Corpos estranhos traqueobrônquicos no adulto Experiência da Unidade de Broncologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592006000100002 |
Resumo: | Introdução: A aspiração de corpos estranhos (ACE) no adulto é uma situação rara que pode permanecer oculta por períodos de tempo prolongados. Um elevado índice de suspeição clínica é o factor primordial para o correcto diagnóstico desta condição no adulto. A extracção precoce do CE pode evitar complicações e sequelas graves. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos casos de ACE em adultos durante um período de 20 anos (Outubro de 1985 a Setembro de 2005). Resultados: No referido período foram extraídos 77 CE em adultos, 52 homens (68%) e 25 mulheres (32%). Idade média 51,4 anos; atraso médio entre aspiração e extracção 401,6 dias (mín: 3h, máx: 21anos), 17% nas primeiras 48h; formas de apresentação mais frequentes _ episódio asfíxico agudo (28%) e tosse persistente (22%); natureza dos CE _ fragmentos ósseos- 26 (33%), vegetais - 24 (31%); alojaram-se mais frequentemente à direita (63%); 20 (26%) revelaram-se radiopacos. Por opção técnica do Serviço, utilizou-se a broncoscopia rígida (BR) em 75 casos e a broncofibroscopia (BFC) apenas em dois. Dois doentes necessitaram de duas BR para extracção do CE. Não houve complicações, necessidade de cirurgia ou sequelas relevantes. Conclusões: A ACE pode acontecer em qualquer idade. No adulto, o quadro clínico é variável e o episódio de aspiração nem sempre é identificado. A BR demonstrou ser um método eficaz e seguro. A ACE deve ser um diagnóstico diferencial a considerar em adultos com quadros respiratórios de evolução mais arrastada. |
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