Ptofobia e dimensões psicológicas associadas : estudo em pessoas idosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ângela Maria Rolo dos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/7327
Resumo: A ptofobia, ou o medo fóbico de cair, é amplamente encontrada na população idosa e é reconhecida, actualmente, como sendo um problema de saúde geriátrico. Apesar de influenciar negativamente a qualidade de vida das pessoas mais velhas, tem sido amplamente negligenciada enquanto objecto de estudo, sobretudo no que respeita aos constructos psicológicos a ela associados. Objectivos: Analisar (i) a relação entre a presença de medo ccair, a auto-eficácia nas quedas, a ansiedade, o controlo percebido sobre o cair e o equilíbrio numa amostra de pessoas idosas clientes de serviços sociais, (ii) a relação entre estas variáveis com as características dos participantes e (iii) estimar quais os constructos de natureza psicológica que poderão melhor predizer o risco de desenvolver medo de cair. Metodologia: Recorreu-se a uma amostra de 100 pessoas, 77 mulheres e 33 homens com uma média de idades de 80.80 anos (SD 7.54 anos). Na recolha de dados utilizou-se um protocolo construído pela investigadora que incluia, além de informação sócio-demográfica e referente ao estado de saúde dos participantes, informação relativa ao medo de cair e historial de quedas. O protocolo incluia também: a Escala de medição do Medo de Cair (FES), o Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI), a Escala de Controlo Percebido Sobre o Cair (PCOF) e o Teste de Tinetti (POMA-I). Foram realizadas análises estatísticas através do teste t -Student, ANOVA e teste do Qui-quadrado, Coeficiente de Correlação de Pearson, e regressões logísticas. Resultados: A presença de ptofobia está associada, maioritariamente, ao sexo feminino, a idades avançadas, viúvez, a níveis reduzidos de escolaridade, a um pior estado de saúde, à institucionalização, à história prévia de quedas, e a uma menor auto-eficácia, controlo percebido sobre o cair e equilíbrio. Verificou-se uma associação estatísticamente significativa entre os resultados da GAI com a FES, PCOF e POMA-I. Constatou-se, também, que 47,1% do medo de cair era explicado por dois itens dos instrumentos utilizados no estudo, um pertencente à FES (“Trabalho doméstico ligeiro”) e um relativo à GAI (“Sinto-me muitas vezes nervoso”). Conclusão: A ptofobia é influenciada por diversos constructos que apesar de serem commumente considerados equivalentes ao medo de cair, não o explicam na totalidade. Os resultados evidenciam a importância de considerar em estudos futuroas as dimensões de natureza psicológica relacionadas com o desenvolvimento de medo de cair, nomeadamente a presença de sintomatologia ansiosa específica.
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Metodologia: Recorreu-se a uma amostra de 100 pessoas, 77 mulheres e 33 homens com uma média de idades de 80.80 anos (SD 7.54 anos). Na recolha de dados utilizou-se um protocolo construído pela investigadora que incluia, além de informação sócio-demográfica e referente ao estado de saúde dos participantes, informação relativa ao medo de cair e historial de quedas. O protocolo incluia também: a Escala de medição do Medo de Cair (FES), o Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI), a Escala de Controlo Percebido Sobre o Cair (PCOF) e o Teste de Tinetti (POMA-I). Foram realizadas análises estatísticas através do teste t -Student, ANOVA e teste do Qui-quadrado, Coeficiente de Correlação de Pearson, e regressões logísticas. Resultados: A presença de ptofobia está associada, maioritariamente, ao sexo feminino, a idades avançadas, viúvez, a níveis reduzidos de escolaridade, a um pior estado de saúde, à institucionalização, à história prévia de quedas, e a uma menor auto-eficácia, controlo percebido sobre o cair e equilíbrio. Verificou-se uma associação estatísticamente significativa entre os resultados da GAI com a FES, PCOF e POMA-I. Constatou-se, também, que 47,1% do medo de cair era explicado por dois itens dos instrumentos utilizados no estudo, um pertencente à FES (“Trabalho doméstico ligeiro”) e um relativo à GAI (“Sinto-me muitas vezes nervoso”). Conclusão: A ptofobia é influenciada por diversos constructos que apesar de serem commumente considerados equivalentes ao medo de cair, não o explicam na totalidade. Os resultados evidenciam a importância de considerar em estudos futuroas as dimensões de natureza psicológica relacionadas com o desenvolvimento de medo de cair, nomeadamente a presença de sintomatologia ansiosa específica.A ptofobia, ou o medo fóbico de cair, é amplamente encontrada na população idosa e é reconhecida, actualmente, como sendo um problema de saúde geriátrico. Apesar de influenciar negativamente a qualidade de vida das pessoas mais velhas, tem sido amplamente negligenciada enquanto objecto de estudo, sobretudo no que respeita aos constructos psicológicos a ela associados. Objectivos: Analisar (i) a relação entre a presença de medo ccair, a auto-eficácia nas quedas, a ansiedade, o controlo percebido sobre o cair e o equilíbrio numa amostra de pessoas idosas clientes de serviços sociais, (ii) a relação entre estas variáveis com as características dos participantes e (iii) estimar quais os constructos de natureza psicológica que poderão melhor predizer o risco de desenvolver medo de cair. Metodologia: Recorreu-se a uma amostra de 100 pessoas, 77 mulheres e 33 homens com uma média de idades de 80.80 anos (SD 7.54 anos). Na recolha de dados utilizou-se um protocolo construído pela investigadora que incluia, além de informação sócio-demográfica e referente ao estado de saúde dos participantes, informação relativa ao medo de cair e historial de quedas. O protocolo incluia também: a Escala de medição do Medo de Cair (FES), o Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI), a Escala de Controlo Percebido Sobre o Cair (PCOF) e o Teste de Tinetti (POMA-I). Foram realizadas análises estatísticas através do teste t -Student, ANOVA e teste do Qui-quadrado, Coeficiente de Correlação de Pearson, e regressões logísticas. Resultados: A presença de ptofobia está associada, maioritariamente, ao sexo feminino, a idades avançadas, viúvez, a níveis reduzidos de escolaridade, a um pior estado de saúde, à institucionalização, à história prévia de quedas, e a uma menor auto-eficácia, controlo percebido sobre o cair e equilíbrio. Verificou-se uma associação estatísticamente significativa entre os resultados da GAI com a FES, PCOF e POMA-I. Constatou-se, também, que 47,1% do medo de cair era explicado por dois itens dos instrumentos utilizados no estudo, um pertencente à FES (“Trabalho doméstico ligeiro”) e um relativo à GAI (“Sinto-me muitas vezes nervoso”). Conclusão: A ptofobia é influenciada por diversos constructos que apesar de serem commumente considerados equivalentes ao medo de cair, não o explicam na totalidade. Os resultados evidenciam a importância de considerar em estudos futuroas as dimensões de natureza psicológica relacionadas com o desenvolvimento de medo de cair, nomeadamente a presença de sintomatologia ansiosa específica.Universidade de Aveiro2012-03-16T11:06:41Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/7327porSantos, Ângela Maria Rolo dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:12:40Zoai:ria.ua.pt:10773/7327Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:45:02.273160Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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