Doença de Alzheimer: perspetivas de tratamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1484 |
Resumo: | A Doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer há mais de cem anos [1]. É a demência mais comum e afeta cerca de 75% das mais de 35 milhões de pessoas no mundo com demência [2]. É uma doença neurodegenerativa progressiva que apresenta duas lesões cardinais características: placas senis e emaranhados neurofibrilares. Estas alterações neuropatológicas podem ser provocadas por alterações genéticas e ambientais [3]. Durante a década passada, muitas hipóteses foram propostas para a patogénese da Doença de Alzheimer. Aquelas que foram globalmente aceites foram a teoria da cascata de β-amilóide e a teoria da hiperfosforilação da proteína tau [4]. Clinicamente, a Doença de Alzheimer é caracterizada por perda progressiva de memória e orientação e outros défices cognitivos que incluem afetação do julgamento e da tomada de decisões, apraxia e perturbações da linguagem [5]. Durante anos, foram realizados vários ensaios clínicos com o objetivo de curar a doença e diminuir a sua progressão; contudo, ainda não existem terapias efetivas. Como tal, os objetivos deste trabalho consistem em rever a Doença de Alzheimer, abordando a sua epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas e diagnóstico, bem como, ao acompanhar os estudos clínicos mais recentes, sistematizar as possibilidades de tratamento que estão atualmente em investigação. A pesquisa bibliográfica foi obtida através das bases de dados Medline/PubMed, Medscape e e-medicine. Foram também consultados alguns livros de referência. A pesquisa foi realizada em Inglês. Após investigação extensa e detalhada, foi possível concluir que há diversos tratamentos em estudo com o objetivo de curar a doença e desacelerar a sua progressão; no entanto, nenhum se revelou eficaz. Entre aqueles é de salientar os compostos que têm como alvo as vias de amilóide e tau, a neuroinflamação e o dano oxidativo. O fármaco que apresentou melhores resultados clínicos (melhoria na função cognitiva de pacientes com Doença de Alzheimer moderada a severa) foi o Etanarcept, um inibidor do fator de necrose tumoral. Num futuro próximo esperam-se os resultados dos ensaios clínicos que ainda estão a decorrer. |
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Doença de Alzheimer: perspetivas de tratamentoDoença de AlzheimerDoença de Alzheimer - EtiologiaDoença de Alzheimer - FisiopatologiaDoença de Alzheimer - TratamentoA Doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer há mais de cem anos [1]. É a demência mais comum e afeta cerca de 75% das mais de 35 milhões de pessoas no mundo com demência [2]. É uma doença neurodegenerativa progressiva que apresenta duas lesões cardinais características: placas senis e emaranhados neurofibrilares. Estas alterações neuropatológicas podem ser provocadas por alterações genéticas e ambientais [3]. Durante a década passada, muitas hipóteses foram propostas para a patogénese da Doença de Alzheimer. Aquelas que foram globalmente aceites foram a teoria da cascata de β-amilóide e a teoria da hiperfosforilação da proteína tau [4]. Clinicamente, a Doença de Alzheimer é caracterizada por perda progressiva de memória e orientação e outros défices cognitivos que incluem afetação do julgamento e da tomada de decisões, apraxia e perturbações da linguagem [5]. Durante anos, foram realizados vários ensaios clínicos com o objetivo de curar a doença e diminuir a sua progressão; contudo, ainda não existem terapias efetivas. Como tal, os objetivos deste trabalho consistem em rever a Doença de Alzheimer, abordando a sua epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas e diagnóstico, bem como, ao acompanhar os estudos clínicos mais recentes, sistematizar as possibilidades de tratamento que estão atualmente em investigação. A pesquisa bibliográfica foi obtida através das bases de dados Medline/PubMed, Medscape e e-medicine. Foram também consultados alguns livros de referência. A pesquisa foi realizada em Inglês. Após investigação extensa e detalhada, foi possível concluir que há diversos tratamentos em estudo com o objetivo de curar a doença e desacelerar a sua progressão; no entanto, nenhum se revelou eficaz. Entre aqueles é de salientar os compostos que têm como alvo as vias de amilóide e tau, a neuroinflamação e o dano oxidativo. O fármaco que apresentou melhores resultados clínicos (melhoria na função cognitiva de pacientes com Doença de Alzheimer moderada a severa) foi o Etanarcept, um inibidor do fator de necrose tumoral. Num futuro próximo esperam-se os resultados dos ensaios clínicos que ainda estão a decorrer.Alzheimer’s Disease was first described by Alois Alzheimer more than 100 years ago [1]. It is the most common dementia and it is responsible for 75% of the more than 35 million people suffering from dementia worldwide [2]. It is a progressive neurodegenerative disease and its hallmarks consist in senile plaques and neurofibrillary tangles. These neuropathological processes may be dued to genetic and environmental abnormalities [3]. In the past decade, several Alzheimer’s Disease pathogenesis hypotheses were proposed. The ones globally accepted were the β-amyloid cascade and tau protein hyper-phosphorylation mechanisms [4]. Alzheimer’s Disease is clinically characterized by progressive memory and orientation loss and other cognitive deficits including impaired judgment and decision making, apraxia and language disturbances [5]. With the purpose of cure the disease and stop its progression, several clinical trials have been developed in the last years, however there are no effective therapies yet available. As so, the objectives of this work consist of reviewing Alzheimer’s Disease focusing on epidemiology, etiology, physiopathology, clinical features and diagnosis and summarize the treatment options under investigation by following the latest clinical trials. The literature research was made not only using Medline/Pubmed, Medscape and e-medicine databases but also consulting some reference books. This research was made in English. After an extensive and detailed investigation it was clear that there are innumerous drugs in study aiming the cure of the disease and the stop of its progression, but none of them has proven to be sufficiently effective. Among them the most relevant are the ones targetting amyloid and tau pathways, neuroinflammation and oxidative stress. The best clinical results were obtained with Etanarcept, a tumor necrosis factor, which revealed improvement in moderate to severe Alzheimer’s Disease patients’ cognitive function. The field is awaiting the results of several clinical trials under development.Universidade da Beira InteriorÁlvarez Pérez, Francisco JoséuBibliorumPereira, Pedro Miguel Cabral de Melo2013-11-13T11:05:00Z2013-052013-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1484porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:37:03Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1484Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:17.724031Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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