Influência dos comportamentos alimentares e do estatuto socioeconómico na prevalência da obesidade numa população infantil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1510 |
Resumo: | Introdução: Actualmente, a obesidade é a doença pediátrica mais prevalente a nível mundial, tornando urgente o investimento na sua prevenção e tratamento. A identificação e compreensão dos factores que contribuem para a adiposidade infantil é fundamental para a criação de abordagens eficazes contra esta doença. Objectivos: Caracterizar uma população infantil da região da Covilhã de acordo com a sua prevalência de pré-obesidade e obesidade e estudar a influência do estatuto socioeconómico (ESE), do grau de instrução parental e dos comportamentos alimentares na prevalência da obesidade infantil. Métodos: Este estudo incidiu sobre as crianças nascidas em 2006 e as crianças nascidas em 2003 que frequentavam o 1º Ciclo do Ensino Básico de um conjunto de escolas do concelho da Covilhã no início do ano lectivo de 2012/2013. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado através das medições do peso e estatura efectuadas nas escolas. A recolha dos restantes dados foi realizada através do preenchimento do Questionário do Comportamento Alimentar de Crianças (CEBQ) e da Escala de Graffar Adaptada pelas mães das crianças. Resultados: Das crianças estudadas, 43,9% apresentavam excesso de peso, incluindo 12,9% com obesidade. Verificou-se uma maior prevalência de excesso de peso nas crianças mais velhas e nas crianças de sexo masculino, mas apenas as diferenças de idade foram significativas. Não se verificou qualquer relação entre o ESE e o IMC das crianças. No entanto, observou-se uma relação inversa muito significativa entre o nível de instrução parental e o IMC das crianças. Os comportamentos alimentares traduzidos pelo CEBQ estavam de acordo com o IMC, mas estes resultados foram significativos apenas para alguns comportamentos. Conclusões: Concluiu-se que a prevalência da pré-obesidade e obesidade nas crianças nascidas em 2006 e 2003 da região da Covilhã é elevada e exige medidas de prevenção imediatas. Crianças mais velhas, com comportamentos alimentares menos adequados e com pais sem instrução superior apresentaram maior prevalência de excesso de peso. |
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Influência dos comportamentos alimentares e do estatuto socioeconómico na prevalência da obesidade numa população infantilObesidade infantilObesidade infantil - Comportamento alimentarObesidade infantil - Aspectos socioeconómicosObesidade infantil - Educação parentalPré-obesidade infantilIntrodução: Actualmente, a obesidade é a doença pediátrica mais prevalente a nível mundial, tornando urgente o investimento na sua prevenção e tratamento. A identificação e compreensão dos factores que contribuem para a adiposidade infantil é fundamental para a criação de abordagens eficazes contra esta doença. Objectivos: Caracterizar uma população infantil da região da Covilhã de acordo com a sua prevalência de pré-obesidade e obesidade e estudar a influência do estatuto socioeconómico (ESE), do grau de instrução parental e dos comportamentos alimentares na prevalência da obesidade infantil. Métodos: Este estudo incidiu sobre as crianças nascidas em 2006 e as crianças nascidas em 2003 que frequentavam o 1º Ciclo do Ensino Básico de um conjunto de escolas do concelho da Covilhã no início do ano lectivo de 2012/2013. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado através das medições do peso e estatura efectuadas nas escolas. A recolha dos restantes dados foi realizada através do preenchimento do Questionário do Comportamento Alimentar de Crianças (CEBQ) e da Escala de Graffar Adaptada pelas mães das crianças. Resultados: Das crianças estudadas, 43,9% apresentavam excesso de peso, incluindo 12,9% com obesidade. Verificou-se uma maior prevalência de excesso de peso nas crianças mais velhas e nas crianças de sexo masculino, mas apenas as diferenças de idade foram significativas. Não se verificou qualquer relação entre o ESE e o IMC das crianças. No entanto, observou-se uma relação inversa muito significativa entre o nível de instrução parental e o IMC das crianças. Os comportamentos alimentares traduzidos pelo CEBQ estavam de acordo com o IMC, mas estes resultados foram significativos apenas para alguns comportamentos. Conclusões: Concluiu-se que a prevalência da pré-obesidade e obesidade nas crianças nascidas em 2006 e 2003 da região da Covilhã é elevada e exige medidas de prevenção imediatas. Crianças mais velhas, com comportamentos alimentares menos adequados e com pais sem instrução superior apresentaram maior prevalência de excesso de peso.Introduction: Currently, obesity is the most prevalent pediatric disease in the world, making urgent the investment in its prevention and treatment. The identification and understanding of the factors that contribute to children’s adiposity is fundamental to the creation of effective approaches against this disease. Objectives: To characterize a child population in the region of Covilhã according to its prevalence of pre-obesity and obesity and to study the influence of socioeconomic status (SES), parental education level and eating behaviours on the prevalence of childhood obesity. Methods: This study examined a group of children born in 2006 and a group of children born in 2003 who were attending the 1st Cycle of Basic Education of a number of schools in the county of Covilhã in the beginning of the academic year 2012/2013. The Body Mass Index (BMI) was calculated from the weight and the height measured at schools. The remaining data was collected by completing the Child Eating Behaviour Questionnaire (CEBQ) and the Adapted Graffar Scale by the children’s mothers. Results: From the group of children studied, 43,9% were overweight, including 12,9% obese. There was a higher prevalence of overweight in older children and in boys, but only age differences were significant. There was no relationship between the SES and the children’s BMI. However, there was a highly significant inverse relationship between the level of parental education and the children’s BMI. The eating behaviours studied by CEBQ were according to children’s BMI, but these results were significant only to certain behaviours. Conclusions: We conclude that the prevalence of pre-obesity and obesity in children born in 2006 and 2003 in the region of Covilhã is high and requires immediate preventive measures. Older children, children with less appropriate eating behaviours and children with parents without higher education had a higher prevalence of overweight.Universidade da Beira InteriorRodrigues, Carlos Manuel AlvesuBibliorumFerreira, Inês Castelão Dias2013-12-02T17:18:49Z2013-042013-04-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1510porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:37:05Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1510Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:19.008315Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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