Memória de Futuro ou depois da curva de estrada, o movimento antimilitarista ibérico entre 1980 e 1999
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/121151 |
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Memória de Futuro ou depois da curva de estrada, o movimento antimilitarista ibérico entre 1980 e 1999Memory of the Future or after the road curve, the Iberian antimilitary movement between 1980 and 1999Memória coletivaGreveComemoraçãoUIDB/04209/2020 UIDP/04209/2020O trabalho de terreno com os pés assentes no presente etnográfico que interroga invariavelmente o passado e os seus usos para vislumbrar o futuro, comporta com frequência momentos de espanto. Na antropologia que olha o tempo que está para vir como um caleidoscópio de possibilidades em aberto, essas ocasiões sugerem conexões entre mundos que se cruzam, que por vezes divergem e podem voltar a encontrar-se, traçando sempre caminhos inesperados para a investigação projetada. Em comunidades que procuram na complexidade do presente a simplicidade de formas de vida desejadas, que concretizam utopias nas formas de produzir, trocar, educar ou decidir entre si, que transformam precariedade em possibilidade continuada, alguns desses momentos emergiram com estrondo. Nos Pirinéus do Alto Aragão vivem pessoas que desde os anos 70 do século passado influenciaram decisivamente o movimento antimilitarista em Portugal no final da década de 80. Este movimento contestou o serviço militar obrigatório, a pertençaà Nato e a lógica da guerra fria que espalhava mísseis pela Europa num braço de ferro que ninguém podia ganhar, envolveu uma geração urbana que da revolução de 1974 vivia o tempo de normalização e do discurso que repudiava os “excessos da revolução”. Para os jovens em torno do Movimento Tropa Não português, o exemplo espanhol da insubmissão ao serviço militar, da objeção de consciência que fez milhares de prisões no Estado vizinho mobilizando amplos setores, foi inspiração e cumplicidade, motor de arranque e argumento. Mais de trinta anos depois, estes encontros fazem das memórias de quem investiga material fundamental para acompanhar aquilo que se procura entender no tempo longo de uma vida ou no de movimentos sociais que ganham outras causas. A melancolia que Enzo Traverso (2019) aponta como característica para a esquerda do século XXI por não ter novas esperanças coletivas no horizonte, poderá estar a ser contrariada nos exemplos de lutas que se inscrevem na história dos territórios. Trata-se do tempo histórico pensado no plural através da multiplicidade de tempos que se sobrepõem em interações que constantemente remetem para as suas dimensões entre passado e futuro.Instituto de História Contemporânea (IHC)RUNLouçã, João Carlos2021-07-16T22:21:10Z20212021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article12application/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/121151por2177-4129PURE: 32228117https://doi.org/HTTPS://DOI.ORG/10.15210/RMR.V13I24.20460info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:03:27Zoai:run.unl.pt:10362/121151Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:44:31.706997Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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