TUMEFAÇÃO CRANIANA DE NOVO – UM DESAFIO DIAGÓSTICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Maria
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Silva, Joana, Monteiro, Virgínia, Tavares, Susana, Araújo, Ricardo, Rocha, Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9445
Resumo: Introdução: A coleção líquida subaponevrótica é uma tume- fação craniana, benigna, que surge semanas após o nascimen- to, decorrente provavelmente de um parto traumático. O diag- nóstico é desafiante uma vez que há poucos casos descritos na literatura. O tratamento recomendado é conservador, já que na maioria dos casos há resolução espontânea. Caso Clínico: Descreve-se um caso de uma lactente de 2 meses com antecedentes de parto distócico por ventosa e de um cefalohematoma occipitoparietal direito com reabsorção es- pontânea no período neonatal. Observou-se, de novo e com 6 dias de evolução, uma tumefação occipitoparietal direita com 5-6 cm de maior diâmetro, de volume oscilante, consistência mole, móvel nos planos superficiais, transluzente, indolor e sem si- nais inflamatórios, permanecendo a criança clinicamente bem. O estudo analítico, radiografia do crânio e ecografia transfon- tanelar não tinham alterações de relevo. A ecografia de partes moles mostrou uma coleção líquida, sugerindo a possibilidade de um cefalohematoma. Foi feita punção aspirativa com saída de líquido sero-hemático, sem qualquer crescimento bacteriano. Ponderando-se a possibilidade de uma malformação congénita foi realizado RMN CE que evidenciou uma coleção liquida subga- leal. Após revisão da literatura, o diagnóstico de coleção liquida subaponevrótica revelou-se o mais provável e o tratamento tem sido conservador. Comentários: Apesar do impacto da sua apresentação clí- nica, trata-se de uma entidade benigna, pouco descrita na lite- ratura, sendo por isso fundamental que os prestadores de cui- dados de saúde estejam aptos para um diagnóstico imediato e um acompanhamento adequado, que passa por medidas de vigilância até à completa resolução ao fim de algumas semanas.
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