Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins,A.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Azevedo,S., Raimundo,F., Carvalho,L., Madeira,M.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100021
Resumo: Estudou-se a decomposição e a dinâmica de nutrientes de folhas e agulhas senescentes de Castanea sativa (CS), Pinus pinaster (PP), Pinus nigra (PN) e Pseudotsuga menziesii (PM) durante 3,1 a 3,5 anos, bem como a evolução da composição química e estrutural dos mesmos resíduos durante 391 a 518 dias, por intermédio da técnica das saquetas. Os teores de N eram mais elevados nas agulhas de PM (14,5 g kg-1) e nas folhas de CS (12,1 g kg-1) do que nas agulhas de PP (3,8 g kg-1) e PN (4,7 g kg-1) e, implicando que a razão C/N fosse menor nas primeiras (respectivamente 39,0 e 46,8) do que nas segundas (respectivamente 147,7 e 122,2). As agulhas de PM apresentavam o teor mais elevado de Ca (9,1 g kg-1) e de compostos solúveis em álcool e água (384 g kg-1, contra 95 a 160 g kg-1 nas restantes espécies), mas o teor mais baixo em holocelulose (253 g kg-1, contra ±500 g kg-1 nas restantes espécies). A razão lenhina/N era muito maior nas agulhas de PP e PN (respectivamente 71,2 e 58,3) do que nas agulhas de PM e folhas de CS (respectivamente, 20,5 e 20,3), enquanto a razão holocelulose/lenhina se situava entre o mínimo de 0,9, nas agulhas de PM, e 1,9 -2,1 para as outras espécies. A taxa de decomposição anual para todo o período de estudo, seguindo o modelo exponencial negativo, decresceu segundo a ordem CS>PN>PM>PP (0,35, -0,27, -0,19 e -0,16), com valores mais elevados no primeiro ano em CS (-0,60) e PM (-0,31). Os constituintes solúveis e a hemicelulose decresceram em geral acentuadamente com o decorrer da decomposição, enquanto a lenhina e a celulose apresentaram pequena variação, nomeadamente nas agulhas de PP e PM. As quantidades remanescentes de K, Ca e Mg decresceram durante o processo de decomposição, atingindo no final do estudo respectivamente 17 a 65%, 30 a 60 % e 18 a 59% da inicial. As quantidades remanescentes finais de N (41 a 121 %) e de P (33 a 104 %) tanto foram inferiores como superiores às iniciais. A razão C/N diminuiu acentuadamente durante a decomposição, sobretudo nas agulhas de PP e PN, com valores finais de 53,2 47,1.
id RCAP_ea4d1e5e06917881115ecf5cfe60b4e2
oai_identifier_str oai:scielo:S0871-018X2009000100021
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientesEstudou-se a decomposição e a dinâmica de nutrientes de folhas e agulhas senescentes de Castanea sativa (CS), Pinus pinaster (PP), Pinus nigra (PN) e Pseudotsuga menziesii (PM) durante 3,1 a 3,5 anos, bem como a evolução da composição química e estrutural dos mesmos resíduos durante 391 a 518 dias, por intermédio da técnica das saquetas. Os teores de N eram mais elevados nas agulhas de PM (14,5 g kg-1) e nas folhas de CS (12,1 g kg-1) do que nas agulhas de PP (3,8 g kg-1) e PN (4,7 g kg-1) e, implicando que a razão C/N fosse menor nas primeiras (respectivamente 39,0 e 46,8) do que nas segundas (respectivamente 147,7 e 122,2). As agulhas de PM apresentavam o teor mais elevado de Ca (9,1 g kg-1) e de compostos solúveis em álcool e água (384 g kg-1, contra 95 a 160 g kg-1 nas restantes espécies), mas o teor mais baixo em holocelulose (253 g kg-1, contra ±500 g kg-1 nas restantes espécies). A razão lenhina/N era muito maior nas agulhas de PP e PN (respectivamente 71,2 e 58,3) do que nas agulhas de PM e folhas de CS (respectivamente, 20,5 e 20,3), enquanto a razão holocelulose/lenhina se situava entre o mínimo de 0,9, nas agulhas de PM, e 1,9 -2,1 para as outras espécies. A taxa de decomposição anual para todo o período de estudo, seguindo o modelo exponencial negativo, decresceu segundo a ordem CS>PN>PM>PP (0,35, -0,27, -0,19 e -0,16), com valores mais elevados no primeiro ano em CS (-0,60) e PM (-0,31). Os constituintes solúveis e a hemicelulose decresceram em geral acentuadamente com o decorrer da decomposição, enquanto a lenhina e a celulose apresentaram pequena variação, nomeadamente nas agulhas de PP e PM. As quantidades remanescentes de K, Ca e Mg decresceram durante o processo de decomposição, atingindo no final do estudo respectivamente 17 a 65%, 30 a 60 % e 18 a 59% da inicial. As quantidades remanescentes finais de N (41 a 121 %) e de P (33 a 104 %) tanto foram inferiores como superiores às iniciais. A razão C/N diminuiu acentuadamente durante a decomposição, sobretudo nas agulhas de PP e PN, com valores finais de 53,2 47,1.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2009-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100021Revista de Ciências Agrárias v.32 n.1 2009reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100021Martins,A.Azevedo,S.Raimundo,F.Carvalho,L.Madeira,M.info:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:01:39Zoai:scielo:S0871-018X2009000100021Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:17:00.038836Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
title Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
spellingShingle Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
Martins,A.
title_short Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
title_full Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
title_fullStr Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
title_full_unstemmed Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
title_sort Decomposição de folhada de quatro espécies florestais no Norte de Portugal: Taxa de decomposição e evolução da composição estrutural e do teor em nutrientes
author Martins,A.
author_facet Martins,A.
Azevedo,S.
Raimundo,F.
Carvalho,L.
Madeira,M.
author_role author
author2 Azevedo,S.
Raimundo,F.
Carvalho,L.
Madeira,M.
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins,A.
Azevedo,S.
Raimundo,F.
Carvalho,L.
Madeira,M.
description Estudou-se a decomposição e a dinâmica de nutrientes de folhas e agulhas senescentes de Castanea sativa (CS), Pinus pinaster (PP), Pinus nigra (PN) e Pseudotsuga menziesii (PM) durante 3,1 a 3,5 anos, bem como a evolução da composição química e estrutural dos mesmos resíduos durante 391 a 518 dias, por intermédio da técnica das saquetas. Os teores de N eram mais elevados nas agulhas de PM (14,5 g kg-1) e nas folhas de CS (12,1 g kg-1) do que nas agulhas de PP (3,8 g kg-1) e PN (4,7 g kg-1) e, implicando que a razão C/N fosse menor nas primeiras (respectivamente 39,0 e 46,8) do que nas segundas (respectivamente 147,7 e 122,2). As agulhas de PM apresentavam o teor mais elevado de Ca (9,1 g kg-1) e de compostos solúveis em álcool e água (384 g kg-1, contra 95 a 160 g kg-1 nas restantes espécies), mas o teor mais baixo em holocelulose (253 g kg-1, contra ±500 g kg-1 nas restantes espécies). A razão lenhina/N era muito maior nas agulhas de PP e PN (respectivamente 71,2 e 58,3) do que nas agulhas de PM e folhas de CS (respectivamente, 20,5 e 20,3), enquanto a razão holocelulose/lenhina se situava entre o mínimo de 0,9, nas agulhas de PM, e 1,9 -2,1 para as outras espécies. A taxa de decomposição anual para todo o período de estudo, seguindo o modelo exponencial negativo, decresceu segundo a ordem CS>PN>PM>PP (0,35, -0,27, -0,19 e -0,16), com valores mais elevados no primeiro ano em CS (-0,60) e PM (-0,31). Os constituintes solúveis e a hemicelulose decresceram em geral acentuadamente com o decorrer da decomposição, enquanto a lenhina e a celulose apresentaram pequena variação, nomeadamente nas agulhas de PP e PM. As quantidades remanescentes de K, Ca e Mg decresceram durante o processo de decomposição, atingindo no final do estudo respectivamente 17 a 65%, 30 a 60 % e 18 a 59% da inicial. As quantidades remanescentes finais de N (41 a 121 %) e de P (33 a 104 %) tanto foram inferiores como superiores às iniciais. A razão C/N diminuiu acentuadamente durante a decomposição, sobretudo nas agulhas de PP e PN, com valores finais de 53,2 47,1.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-01-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100021
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100021
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100021
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Ciências Agrárias v.32 n.1 2009
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137265538039808