A importância da interligação hospitalar: a experiência Hospital de Faro e IPO de Lisboa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ana Sousa
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Carrasqueira, Dolores, Chagas, Sandra, Paiva, Helena, Pedroso, Elsa, Pereira, Filomena, Lacerda, Ana, Rocha, Elsa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2014.2612
Resumo: A patologia oncológica é pouco frequente na criança, mas o seu diagnóstico e tratamento acarretam grande impacto familiar. As Unidades de Oncologia Pediátrica concentram os cuidados especializados de uma grande área geográfica. Para assegurar o suporte clínico e psicossocial é essencial estabelecer uma interligação e comunicação eficazes entre os técnicos de saúde locais e a Unidade de Oncologia Pediátrica (UOP). Este trabalho teve como objectivo caracterizar a população pediátrica oncológica da área de referência do Hospital de Faro entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2010, analisando a experiência de colaboração com o IPO de Lisboa. Procedeu-se à análise longitudinal retrospectiva por consulta dos processos clínicos de Hospital de Dia e Enfermaria, e do Sistema Informático de Apoio ao Médico. Analisaram-se 46 processos (54% sexo masculino; idade média no diagnóstico 6.3 anos). Os tumores mais frequentes foram Leucemia Linfoblástica Aguda (n=10) e Neuroblastoma (n=8). A localidade com maior número de casos foi Olhão (n=13); 79% dos pais de nacionalidade portuguesa. Registaram-se 1263 episódios em Hospital de Dia (média 27 episódios/criança), para avaliação clínica, laboratorial e realização de múltiplos procedimentos. Verificaram-se, simultaneamente, na Enfermaria do Serviço de Pediatria, 83 internamentos, sobretudo por neutropénia febril (41%). Podemos concluir que a existência do Hospital de Dia de Pediatria no Hospital de Faro veio facilitar a articulação com o IPOLFG. Numa perspectiva integrada de complementaridade de recursos, criaram-se condições para a padronização de procedimentos, melhorou-se a acessibilidade e eficiência dos cuidados prestados, com impacto positivo clínico, económico e social e consequentes ganhos em saúde
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