Relação entre abandono aprendido e qualidade de vida numa amostra de toxicodependentes

• Autor(a) principal: Pereira, Loyde Eunice Gomes Rodrigues
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2517
• topic: Toxicodependência; Dependência psicológica; Droga; Dependência física

o consumo de substâncias e as farmacodependências constituem uma importante preocupação por parte de indivíduos e responsabilidade sociedades em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2004), estima-se que existe actualmente um conjunto considerável de doenças originadas pelo consumo de substâncias psicoactivas, o qual tem repercussões nefastas na vida dos sujeitos toxicodependentes, seja a nível social, familiar, psicológico, laboral ou físico. Emergem, assim, desafios relacionados com a qualidade de vida destes individuos devido às consequências derivadas do uso de substâncias psicoactivas, nomeadamente, o declínio funcional, algumas doenças crónicas, maior dependência, perda da autonomia, isolamento social e criminalidade, entre outros (OMS, 2004). A dificuldade em reverter este ciclo desadaptativo de funcionamento nos toxicodependentes poderá fazer emergir a percepção de falta de controlo sobre a própria vida, levando a sentimentos de desesperança e desânimo, e a uma atitude passiva relativamente à possibilidade de mudança. Neste sentido, o presente estudo exploratório tem como objectivo principal analisar a relação entre o Síndrome do Abandono Aprendido e a Qualidade de Vida num grupo de toxicodependentes da região da Beira Interior. Pretende-se também analisar estes constructos em função de algumas características dos sujeitos, nomeadamente a idade, o género, o estado civil, a ocupação profissional, o tempo de consumo, a frequência de consumo e o período de abstinência. Para o efeito, foi utilizada a Escala de Abandono Aprendido (LHS-Learned Heipiessness Seaie), validada para a população portuguesa por Lima Santos, Ribeiro e Faria (2002), a escala abreviada Qualidade de Vida (Worid Heaith Organ;zat;on QuaUty Of Ufe Assessment -WHOQOL - Bref) validada para a população portuguesa por Vaz-Serra e colaboradores (2006) e um Questionário demográfico construído para este estudo em particular. A amostra foi constituída por 40 sujeitos da Equipa de Tratamento da Covilhã e do Hospital do Fundão, sendo 57,5% do sexo masculino e 42,5% do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 20 e os 54 anos de idade (M=41 ,6). Os resultados apontam que existe uma relação entre o abandono aprendido e a qualidade de vida, esta mesma relação não se verifica quando avaliamos o abandono aprendido e a qualidade de vida em função das variáveis sóciodemográficas e de consumos dos participantes.