Conhecimento em saúde mental, estigma e acesso à saúde - estudo transversal nacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lourenço, Mariana Filipa Rodrigues Subtil
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10316/111555
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Conhecimento em saúde mental, estigma e acesso à saúde - estudo transversal nacionalMental health knowledge, stigma and access to health care - a national cross-sectional studyConhecimentoSaúde MentalCuidados de SaúdeEstigmaPersonalidade; EmpatiaKnowledgeMental HealthHealth CareStigmaPersonality; EmpathyTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: As patologias do foro mental, para além da sua elevada prevalência, são estigmatizadas pela sociedade, com forte impacto na perceção do doente acerca da sua condição. A literacia em saúde mental pode ser a melhor forma de combater esse estigma, pelo que o presente estudo teve como objetivo perceber o nível de conhecimento em saúde mental da população portuguesa e o impacto que este tem no acesso aos cuidados de saúde. Pretendeu-se ainda perceber que fatores influenciam esse conhecimento. Métodos: Para a colheita de dados foi elaborado um questionário com base em quatro escalas: a MAKS (Mental Health Knowledge Schedule), que avaliou o conhecimento em saúde mental; a BACE-v3 (Barriers to Acess to Care Evaluation), que permitiu avaliar as barreiras no acesso aos cuidados de saúde; o Questionário de Empatia de Toronto (QET), que avaliou o nível de empatia; e a escala NEO-FFI-20 (versão portuguesa da NEO-Five Factor Inventory), que possibilitou perceber os traços de personalidade dos participantes. Além disso, foram elaboradas algumas questões para recolha de dados sociodemográficos. Foi feita estatística descritiva e inferencial.Resultados: A relação entre o conhecimento e as barreiras aos cuidados de saúde não foi estatisticamente significativa, havendo apenas uma tendência inversa na sua relação. A extroversão também se relacionou inversamente com o conhecimento (coeficiente de correlação=-0,156; p=0,008). Pelo contrário, a abertura à experiência pareceu aliar-se a maior conhecimento em saúde mental (coeficiente de correlação=0,242; p=<0,001), assim como o neuroticismo (coeficiente de correlação=0,119; p=0,042). A empatia, estado civil, meio habitacional, profissão, habilitações literárias e idade pareceram influenciar significativamente o conhecimento, sendo as habilitações a variável independente que melhor explicou o modelo. Discussão: O conhecimento em saúde mental pareceu ser influenciado sobretudo pela personalidade, associando-se à extroversão de forma inversa e à abertura à experiência e neuroticismo de forma direta. As habilitações literárias foram o grande preditor sociodemográfico de conhecimento. A principal limitação deste estudo prendeu-se com o tamanho relativamente reduzido da amostra. Conclusão: O conhecimento em saúde mental pareceu tendencialmente relacionado com menos estigma e maior procura de cuidados, ainda que sem significado estatístico, e mostrou ser significativamente influenciado por características da personalidade de cada pessoa, assim como pela escolaridade, reforçando a importância da educação e aposta na literacia da população.Introduction: Mental diseases, besides their high prevalence, are stigmatized by society, with a strong impact on the patient's perception of their condition. Mental health literacy might be the best way to combat this stigma, which is why the present study aimed to understand the level of knowledge the portuguese population has on the the subject of mental health and the impact it has on access to health care. At the same time, it also intended to understand which factors influence this knowledge.Methods: For data collection, a questionnaire was prepared based on four scales: the MAKS (Mental Health Knowledge Schedule), which evaluated knowledge in mental health; BACE-v3 (Barriers to Access to Care Evaluation), which made it possible to assess the barriers of accessing to healthcare; the Toronto Empathy Questionnaire (QET), which measured the level of empathy; and the NEO-FFI-20 scale (Portuguese version of the NEO-Five Factor Inventory), which allowed us to understand the personality traits of the participants. In addition, some questions were elaborated for the collection of sociodemographic data. Descriptive and inferential statistics were performed. Results: The relationship between knowledge and barriers to health care was not statistically significant, with only an inverse trend in their relationship. Extraversion was also inversely related to knowledge (correlation coefficient=-0.156; p=0.008). On the other hand, higher scores on openness to experience meant more knowledge in mental health (correlation coefficient=0.242; p=<0.001), as well as neuroticism (correlation coefficient=0.119; p=0.042). Level of empathy, marital status, housing environment, profession, educational qualifications and age seemed to have significantly influenced knowledge, with qualifications being the independent variable that best explained the model. Discussion: Knowledge in mental health seemed to be influenced mainly by personality, being associated with extroversion in an inverse way and openness to experience and neuroticism in a direct way. Educational qualifications were the major sociodemographic predictor of knowledge. The main limitation of this study was the relatively small sample.Conclusion: Knowledge in mental health tends to be related to less stigma and greater demand for care, despite not having a statistical significance, and seems to be significantly influenced by the individual characteristics of each person, as well as their education, reinforcing the importance of education and investment in population’s literacy.2023-03-072024-03-06T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://hdl.handle.net/10316/111555https://hdl.handle.net/10316/111555TID:203450256porLourenço, Mariana Filipa Rodrigues Subtilinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-09T01:21:52Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/111555Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:30:50.527451Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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