Trabalhar e estudar. Um trajeto de conciliações (im)possíveis.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Maria de Fátima
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Serrano, Maria Manuel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/34778
Resumo: A condição de trabalhador-estudante está prevista no Código do Trabalho e na legislação que o regulamenta. Assim, “considera-se trabalhador-estudante o trabalhador que frequenta qualquer nível de educação escolar, bem como curso de pós-graduação, mestrado ou doutoramento em instituição de ensino, ou ainda curso de formação profissional ou programa de ocupação temporária de jovens com duração igual ou superior a seis meses”. No contexto da economia flexível, a decisão de investir na formação e voltar a estudar, quando já se ingressou no mercado de trabalho e se constituiu família, tem várias motivações possíveis, nomeadamente: o aumento da qualificação, a conquista de um emprego mais qualificado ou a progressão no emprego atual, o aumento dos rendimentos do agregado familiar, a melhoria das condições de vida, a elevação do status social, ou a realização pessoal e profissional, entre outros. Em suma, aumentar a empregabilidade e alcançar a dignidade no trabalho, conforme estabelecido nos ODS 4 e 8 da Organização das Nações Unidas (ONU) “Educação de qualidade” e “Trabalho digno e crescimento económico”, respetivamente. Estes ODS, visam contribuir para a promoção da igualdade no acesso à educação para crianças e adultos e para a definição de políticas orientadas para o desenvolvimento de atividades produtivas e da criação de emprego digno, entre outros aspetos de igual relevância. A presente comunicação insere-se numa investigação mais vasta, que sustenta uma tese de Doutoramento em Sociologia, e tem como objetivo identificar as motivações dos trabalhadores-estudantes, com família constituída, para voltar a estudar e que concluíram uma licenciatura. Pretende-se ainda conhecer a trajetória profissional desses trabalhadores-estudantes e determinar a influencia que o investimento na sua formação superior teve na manutenção ou alteração da suas condições objetivas e subjetivas no contexto de trabalho. Da estratégia metodológica fazem parte, entre outras técnicas de recolha de dados, a realização de 10 entrevistas semi-diretivas a atuais diplomados, que concluíram uma licenciatura na Universidade de Évora (5 entrevistas) e no Instituto Politécnico e Setúbal (5 entrevistas) e a 4 empresas, no sentido de dar resposta aos objetivos mencionados.
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