Fósforo, fosfatos e metais em diferentes fontes alimentares da dieta de pacientes renais crónicos em hemodiálise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/2909 |
Resumo: | A hiperfosfatemia (nível sérico de fósforo > 5,5 mg/dL [1,78 mmol/L]) é uma alteração detetada muito frequentemente nos pacientes renais crónicos em hemodiálise. A presença de quantidades elevadas de fósforo e cálcio a nível plasmático conduz a que estes dois elementos se combinem e formem depósitos de fosfato de cálcio no organismo. Estes depósitos, especialmente a nível vascular, provocam o endurecimento dos tecidos, num processo denominado calcificação vascular que contribui de forma significativa para a elevada morbilidade e mortalidade destes pacientes. A hiperfosfatemia pode ser reduzida através da manutenção do regime alimentar recomendado, com a seleção correta dos alimentos, garantindo uma alimentação completa e equilibrada e evitando os alimentos mais ricos em fósforo ou ajustando as suas quantidades e da manutenção do regime de diálise prescrito de forma a permitir filtrar o sangue para a remoção de fósforo plasmático e outras substâncias (por exemplo, potássio e sódio). Tendo em conta os pressupostos referenciados anteriormente levantaram-se as seguintes hipóteses: Os alimentos que fazem parte da dieta de pacientes renais crónicos em hemodiálise são ricos em fosfatos? Os alimentos que fazem parte da dieta de pacientes renais crónicos em hemodiálise são ricos em elementos metais e não metais? Foram então analisados alimentos que fazem parte da dieta regular dos pacientes renais crónicos em hemodiálise, com o intuito de poder ser aconselhado ou não o seu consumo. Com este trabalho, verificou-se que, os alimentos analisados são, de uma maneira geral, ricos em fósforo, pelo que será aconselhável que os pacientes com Doença Renal Crónica restrinjam ou mesmo não os consumam, já que a hiperfosfatemia, como já mencionado, nestes doentes é muito comum e, quando persistente, pode levar a um aumento da morbilidade e mortalidade. Em relação ao teor de fosfatos presente nos alimentos analisados, verificou-se que será importante alertar os pacientes com hiperfosfatemia para o não consumo do vinho tinto e o consumo limitado das bebidas refrigerantes cola e cola zero descafeinada. Através do presente trabalho, é ainda possível concluir que no que respeita ao leite e produtos láteos, será preferível aconselhar aos doentes com hiperfosfatemia o consumo de iogurte líquido magro aromatizado com sabor a morango e banana em vez do leite meio gordo UHT. Relativamente aos metais, e tendo em conta que os teores de ferro mais elevados foram encontrados no miolo de noz, no pão-de-ló, e na salsicha tipo "Frankfurt" escorrida, poderíamos dizer que estes seriam os produtos mais aconselhados. No entanto, não devem ser consumidos pelos pacientes devido ao seu elevado teor em fósforo. O consumo de alimentos com elevado conteúdo de sódio deve ser evitado, uma vez que um reflexo natural do seu consumo é a sede, e estes pacientes têm restrição de líquidos; é então desaconselhado o consumo de produtos de charcutaria, salsicharia e conservas. Verificou-se em relação ao potássio, que alguns dos alimentos analisados devem ser restringidos aos pacientes renais crónicos pelo risco de hipercaliemia que pode conduzir à morte. Destacam-se as batatas fritas de pacote e a polpa de tomate. |
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Fósforo, fosfatos e metais em diferentes fontes alimentares da dieta de pacientes renais crónicos em hemodiáliseHiperfosfatemiaAditivos alimentaresHemodiáliseDoença renal crónicaA hiperfosfatemia (nível sérico de fósforo > 5,5 mg/dL [1,78 mmol/L]) é uma alteração detetada muito frequentemente nos pacientes renais crónicos em hemodiálise. A presença de quantidades elevadas de fósforo e cálcio a nível plasmático conduz a que estes dois elementos se combinem e formem depósitos de fosfato de cálcio no organismo. Estes depósitos, especialmente a nível vascular, provocam o endurecimento dos tecidos, num processo denominado calcificação vascular que contribui de forma significativa para a elevada morbilidade e mortalidade destes pacientes. A hiperfosfatemia pode ser reduzida através da manutenção do regime alimentar recomendado, com a seleção correta dos alimentos, garantindo uma alimentação completa e equilibrada e evitando os alimentos mais ricos em fósforo ou ajustando as suas quantidades e da manutenção do regime de diálise prescrito de forma a permitir filtrar o sangue para a remoção de fósforo plasmático e outras substâncias (por exemplo, potássio e sódio). Tendo em conta os pressupostos referenciados anteriormente levantaram-se as seguintes hipóteses: Os alimentos que fazem parte da dieta de pacientes renais crónicos em hemodiálise são ricos em fosfatos? Os alimentos que fazem parte da dieta de pacientes renais crónicos em hemodiálise são ricos em elementos metais e não metais? Foram então analisados alimentos que fazem parte da dieta regular dos pacientes renais crónicos em hemodiálise, com o intuito de poder ser aconselhado ou não o seu consumo. Com este trabalho, verificou-se que, os alimentos analisados são, de uma maneira geral, ricos em fósforo, pelo que será aconselhável que os pacientes com Doença Renal Crónica restrinjam ou mesmo não os consumam, já que a hiperfosfatemia, como já mencionado, nestes doentes é muito comum e, quando persistente, pode levar a um aumento da morbilidade e mortalidade. Em relação ao teor de fosfatos presente nos alimentos analisados, verificou-se que será importante alertar os pacientes com hiperfosfatemia para o não consumo do vinho tinto e o consumo limitado das bebidas refrigerantes cola e cola zero descafeinada. Através do presente trabalho, é ainda possível concluir que no que respeita ao leite e produtos láteos, será preferível aconselhar aos doentes com hiperfosfatemia o consumo de iogurte líquido magro aromatizado com sabor a morango e banana em vez do leite meio gordo UHT. Relativamente aos metais, e tendo em conta que os teores de ferro mais elevados foram encontrados no miolo de noz, no pão-de-ló, e na salsicha tipo "Frankfurt" escorrida, poderíamos dizer que estes seriam os produtos mais aconselhados. No entanto, não devem ser consumidos pelos pacientes devido ao seu elevado teor em fósforo. O consumo de alimentos com elevado conteúdo de sódio deve ser evitado, uma vez que um reflexo natural do seu consumo é a sede, e estes pacientes têm restrição de líquidos; é então desaconselhado o consumo de produtos de charcutaria, salsicharia e conservas. Verificou-se em relação ao potássio, que alguns dos alimentos analisados devem ser restringidos aos pacientes renais crónicos pelo risco de hipercaliemia que pode conduzir à morte. Destacam-se as batatas fritas de pacote e a polpa de tomate.Hyperphosphatemia (serum phosphorus> 5.5 mg/dL [1.78 mmol/L]) is a change very often detected in patients with chronic renal failure on hemodialysis. The presence of high amounts of phosphorus and calcium plasma level leads to these two elements combine and form deposits of calcium phosphate in the body. These deposits, especially at the vascular cause hardening of the tissues in a process called vascular calcification that contributes significantly to the high morbidity and mortality of these patients. Hyperphosphatemia incidence maybe reduced through a recommended diet, comprehending a proper food selection, ensuring that a complete and balanced diet is followed which contemplated avoiding high phosphorus content foods or adjusting their quantities; however, the prescribed dialysis regimen should be maintained, allowing the removal of phosphorus and other substances from the plasma (eg. potassium and sodium) of the filtered blood. Taking into account the referred, the following hypotheses were raised: (1) Are foods that belong to renal patient's diet on chronic hemodialysis rich in phosphates? (2) Are foods that belong to chronic renal failure patient's diet on hemodialysis elements rich in metals and nonmetals? Patients with chronic renal failure on hemodialysis had their regular diet food analyzed, in order to recommend which food products should be consumed. The analyzed food products were generally rich in phosphorus, so patients with chronic kidney disease were advised to restrict or even to avoid their consumption, since hyperphosphatemia, as previously mentioned, in these patients, is very common. Hyperphosphatemia´s persistence can lead to morbidity and mortality increase. Regarding the phosphates content in the food products analyzed, it was important to warn patients with hyperphosphatemia to non-consume red wine and limited their consumption of soft drinks, as cola and decaffeinated cola zero. Throughout this work, it was still possible to conclude that with regard to milk and dairy products, it is preferable to advise patients with hyperphosphatemia to consume skimmed liquid yogurt flavored with strawberry and banana instead of UHT semi-skimmed milk. Considering metals, and having in mind that high iron levels were found on walnut kernels, sponge cake and drained sausage "Frankfurt" type, suggesting that these are the products that best fit in this diet. However, these products should not be consumed by the patients once they present high phosphorus content. The consumption of food products with high sodium content should be avoided, since they lead to thirst, and these particular patients have fluid restrictions and therefore it is not recommended that they eat charcuterie, sausages and canned foods. It was found in relation to potassium, that some of the analyzed food products should be restricted to chronic kidney disease with risk of hyperkalemia which can lead to death. Highlighting the potato chips and the tomato pulp food products.2014-01-24T15:05:21Z2014-01-24T00:00:00Z2014-01-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2909porGomes, Isabel Maria Correiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:50:51Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2909Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:05:09.208360Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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