Envelhecimento e saúde: uma análise de género
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/6536 |
Resumo: | O conceito de género tem vindo a ganhar importância na análise da equidade em saúde e nos cuidados de saúde por chamar a atenção para um tipo específico de iniquidade; aquela que resulta das desigualdades mais vastas, existentes entre mulheres e homens, sejam elas de natureza social, económica, cultural ou outra. A população considerada idosa (65+ anos) representa uma parcela significativa da população nos países desenvolvidos. Esta tendência foi intensificada com o declínio da natalidade ao longo da última década. A redução acentuada de nascimentos tem um impacto crescente na relação intergeracional. O aumento relativo dos 65+ é potenciado pelo decréscimo relativo de Jovens. Ao nível microdemográfico, o declínio da mortalidade tem tido maiores impactos nos últimos patamares etários com o crescimento da esperança de vida nas categorias etárias mais velhas. É principalmente nos grupos etários acima dos 65 anos que se registam maiores acréscimos de esperança de vida tendência que irá continuar manter-‐se. O estado de saúde que se goza em idade mais avançada depende não só do que foi o capital de saúde construído ao longo de uma vida, mas também do contexto atual de vida do indivíduo, das suas competências, capacidades e recursos para promover e sua saúde, prevenir a doença ou minorar as consequências desta. O objetivo principal desta pesquisa sobre envelhecimento, saúde e género, consistiu em avaliar e analisar a relevância do género no estado de saúde e nas perceções e práticas de saúde da população portuguesa com idade igual ou superior a 50 anos. Propusemo-‐nos conhecer o estado de saúde e as práticas de saúde da população que envelhece e como é que homens e mulheres gerem a sua saúde, de que forma contribuem para a promover e como contrariam as adversidades que ocorrem ao longo do seu percurso de vida. Para a concretização do estudo foram utilizadas duas fontes de dados: i) Inquérito Nacional de Saúde (INS) e ii) entrevistas semiestruturadas. Este relatório sintetiza os resultados da pesquisa e é constituído por duas partes. A primeira parte apresenta a fundamentação teórica com revisão bibliográfica e o estado da arte assim como as questões de metodologia. Na segunda parte são apresentados e analisados os resultados. Procurámos identificar as relações existentes entre as características demográficas, sociais e económicas de mulheres e homens, e os respetivos estados de saúde, estilos de vida e utilização de cuidados de saúde. O bloco de variáveis demográficas e sociais foi analisado enquanto variáveis independentes, explicativas das diferenças encontradas no estado de saúde e na utilização dos cuidados de saúde. A análise dos dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS), na sua 4ª versão (2005/2006) evidencia piores condições socioeconómicas das mulheres e também piores condições de saúde com mais estados mórbidos e uma pior saúde subjetiva. Por seu lado os homens 50+ anos apresentam melhores estados de saúde, nas mesmas idades apesar, avaliações mais positivas da sua saúde, menor sofrimento psicológico associado a práticas consideradas menos salutogénicas. A categoria etária dos 75-‐80 anos representa uma idade charneira de passagem à “idade da velhice”. As entrevistas em profundidade revelaram que a partir de limiares de idade avançada esbatem-‐se as diferenças entre homens e mulheres no que respeita às perceções de saúde. |
id |
RCAP_ebab0062d64b444b383e133f851cc92d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:comum.rcaap.pt:10400.26/6536 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Envelhecimento e saúde: uma análise de géneroO conceito de género tem vindo a ganhar importância na análise da equidade em saúde e nos cuidados de saúde por chamar a atenção para um tipo específico de iniquidade; aquela que resulta das desigualdades mais vastas, existentes entre mulheres e homens, sejam elas de natureza social, económica, cultural ou outra. A população considerada idosa (65+ anos) representa uma parcela significativa da população nos países desenvolvidos. Esta tendência foi intensificada com o declínio da natalidade ao longo da última década. A redução acentuada de nascimentos tem um impacto crescente na relação intergeracional. O aumento relativo dos 65+ é potenciado pelo decréscimo relativo de Jovens. Ao nível microdemográfico, o declínio da mortalidade tem tido maiores impactos nos últimos patamares etários com o crescimento da esperança de vida nas categorias etárias mais velhas. É principalmente nos grupos etários acima dos 65 anos que se registam maiores acréscimos de esperança de vida tendência que irá continuar manter-‐se. O estado de saúde que se goza em idade mais avançada depende não só do que foi o capital de saúde construído ao longo de uma vida, mas também do contexto atual de vida do indivíduo, das suas competências, capacidades e recursos para promover e sua saúde, prevenir a doença ou minorar as consequências desta. O objetivo principal desta pesquisa sobre envelhecimento, saúde e género, consistiu em avaliar e analisar a relevância do género no estado de saúde e nas perceções e práticas de saúde da população portuguesa com idade igual ou superior a 50 anos. Propusemo-‐nos conhecer o estado de saúde e as práticas de saúde da população que envelhece e como é que homens e mulheres gerem a sua saúde, de que forma contribuem para a promover e como contrariam as adversidades que ocorrem ao longo do seu percurso de vida. Para a concretização do estudo foram utilizadas duas fontes de dados: i) Inquérito Nacional de Saúde (INS) e ii) entrevistas semiestruturadas. Este relatório sintetiza os resultados da pesquisa e é constituído por duas partes. A primeira parte apresenta a fundamentação teórica com revisão bibliográfica e o estado da arte assim como as questões de metodologia. Na segunda parte são apresentados e analisados os resultados. Procurámos identificar as relações existentes entre as características demográficas, sociais e económicas de mulheres e homens, e os respetivos estados de saúde, estilos de vida e utilização de cuidados de saúde. O bloco de variáveis demográficas e sociais foi analisado enquanto variáveis independentes, explicativas das diferenças encontradas no estado de saúde e na utilização dos cuidados de saúde. A análise dos dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS), na sua 4ª versão (2005/2006) evidencia piores condições socioeconómicas das mulheres e também piores condições de saúde com mais estados mórbidos e uma pior saúde subjetiva. Por seu lado os homens 50+ anos apresentam melhores estados de saúde, nas mesmas idades apesar, avaliações mais positivas da sua saúde, menor sofrimento psicológico associado a práticas consideradas menos salutogénicas. A categoria etária dos 75-‐80 anos representa uma idade charneira de passagem à “idade da velhice”. As entrevistas em profundidade revelaram que a partir de limiares de idade avançada esbatem-‐se as diferenças entre homens e mulheres no que respeita às perceções de saúde.Repositório ComumFernandes, Ana AlexandreBurnay, RitaGomes, InêsGil, Ana PaulaMarques, António ManuelBotelho, Maria Amália2014-07-08T08:56:11Z2012-122012-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/6536porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T09:50:47Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/6536Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:06:48.428570Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género |
title |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género |
spellingShingle |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género Fernandes, Ana Alexandre |
title_short |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género |
title_full |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género |
title_fullStr |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género |
title_full_unstemmed |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género |
title_sort |
Envelhecimento e saúde: uma análise de género |
author |
Fernandes, Ana Alexandre |
author_facet |
Fernandes, Ana Alexandre Burnay, Rita Gomes, Inês Gil, Ana Paula Marques, António Manuel Botelho, Maria Amália |
author_role |
author |
author2 |
Burnay, Rita Gomes, Inês Gil, Ana Paula Marques, António Manuel Botelho, Maria Amália |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Comum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernandes, Ana Alexandre Burnay, Rita Gomes, Inês Gil, Ana Paula Marques, António Manuel Botelho, Maria Amália |
description |
O conceito de género tem vindo a ganhar importância na análise da equidade em saúde e nos cuidados de saúde por chamar a atenção para um tipo específico de iniquidade; aquela que resulta das desigualdades mais vastas, existentes entre mulheres e homens, sejam elas de natureza social, económica, cultural ou outra. A população considerada idosa (65+ anos) representa uma parcela significativa da população nos países desenvolvidos. Esta tendência foi intensificada com o declínio da natalidade ao longo da última década. A redução acentuada de nascimentos tem um impacto crescente na relação intergeracional. O aumento relativo dos 65+ é potenciado pelo decréscimo relativo de Jovens. Ao nível microdemográfico, o declínio da mortalidade tem tido maiores impactos nos últimos patamares etários com o crescimento da esperança de vida nas categorias etárias mais velhas. É principalmente nos grupos etários acima dos 65 anos que se registam maiores acréscimos de esperança de vida tendência que irá continuar manter-‐se. O estado de saúde que se goza em idade mais avançada depende não só do que foi o capital de saúde construído ao longo de uma vida, mas também do contexto atual de vida do indivíduo, das suas competências, capacidades e recursos para promover e sua saúde, prevenir a doença ou minorar as consequências desta. O objetivo principal desta pesquisa sobre envelhecimento, saúde e género, consistiu em avaliar e analisar a relevância do género no estado de saúde e nas perceções e práticas de saúde da população portuguesa com idade igual ou superior a 50 anos. Propusemo-‐nos conhecer o estado de saúde e as práticas de saúde da população que envelhece e como é que homens e mulheres gerem a sua saúde, de que forma contribuem para a promover e como contrariam as adversidades que ocorrem ao longo do seu percurso de vida. Para a concretização do estudo foram utilizadas duas fontes de dados: i) Inquérito Nacional de Saúde (INS) e ii) entrevistas semiestruturadas. Este relatório sintetiza os resultados da pesquisa e é constituído por duas partes. A primeira parte apresenta a fundamentação teórica com revisão bibliográfica e o estado da arte assim como as questões de metodologia. Na segunda parte são apresentados e analisados os resultados. Procurámos identificar as relações existentes entre as características demográficas, sociais e económicas de mulheres e homens, e os respetivos estados de saúde, estilos de vida e utilização de cuidados de saúde. O bloco de variáveis demográficas e sociais foi analisado enquanto variáveis independentes, explicativas das diferenças encontradas no estado de saúde e na utilização dos cuidados de saúde. A análise dos dados do Inquérito Nacional de Saúde (INS), na sua 4ª versão (2005/2006) evidencia piores condições socioeconómicas das mulheres e também piores condições de saúde com mais estados mórbidos e uma pior saúde subjetiva. Por seu lado os homens 50+ anos apresentam melhores estados de saúde, nas mesmas idades apesar, avaliações mais positivas da sua saúde, menor sofrimento psicológico associado a práticas consideradas menos salutogénicas. A categoria etária dos 75-‐80 anos representa uma idade charneira de passagem à “idade da velhice”. As entrevistas em profundidade revelaram que a partir de limiares de idade avançada esbatem-‐se as diferenças entre homens e mulheres no que respeita às perceções de saúde. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-12 2012-12-01T00:00:00Z 2014-07-08T08:56:11Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/report |
format |
report |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.26/6536 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.26/6536 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799135323484061696 |