O papel da inibição-excitação sexual e da qualidade do relacionamento no orgasmo feminino
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/9932 |
Resumo: | O orgasmo é uma experiência subjetiva acompanhada por uma série de mudanças psicofisiológicas e sobre as quais ainda temos um conhecimento limitado. É assim crucial o desenvolvimento de novos estudos que permitam uma melhor compreensão deste fenómeno e a forma como o mesmo se relaciona com diferentes variáveis psicológicas e relacionais. Assim, o presente estudo pretende avaliar e explorar o papel da excitação/inibição sexual, funcionamento sexual, satisfação relacional e satisfação sexual nos diferentes tipos de orgasmo feminino numa amostra da população portuguesa. Um total de 161 mulheres portuguesas, com idades compreendidas entre os 18 e os 53 anos, participaram no presente estudo, 60 com a experiência de orgasmos múltiplos, 59 com a experiência de orgasmo único e 42 com dificuldades no orgasmo As participantes responderam a uma bateria de questionários disponibilizados através de um link online, os quais avaliaram cada uma das dimensões anteriormente mencionadas. Os resultados indicaram que as mulheres que experienciam orgasmos múltiplos têm um nível mais elevado de satisfação sexual (p < .001) e de satisfação relacional (p < .001). Adicionalmente, as mulheres com dificuldades no orgasmo revelaram menores níveis nas diferentes dimensões do funcionamento sexual (p < .001). Relativamente à inibição/excitação (p < .001), foi demonstrado que mulheres com maiores dificuldades no orgasmo apresentam níveis superiores de inibição sexual, enquanto que as mulheres sem dificuldades no orgasmo apresentem níveis superiores de excitação sexual. Finalmente, análises de regressão demonstraram que a satisfação relacional (β =. 32, p < .05) foi um preditor significativo da frequência de orgasmo múltiplo e que a excitação sexual (β =. 37, p < .01) foi um preditor significativo da frequência de orgasmo único. Os resultados do presente estudo demonstram a importância das diferentes variáveis na experiência do orgasmo e a sua influência significativa na forma como o orgasmo é experienciado, com e sem dificuldades. Espera-se que estes resultados possam contribuir para um aprofundamento do conhecimento em torno deste fenómeno, e que possam vir a ter implicações na forma como o mesmo é conceptualizado e alvo de avaliação e intervenção no contexto clínico. |
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O papel da inibição-excitação sexual e da qualidade do relacionamento no orgasmo femininoMESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDEPSICOLOGIAORGASMO FEMININOSATISFAÇÃO SEXUALRELAÇÕES DE INTIMIDADEEXCITAÇÃO SEXUALPSYCHOLOGYFEMALE ORGASMSEXUAL SATISFACTIONINTIMATE RELATIONSHIPSEXUAL EXCITEMENTO orgasmo é uma experiência subjetiva acompanhada por uma série de mudanças psicofisiológicas e sobre as quais ainda temos um conhecimento limitado. É assim crucial o desenvolvimento de novos estudos que permitam uma melhor compreensão deste fenómeno e a forma como o mesmo se relaciona com diferentes variáveis psicológicas e relacionais. Assim, o presente estudo pretende avaliar e explorar o papel da excitação/inibição sexual, funcionamento sexual, satisfação relacional e satisfação sexual nos diferentes tipos de orgasmo feminino numa amostra da população portuguesa. Um total de 161 mulheres portuguesas, com idades compreendidas entre os 18 e os 53 anos, participaram no presente estudo, 60 com a experiência de orgasmos múltiplos, 59 com a experiência de orgasmo único e 42 com dificuldades no orgasmo As participantes responderam a uma bateria de questionários disponibilizados através de um link online, os quais avaliaram cada uma das dimensões anteriormente mencionadas. Os resultados indicaram que as mulheres que experienciam orgasmos múltiplos têm um nível mais elevado de satisfação sexual (p < .001) e de satisfação relacional (p < .001). Adicionalmente, as mulheres com dificuldades no orgasmo revelaram menores níveis nas diferentes dimensões do funcionamento sexual (p < .001). Relativamente à inibição/excitação (p < .001), foi demonstrado que mulheres com maiores dificuldades no orgasmo apresentam níveis superiores de inibição sexual, enquanto que as mulheres sem dificuldades no orgasmo apresentem níveis superiores de excitação sexual. Finalmente, análises de regressão demonstraram que a satisfação relacional (β =. 32, p < .05) foi um preditor significativo da frequência de orgasmo múltiplo e que a excitação sexual (β =. 37, p < .01) foi um preditor significativo da frequência de orgasmo único. Os resultados do presente estudo demonstram a importância das diferentes variáveis na experiência do orgasmo e a sua influência significativa na forma como o orgasmo é experienciado, com e sem dificuldades. Espera-se que estes resultados possam contribuir para um aprofundamento do conhecimento em torno deste fenómeno, e que possam vir a ter implicações na forma como o mesmo é conceptualizado e alvo de avaliação e intervenção no contexto clínico.Orgasm has been described as a subjective experience accompanied by a series of psychophysiological changes, and on which we still have limited knowledge. The development of new studies may allow a better understanding of this phenomenon, and how it relates to different psychological, and relational variables. Thus, the present study aims to evaluate and explore the role of sexual excitation/inhibition, sexual functioning, relational satisfaction and sexual satisfaction in the different types of female orgasm in a sample of the Portuguese population. A total of 161 Portuguese women, ranging from 18 to 53 years old, participated in this study: 60 reported having multiple orgasms, 59 reported having a single orgasm, and 42 reported problems reaching orgasm. Participants answered a several questionnaires made available through an online link, that assessed the variables mentioned above. The results indicated that women experiencing multiple orgasms have a higher level of sexual satisfaction (p < .001), and relational satisfaction (p < .001). Additionally, women with orgasmic difficulties revealed lower levels in the different dimensions of sexual functioning (p < .001). Concerning excitation/inhibition (p < .001), women with greater difficulties in orgasm reported having higher levels of sexual inhibition, whereas women with no orgasm difficulties presented higher levels of sexual excitation. Finally, regression analyzes showed that relational satisfaction (β =. 32, p < .05) was a significant predictor of multiple orgasm frequency, and that sexual excitation (β =. 37, p < .01) was a significant predictor of single orgasm frequency. The present study demonstrates the importance and influence of different variables in the orgasm experience. The results of this study may contribute to a greater knowledge and understanding of orgasm experience and may have clinical implications on evaluation and intervention protocols.2019-12-06T15:50:28Z2019-01-01T00:00:00Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/9932TID:202302733porTeixeira, Sofia Isabel Magalhãesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T01:33:37Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/9932Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:16:39.725468Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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