Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/diacritica.4827 |
Resumo: | O tempo, sob uma perspetiva formal, está presente em qualquer objeto performativo, assim como está, em qualquer episódio do nosso quotidiano. A este tempo evidente chamar-se-lhe-á Chronos, aquele que é mensurável e independente da vontade e da ação do sujeito. A presente investigação procurará intercetar um outro tempo, aquele que se encontra a um nível pré-conceptual e cuja ação do sujeito é imprescindível para que o mesmo se manifeste. Kairós é o tempo experienciado de um ponto de vista fenomenológico, é aquele que requer a presença do indivíduo percipiente, num contacto direto e íntimo com o objeto. Através desta proximidade, diluem-se as fronteiras entre o eu e o objeto, provocando um desacentuar do principium individuationis, o que possibilita o surgimento de um novo espaço-tempo, aquele que é habitado pelo objeto e ao qual, agora, o sujeito tem acesso. Kairós não é o tempo do sujeito, mas também não é inteiramente o tempo do objeto. Kairós é o outro tempo, aquele que é criado pelo sujeito que habita o objeto e pelo objeto que habita o sujeito. |
id |
RCAP_eac5ffafcdcbf58013c372903ed438d2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:journals.uminho.pt:article/4827 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativasTemporalidadeKairósDionisoApoloPerceçãoOn MomentO tempo, sob uma perspetiva formal, está presente em qualquer objeto performativo, assim como está, em qualquer episódio do nosso quotidiano. A este tempo evidente chamar-se-lhe-á Chronos, aquele que é mensurável e independente da vontade e da ação do sujeito. A presente investigação procurará intercetar um outro tempo, aquele que se encontra a um nível pré-conceptual e cuja ação do sujeito é imprescindível para que o mesmo se manifeste. Kairós é o tempo experienciado de um ponto de vista fenomenológico, é aquele que requer a presença do indivíduo percipiente, num contacto direto e íntimo com o objeto. Através desta proximidade, diluem-se as fronteiras entre o eu e o objeto, provocando um desacentuar do principium individuationis, o que possibilita o surgimento de um novo espaço-tempo, aquele que é habitado pelo objeto e ao qual, agora, o sujeito tem acesso. Kairós não é o tempo do sujeito, mas também não é inteiramente o tempo do objeto. Kairós é o outro tempo, aquele que é criado pelo sujeito que habita o objeto e pelo objeto que habita o sujeito.CEHUM2023-12-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.21814/diacritica.4827https://doi.org/10.21814/diacritica.4827Diacrítica; Vol. 37 N.º 2 (2023); 136-153Diacrítica; Vol. 37 No. 2 (2023); 136-1532183-91740870-8967reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/4827https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/4827/6215Direitos de Autor (c) 2023 Ana Sofia Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Ana Sofia2024-01-12T07:45:43Zoai:journals.uminho.pt:article/4827Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:56:44.623280Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas |
title |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas |
spellingShingle |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas Silva, Ana Sofia Temporalidade Kairós Dioniso Apolo Perceção On Moment |
title_short |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas |
title_full |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas |
title_fullStr |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas |
title_full_unstemmed |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas |
title_sort |
Kairós, um segredo impronunciável. Uma investigação sobre o tempo nas artes performativas |
author |
Silva, Ana Sofia |
author_facet |
Silva, Ana Sofia |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Ana Sofia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Temporalidade Kairós Dioniso Apolo Perceção On Moment |
topic |
Temporalidade Kairós Dioniso Apolo Perceção On Moment |
description |
O tempo, sob uma perspetiva formal, está presente em qualquer objeto performativo, assim como está, em qualquer episódio do nosso quotidiano. A este tempo evidente chamar-se-lhe-á Chronos, aquele que é mensurável e independente da vontade e da ação do sujeito. A presente investigação procurará intercetar um outro tempo, aquele que se encontra a um nível pré-conceptual e cuja ação do sujeito é imprescindível para que o mesmo se manifeste. Kairós é o tempo experienciado de um ponto de vista fenomenológico, é aquele que requer a presença do indivíduo percipiente, num contacto direto e íntimo com o objeto. Através desta proximidade, diluem-se as fronteiras entre o eu e o objeto, provocando um desacentuar do principium individuationis, o que possibilita o surgimento de um novo espaço-tempo, aquele que é habitado pelo objeto e ao qual, agora, o sujeito tem acesso. Kairós não é o tempo do sujeito, mas também não é inteiramente o tempo do objeto. Kairós é o outro tempo, aquele que é criado pelo sujeito que habita o objeto e pelo objeto que habita o sujeito. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-12-13 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.21814/diacritica.4827 https://doi.org/10.21814/diacritica.4827 |
url |
https://doi.org/10.21814/diacritica.4827 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/4827 https://revistas.uminho.pt/index.php/diacritica/article/view/4827/6215 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Direitos de Autor (c) 2023 Ana Sofia Silva info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Direitos de Autor (c) 2023 Ana Sofia Silva |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
CEHUM |
publisher.none.fl_str_mv |
CEHUM |
dc.source.none.fl_str_mv |
Diacrítica; Vol. 37 N.º 2 (2023); 136-153 Diacrítica; Vol. 37 No. 2 (2023); 136-153 2183-9174 0870-8967 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136452052779008 |