Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/469 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Etologia |
id |
RCAP_ec8de23e486e0eef35b6d9aa551220ee |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/469 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella)EtologiaAnimais cativosPrimatasInteracção socialComportamento animalComportamento parental animalEthologyAnimal captativePrimatesSocial interactionAnimal behaviourAnimal parental behaviourDissertação de Mestrado em EtologiaA função das interacções aloparentais em primatas não é bem entendida. A maioria dos estudos incidiu sobre espécies paleotropicais, existindo pouca informação para platirríneos, excepto para calitricídeos. O objectivo deste estudo foi descrever as interacções aloparentais e o comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus apella). Foram realizadas amostragens focais de 30 minutos por semana por cada cria dos zero aos cinco meses de idade, e registadas as interacções entre as crias e os restantes elementos do grupo, incluindo a mãe, bem como as reacções desta ao handling das suas crias. Foi medida a duração do transporte materno e alomaterno das crias bem como a frequência com que as crias forram manuseadas por indivíduos que não a mãe, e testados os efeitos da idade da cria, do rank de dominância materno, do sexo/idade do carrier e da proximidade afiliativa entre o handier e a mãe. Foi medida a frequência das respostas maternas negativas ao handling das crias e testados os efeitos do rank materno e da classe sexo/idade do handler sobre esta variável. Os resultados obtidos estão de acordo com o descrito para a espécie por outros autores no que diz respeito à natureza do handling e à relação entre o investimento materno e aloparental. Assim, as interacções aloparentais foram em geral de natureza benigna e o transporte materno foi dominante em relação ao aloparental, especialmente nos primeiros três meses de vida das crias. Também o interesse de outros indivíduos nas crias foi maior para as crias mais jovens, e o rank materno não pareceu influenciar a atractividade das crias. Ao contrário do documentado por alguns autores para este género, e para cercopitecos, as fêmeas não foram os indivíduos que transportaram as crias por mais tempo, mas sim os machos juvenis. O extenso envolvimento desta classe de indivíduos no transporte de crias foi já descrito para capuchinhos, sendo este normalmente atribuído a um elevado grau de parentesco entre os handlers e as crias. Neste estudo as relações de parentesco não eram conhecidas, e por isso não foi possível testar esta hipótese. No que diz respeito às restantes hipóteses presentes na literatura, a hipótese do assédio não foi suportada devido à natureza positiva do handling, o que está de acordo com a natureza relativamente tolerante das relações entre adultos descrita para esta espécie. O facto de ter existido alguma relutância materna, especialmente por parte de fêmeas de baixo rank, em aceitar o handling das suas crias após aproximação do handler, poderá ser explicada pelo risco de infanticídio existente nesta espécie e pela maior vulnerabilidade das crias de mães subordinadas a um eventual abuso. A hipótese da atracção natal poderá explicar apenas o comportamento aloparental das fêmeas, tendo algumas das suas predições sido verificadas: as crias foram mais atractivas quando mais jovens, e o comportamento aloparental foi de natureza positiva. Esta hipótese não explica no entanto o comportamento aloparental dos machos juvenis. A hipótese learning-to-mother não foi suportada por estes dados, uma vez que a fêmea juvenil, juntamente com os machos adultos, foi dos indivíduos que realizou menos handling e transporte de crias. No entanto, o facto de ter existido apenas uma fêmea juvenil no grupo não permite a exclusão desta hipótese. Por não ter havido qualquer influência da proximidade espacial entre o handler e a mãe e o handling das crias, os padrões de afiliação entre a mãe e outros indivíduos antes do nascimento da cria não parecem explicar o padrão de interacções aloparentais, embora seja necessária uma análise às relações de grooming para fundamentar esta afirmação. Sugere-se que, no futuro, seja averiguado se o handling das crias representa uma troca de comodidades. Para isso poderá ser relevante saber se o grooming dirigido à mãe é imediatamente seguido pelo handling das suas crias. Um outro ponto a clarificar é se o handling das crias promove a formação de alianças entre o handler e a mãe ou seja se os handlers mais frequentes são aqueles que recebem mais frequentemente suporte agonístico por parte da mãe das crias.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPACruz, Mónica Guimarães2011-04-02T13:18:00Z2007-01-01T00:00:00Z2007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/469porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:36:36Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/469Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:18:35.635293Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) |
title |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) |
spellingShingle |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) Cruz, Mónica Guimarães Etologia Animais cativos Primatas Interacção social Comportamento animal Comportamento parental animal Ethology Animal captative Primates Social interaction Animal behaviour Animal parental behaviour |
title_short |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) |
title_full |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) |
title_fullStr |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) |
title_full_unstemmed |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) |
title_sort |
Interacções aloparentais e comportamento materno num grupo cativo de macacos-capuchinho (Cebus Apella) |
author |
Cruz, Mónica Guimarães |
author_facet |
Cruz, Mónica Guimarães |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório do ISPA |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cruz, Mónica Guimarães |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Etologia Animais cativos Primatas Interacção social Comportamento animal Comportamento parental animal Ethology Animal captative Primates Social interaction Animal behaviour Animal parental behaviour |
topic |
Etologia Animais cativos Primatas Interacção social Comportamento animal Comportamento parental animal Ethology Animal captative Primates Social interaction Animal behaviour Animal parental behaviour |
description |
Dissertação de Mestrado em Etologia |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-01-01T00:00:00Z 2007-01-01T00:00:00Z 2011-04-02T13:18:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.12/469 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.12/469 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Superior de Psicologia Aplicada |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Superior de Psicologia Aplicada |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130046537924608 |