Implicações da prática de futebol de 11 e de 9 para a formação de jovens em idade escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quelhas, Paulo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3353
Resumo: Analisando o programa educativo das escolas e os modelos competitivos da Federação Portuguesa de Futebol, verificamos que, o ensino do jogo de futebol transita bruscamente de uma organização formal de 7x7, nos escalões de infantis (2º ciclo), para o jogo formal de futebol 11x11 nos iniciados (3º ciclo). Sabendo da importância da organização estrutural adotada no ensino do jogo nas escolas e em contexto de clube, é objetivo deste trabalho realizar um estudo comparativo entre o FUT 9 e o FUT 11, verificando se existem, para os jovens praticantes, vantagens na prática competitiva de um em relação ao outro. Neste estudo iremos apenas focar a nossa atenção na diferença existente entre o número de intervenções que os jovens têm sobre a bola quando praticam FUT 9 e FUT 11. Para tal, foi realizado um jogo de FUT 9 e outro de FUT 11, com uma semana de intervalo, no mesmo campo e com os mesmos intervenientes. Através de uma grelha de registo notacional das ações, os jogos foram analisados para a identificação do número de ações realizadas por cada equipa no decorrer do mesmo. Os resultados obtidos mostram que, apesar de no FUT 9 os jogadores apresentarem tendencialmente mais intervenções sobre a bola, estas diferenças apenas foram significativas para o número de passes e receções. No entanto, ao analisarmos os jogos tendo em atenção o número de jogadores intervenientes no FUT 9 e no FUT 11, verificamos que, em média, cada jogador num jogo de FUT 9 tem mais 44% de intervenções sobre a bola que num jogo de FUT 11. Analisando as diferentes ações dos jovens jogadores pudemos constatar que estas diferenças, em média, se situam: Entre 10 e 16% mais de intervenções de cabeça (defensivas e ofensivas); entre 30 a 40% mais Passes Longos e Remates; acima de 50% mais de Passes curtos, Receções, Dribles 1x1, Conduções de bola, Lançamentos de linha lateral e Cantos; os jovens guarda-redes foram chamados a intervir no jogo em média mais 60% das vezes. Em conclusão, podemos afirmar que apenas comparando a prática do FUT 9 com o FUT 11, pela vertente do fator “intervenções sobre a bola” e os benefícios daí resultantes para os jovens na aquisição de habilidades para jogar, concluímos que se justifica a prática do FUT 9 como etapa intermédia de transição entre o FUT 7 e o FUT 11.
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Para tal, foi realizado um jogo de FUT 9 e outro de FUT 11, com uma semana de intervalo, no mesmo campo e com os mesmos intervenientes. Através de uma grelha de registo notacional das ações, os jogos foram analisados para a identificação do número de ações realizadas por cada equipa no decorrer do mesmo. Os resultados obtidos mostram que, apesar de no FUT 9 os jogadores apresentarem tendencialmente mais intervenções sobre a bola, estas diferenças apenas foram significativas para o número de passes e receções. No entanto, ao analisarmos os jogos tendo em atenção o número de jogadores intervenientes no FUT 9 e no FUT 11, verificamos que, em média, cada jogador num jogo de FUT 9 tem mais 44% de intervenções sobre a bola que num jogo de FUT 11. Analisando as diferentes ações dos jovens jogadores pudemos constatar que estas diferenças, em média, se situam: Entre 10 e 16% mais de intervenções de cabeça (defensivas e ofensivas); entre 30 a 40% mais Passes Longos e Remates; acima de 50% mais de Passes curtos, Receções, Dribles 1x1, Conduções de bola, Lançamentos de linha lateral e Cantos; os jovens guarda-redes foram chamados a intervir no jogo em média mais 60% das vezes. Em conclusão, podemos afirmar que apenas comparando a prática do FUT 9 com o FUT 11, pela vertente do fator “intervenções sobre a bola” e os benefícios daí resultantes para os jovens na aquisição de habilidades para jogar, concluímos que se justifica a prática do FUT 9 como etapa intermédia de transição entre o FUT 7 e o FUT 11.After the analysis of the school teaching curriculum and the competition models of the Portuguese Football Federation we have found that teaching football game goes sharply from a formal organization of 7vs7 players (for children rank in Middle School, 5th and 6th grade) to the football formal game of 11vs11 beginner level (for youngsters of Middle School in the 7th, 8th and 9th grade). Being aware of the importance of the organizational structure adopted in football game to improve players performance, we intend to make a comparative study between 11 a-side football (FOOT 11) and 9 a-side football (FOOT 9), checking if there are competitive advantages in the practice of either one of the given models for young practitioners. This study aims to show the difference in the number of interventions on the ball from youngsters while practicing FOOT 11 vs FOOT 9. Thus, both organizational models were used for the development of two football games with the same players (and participants in this study) and the same field in a week apart. These games were analyzed through a notational system, identifying the actions and their frequency for each team. The results achieved revealed that the children of a FOOT 9 condition can eventually reach more actions although these differences were only relevant concerning pass and receiving drills. However through our observation of the several games according to the number of players in FOOT 9 and FOOT 11, it is clear that each player of a FOOT 9 team has more 44% ball touches than those in a FOOT 11 team. Analyzing the different actions of our young players we confirm that those differences generally consist in 10 to 16 % more heading (defensive and offensive); more 30 to 40% long passes and kicks; more than 50% of short kicks, receivings and dribbles 1vs1, ball leading, throws and corners; and finally the young goal keepers were called more often to intervene in the game (over 60%). In the end comparing FOOT 9 to FOOT 11 based on the criteria of numbers of football drills and the learning benefits for the young players, FOOT 9 is substantially more interesting as a transitory learning step from FOOT 7 to FOOT 11.Travassos, Bruno Filipe RamauBibliorumQuelhas, Paulo2015-05-15T10:38:45Z2013-062013-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3353porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:44Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3353Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:47.907519Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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