«Pôr a alma em carreira de salvação»: As peregrinações e o casamento enquanto forma de redenção, no século XVIII
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1822/85869 |
Resumo: | Nos séculos xvii e xviii o número de pessoas em movimento era elevado. Os caminhos estavam repletos de indivíduos que se deslocavam em busca de uma vida melhor, de oportunidades de trabalho, tratamento de doenças ou a negócios. Todavia, muitos vagueavam pelas estradas após terem cometido delitos nas suas terras natais. Fugiam, desta forma, aos castigos a que seriam sujeitos. A fuga e a inconstância a que estes homens e mulheres ficavam votados, vendo-se obrigados a criar vidas de fachada para serem acolhidos no seio das comunidades onde se queriam estabelecer levava-os, após alguns anos, a buscarem regularizar a sua condição. É neste último caso que procurámos centrar a nossa atenção. Pretendemos analisar a peregrinação enquanto forma de absolvição não só divina, mas também social. Através do ato de peregrinarem, homens e mulheres passavam a estar aptos para abandonarem as margens da sociedade. A dupla dimensão da peregrinação que colocava o romeiro, até então muitas vezes era conotado como vagabundo, em graça com Deus e com os homens, será o nosso objeto de estudo. |
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«Pôr a alma em carreira de salvação»: As peregrinações e o casamento enquanto forma de redenção, no século XVIIIMatrimónioPeregrinaçãoConcubinatoSantiagoMarriagePilgrimageConcubinageHumanidades::História e ArqueologiaNos séculos xvii e xviii o número de pessoas em movimento era elevado. Os caminhos estavam repletos de indivíduos que se deslocavam em busca de uma vida melhor, de oportunidades de trabalho, tratamento de doenças ou a negócios. Todavia, muitos vagueavam pelas estradas após terem cometido delitos nas suas terras natais. Fugiam, desta forma, aos castigos a que seriam sujeitos. A fuga e a inconstância a que estes homens e mulheres ficavam votados, vendo-se obrigados a criar vidas de fachada para serem acolhidos no seio das comunidades onde se queriam estabelecer levava-os, após alguns anos, a buscarem regularizar a sua condição. É neste último caso que procurámos centrar a nossa atenção. Pretendemos analisar a peregrinação enquanto forma de absolvição não só divina, mas também social. Através do ato de peregrinarem, homens e mulheres passavam a estar aptos para abandonarem as margens da sociedade. A dupla dimensão da peregrinação que colocava o romeiro, até então muitas vezes era conotado como vagabundo, em graça com Deus e com os homens, será o nosso objeto de estudo.In the 17th and 18th centuries the number of people on the move was high. The paths were full of individuals moving in search of a better life, opportunities for work, treatment of illness or business. However, many roamed the roads after committing crimes in their homelands. In this way, they escaped the punishments to which they would be subjected. The flight and the inconsistency to which these men and women were subjected, seeing themselves forced to create facade lives to be welcomed within the communities where they wanted to establish themselves, led them, after a few years, to seek to regularize their condition. It is in this last case that we tried to focus our attention. We intend to analyze the pilgrimage as a form of absolution not only divine, but also social. Through the act of pilgrimage, men and women became able to abandon the margins of society. The double dimension of the pilgrimage that placed the pilgrim, until then was often connoted as a vagabond, in grace with God and with men, will be our object of study.Universidade do MinhoNeves, Liliana Andreia Valente20232023-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/85869por2660-914210.25145/j.histarte.2023.05.01info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-23T01:38:02Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/85869Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:26:18.115425Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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