A reconstrução imaginária de Sants: Economia solidária, utopias para transformação eco-social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Mayra Coelho
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/24973
Resumo: Estamos submersos em uma era de crises – económica, ecológica e democrática – que mantém a vida sob constante risco. O mercado tem prioridade sobre a vida e a economia capitalista mercantiliza suas variadas dimensões. É urgente reposicionar a vida e o planeta no centro, ‘resubstanciar’ a economia de valor social. Assim, esta investigação inicia-se com um escrutínio crítico do capitalismo através da análise dos processos de construção, reconstrução e desconstrução do conceito de ‘desenvolvimento’. A fim de romper seu campo discursivo-ideológico, adota-se a perspectiva de autores ‘pós-desenvolvimentistas’ que defendem o exame de práticas alternativas que emanam de movimentos sociais e a adoção de novas epistemologias. Para consubstanciar estas alternativas ao modelo capitalista, aqui defende-se o uso do conceito de ‘transformação eco-social’. O objeto de estudo desta dissertação é, então, uma destas alternativas: a economia solidária, nomeadamente, o ecossistema solidário do bairro de Sants em Barcelona. Procura-se compreender os fatores que possibilitaram à eclosão de diversas iniciativas contra-hegemónicas e de que forma estas recriam o imaginário social. Para tal, examina-se tanto processos subjetivos individuais quanto coletivos com intuito de explorar como utopias se traduzem em iniciativas transformadoras. Central a análise estão dois conceitos: a ‘transformação eco-social’, para suplantar o ‘desenvolvimento’, e a ‘utopia’, que advogo ser importante como método para construção de outros futuros. Com o emprego da utopia como método, o objetivo é compreender de que forma se dá o processo de reconstrução imaginária de Sants e como fazer florescer alternativas na direção de sociedades mais democráticas, justas, equitativas e sustentáveis.
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