogens”) têm demonstrado, nos últimos anos, uma capacidade de expansão a novas regiões, gerando uma maior preocupação para os médicos veterinários. Este facto deve-se não só às alterações climáticas, que influenciam a distribuição dos vetores, mas também ao aumento da mobilidade das pessoas e animais. Apesar de serem uma extrema ameaça para a saúde pública mundial, são geralmente negligenciados, especialmente nos países com escassos recursos, incluindo os da África Subsariana. Assim, este estudo visa contribuir para determinar o atual risco de exposição de cães e gatos, oriundos desta região, mas com histórico de viagens para a Europa, de forma a salientar o papel destes como possíveis reservatórios de infeção. Neste estudo, amostras de soro de 112 cães e de 69 gatos, com diferentes proveniências, como Moçambique, Angola e Cabo Verde (36, 67 e 9 cães; 35, 31 e 3 gatos, respetivamente) e com idades compreendidas entre 5 meses e 15 anos, foram submetidas à deteção de anticorpos anti-Ehrlichia canis, Rickettsia conorii, Anaplasma phagocytophilum, Leishmania infantum e Babesia canis, pela técnica de IFAT. O cão foi a espécie com maior taxa de infeção por agentes de transmissão vetorial, com 84,9% (56/66) de seropositivos. L.infantum foi o agente com menor expressão, com 5,6% (2/36) de cães seropositivos em Moçambique e com 14,9% (10/67) em Angola. Já E. canis foi o agente com maior prevalência, com 65,8% (27/41) dos cães de Angola a apresentar anticorpos contra o agente. A seropositividade a R. conorii e A. phagocytophilum também foi detetada, tendo maior expressão em cães de Cabo Verde, com 40,0% (2/5) e 20,0% (1/5), respetivamente. Relativamente aos gatos, 47,5% (19/40) apresentaram anticorpos contra agentes de transmissão vetorial, sendo a infeção por A. phagocytophilum a mais frequente em 47,4% (9/19) dos gatos de Angola e Moçambique. A presença de Ac anti-L. infantum foi observada apenas em 3,2% (1/31) dos gatos de Angola. R. conorii e E. canis foram os segundos agentes com maior prevalência, com 10,5% (2/19) de gatos infetados quer em Moçambique como Angola, respetivamente. Este estudo confirma a exposição a importantes agentes de transmissão vetorial, alguns dos quais zoonóticos, em cães e gatos com histórico de viagens para a Europa e provenientes da África subsariana. Este fato realça a importância de aplicar estratégias preventivas adequadas a cada animal de forma a mitigar a sua propagação, tendo em vista o contexto Uma Só SaúdeABSTRACT - Detection of antibodies against vector-borne pathogens in dogs and cats from Sub-saharan Africa - In recent years, vector-borne pathogens have demonstrated an ability to expand into new regions, creating greater concern for veterinarians. This has been attributed to different reasons: climate change leading to changes in the distribution of vectors and socioeconomic factors such as the increased mobility of humans and animals. Despite being an extreme threat to public health worldwide, they are generally neglected, especially among resource-constrained countries, including those in sub-Saharan Africa. Thus, this study aims to determine the current risk of exposure in dogs and cats from sub-Saharan Africa, that usually travel to Europe, in order to emphasize the importance of their role as possible reservoirs of infection. In this study, serum samples of 112 dogs and 69 cats from Mozambique, Angola and Cape Verde (36, 67 and 9 dogs; 35, 31 and 3 cats, respectively), aged 5 months to 13 years for dogs and until 15 years for cats, were screened by IFAT for Ehrlichia canis, Rickettsia conorii, Anaplasma phagocytophilum, Leishmania infantum and Babesia canis antibodies. The dog was the species with the highest infection rate, 84.9% (56/66), to vector-borne pathogens. L. infantum was the agent with the lowest expression, with 5.6% (2/36) of seropositive dogs from Mozambique and 14.93% (10/67) from Angola. E. canis was the most prevalent agent, with 65.8% (27/41) of dogs from Angola showing antibodies against the agent. Seropositivity to R. conorii and A. phagocytophilum was also detected, with higher expression in dogs from Cape Verde, with 40.0% (2/5) and 20.0% (1/5), respectively. Regarding cats, 47.5% (19/40) showed antibodies against vector-borne pathogens, with A. phagocytophilum infection being the most frequent in 47.4% (9/19) of cats from Angola and Mozambique. The presence of anti-L. infantum antibodies was observed only in 3.2% (1/31) of cats from Angola. R. conorii and E. canis were the second most prevalent vector-borne pathogens, with 10.5% (2/19) of infected cats, in both Mozambique and Angola, respectively. This study confirms the exposure of traveling dogs and cats from sub-Saharan Africa to different vector-borne pathogens, some of them zoonotic, emphasizing the importance of applying preventive strategies to mitigate their spread in the scope of One Health approachUniversidade de Lisboa, Faculdade de Medicina VeterináriaSampaio, Isabel Maria Soares Pereira da Fonseca deAlmeida, Isabel Maria Correia deRepositório da Universidade de LisboaBarbosa, Joana Costa2023-04-272024-04-27T00:00:00Z2023-04-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/27776TID:203441737porBarbosa JC. 2023. Deteção de anticorpos contra agentes de transmissão vetorial em cães e gatos provenientes da África Subsariana [dissertação de mestrado]. Lisboa: FMV-Universidade de Lisboainfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-07T01:36:23Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/27776Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:54:14.981878Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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