Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,José Coutinho
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Machado,João Neiva, Costa,Joana, Fortuna,Jorge, Gama,Jorge, Rodrigues,Cidália
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000100006
Resumo: Introdução: A ventilação não invasiva (VNI) é uma forma de suporte ventilatório não invasivo, com benefícios comprovados em diversas patologias. O objetivo foi avaliar as indicações da VNI em doentes com insuficiência respiratória e identificar fatores preditivos da resposta à VNI. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos de doentes submetidos a VNI, internados no Serviço de Medicina, entre Janeiro e Dezembro de 2014. Resultados:Incluídos 54 doentes, com idade média de 82,2 anos (± 8,4). Quarenta e quatro doentes apresentavam patologias que são consideradas indicações, com níveis de evidência estabelecida, para utilização de VNI: 33 (75,0%) tinham insuficiência cardíaca descompensada, cinco (11,4%) exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crónica, quatro (9,1%) síndrome de obesidade-hipoventilação e dois (4,5%) pneumonia no imunocomprometido. A taxa de falência foi 20,5%. Nos restantes doentes, a VNI foi utilizada na pneumonia no imunocompetente, choque séptico e intoxicação por benzodiazepinas. A taxa de falência foi 70,0%. Verificou-se uma melhoria estatisticamente significativa nos parâmetros gasométricos duas horas após a VNI nos doentes com patologia com níveis de evidência estabelecida para VNI e nos doentes em que não houve falência desta modalidade ventilatória. Conclusão: Na nossa amostra a taxa falência da VNI foi bastante inferior nos doentes que cumpriam as indicações formais para a VNI. Assim, apesar da crescente utilização da VNI, a seleção criteriosa dos doentes constitui uma etapa essencial para o seu sucesso. O melhor preditor do sucesso da VNI foi a boa resposta após 1 a 2 horas de terapêutica.
id RCAP_ee7e906a02639e06ac2275d9368cf4ac
oai_identifier_str oai:scielo:S0872-671X2018000100006
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina InternaInsuficiência RespiratóriaVentilação Não InvasivaIntrodução: A ventilação não invasiva (VNI) é uma forma de suporte ventilatório não invasivo, com benefícios comprovados em diversas patologias. O objetivo foi avaliar as indicações da VNI em doentes com insuficiência respiratória e identificar fatores preditivos da resposta à VNI. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos de doentes submetidos a VNI, internados no Serviço de Medicina, entre Janeiro e Dezembro de 2014. Resultados:Incluídos 54 doentes, com idade média de 82,2 anos (± 8,4). Quarenta e quatro doentes apresentavam patologias que são consideradas indicações, com níveis de evidência estabelecida, para utilização de VNI: 33 (75,0%) tinham insuficiência cardíaca descompensada, cinco (11,4%) exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crónica, quatro (9,1%) síndrome de obesidade-hipoventilação e dois (4,5%) pneumonia no imunocomprometido. A taxa de falência foi 20,5%. Nos restantes doentes, a VNI foi utilizada na pneumonia no imunocompetente, choque séptico e intoxicação por benzodiazepinas. A taxa de falência foi 70,0%. Verificou-se uma melhoria estatisticamente significativa nos parâmetros gasométricos duas horas após a VNI nos doentes com patologia com níveis de evidência estabelecida para VNI e nos doentes em que não houve falência desta modalidade ventilatória. Conclusão: Na nossa amostra a taxa falência da VNI foi bastante inferior nos doentes que cumpriam as indicações formais para a VNI. Assim, apesar da crescente utilização da VNI, a seleção criteriosa dos doentes constitui uma etapa essencial para o seu sucesso. O melhor preditor do sucesso da VNI foi a boa resposta após 1 a 2 horas de terapêutica.Sociedade Portuguesa de Medicina Interna2018-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000100006Medicina Interna v.25 n.1 2018reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000100006Costa,José CoutinhoMachado,João NeivaCosta,JoanaFortuna,JorgeGama,JorgeRodrigues,Cidáliainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:08:10Zoai:scielo:S0872-671X2018000100006Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:20:46.271210Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
title Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
spellingShingle Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
Costa,José Coutinho
Insuficiência Respiratória
Ventilação Não Invasiva
title_short Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
title_full Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
title_fullStr Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
title_full_unstemmed Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
title_sort Ventilação Não Invasiva: Experiência de um Serviço de Medicina Interna
author Costa,José Coutinho
author_facet Costa,José Coutinho
Machado,João Neiva
Costa,Joana
Fortuna,Jorge
Gama,Jorge
Rodrigues,Cidália
author_role author
author2 Machado,João Neiva
Costa,Joana
Fortuna,Jorge
Gama,Jorge
Rodrigues,Cidália
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Costa,José Coutinho
Machado,João Neiva
Costa,Joana
Fortuna,Jorge
Gama,Jorge
Rodrigues,Cidália
dc.subject.por.fl_str_mv Insuficiência Respiratória
Ventilação Não Invasiva
topic Insuficiência Respiratória
Ventilação Não Invasiva
description Introdução: A ventilação não invasiva (VNI) é uma forma de suporte ventilatório não invasivo, com benefícios comprovados em diversas patologias. O objetivo foi avaliar as indicações da VNI em doentes com insuficiência respiratória e identificar fatores preditivos da resposta à VNI. Material e Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos de doentes submetidos a VNI, internados no Serviço de Medicina, entre Janeiro e Dezembro de 2014. Resultados:Incluídos 54 doentes, com idade média de 82,2 anos (± 8,4). Quarenta e quatro doentes apresentavam patologias que são consideradas indicações, com níveis de evidência estabelecida, para utilização de VNI: 33 (75,0%) tinham insuficiência cardíaca descompensada, cinco (11,4%) exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crónica, quatro (9,1%) síndrome de obesidade-hipoventilação e dois (4,5%) pneumonia no imunocomprometido. A taxa de falência foi 20,5%. Nos restantes doentes, a VNI foi utilizada na pneumonia no imunocompetente, choque séptico e intoxicação por benzodiazepinas. A taxa de falência foi 70,0%. Verificou-se uma melhoria estatisticamente significativa nos parâmetros gasométricos duas horas após a VNI nos doentes com patologia com níveis de evidência estabelecida para VNI e nos doentes em que não houve falência desta modalidade ventilatória. Conclusão: Na nossa amostra a taxa falência da VNI foi bastante inferior nos doentes que cumpriam as indicações formais para a VNI. Assim, apesar da crescente utilização da VNI, a seleção criteriosa dos doentes constitui uma etapa essencial para o seu sucesso. O melhor preditor do sucesso da VNI foi a boa resposta após 1 a 2 horas de terapêutica.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-03-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000100006
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000100006
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000100006
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
dc.source.none.fl_str_mv Medicina Interna v.25 n.1 2018
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137294615052288