Qualidade de vida e dificuldades de cuidadores informais de idosos com doença mental: projeto de intervenção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Helena
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.12207/620
Resumo: As sociedades evoluídas da atualidade são caracterizadas por um envelhecimento demográfico marcado. A população residente com idade igual ou superior a 65 anos em Portugal passou de 8% em 1960 para 19% em 2011. Este envelhecimento acarreta com ele algumas situações novas para o Sistema Nacional de Saúde, nomeadamente um maior grau de dependência dos idosos, que ao viverem mais tempo estão mais vulneráveis a viverem com dependência física e também mental. Aparece assim associado ao idoso dependente com patologia do foro mental a figura do cuidador informal. A função deste é muitas vezes desgastante podendo apresentar algumas alterações a nível da sua qualidade de vida. Este estudo, pretende assim, conhecer a qualidade de vida e as principais dificuldades do prestador de cuidados da pessoa idosa com patologia do foro mental. Os participantes são cuidadores informais de pessoas com 65 ou mais anos, com doença mental, que residem no concelho de Castro Verde, Distrito de Beja. Foram escolhidos 18 participantes (94,4% sexo feminino, 5,6% sexo masculino), com uma média de idades de 66,89 anos. Os recetores de cuidados, também eles 18 (50% sexo feminino, 50%sexo masculino) tinham idade média de 84 anos, e patologia do foro mental (67% com demência vascular e 33% com doença da Alzheimer). As principais dificuldades encontradas através da aplicação do instrumento de avaliação CADI foram a nível da exigência de ordem física da prestação de cuidados e as restrições a nível social. Em relação à avaliação da qualidade de vida reportada, através da utilização do instrumento WHOQOL-Bref, 11,1% considera-a como “Muito Má”, 16,7% “Má”, 66,7% “Nem Boa Nem Má” e apenas 5,6% a consideram “Boa”. Após a recolha e análise de dados foi elaborado uma proposta de um projeto de intervenção comunitária denominada como “Cuidando de Quem Cuida”, que visa dar resposta às necessidades sentidas por estes cuidadores, através de formação, da criação de um gabinete de apoio ao cuidador informal, e ainda da criação de um grupo de voluntariado denominado “Amigos do Cuidador.
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