Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/11787 |
Resumo: | O texto objetiva explicitar a abordagem histórica das mudanças curriculares para subsidirar as políticas de ensino a partir da noção de noção de tempo curricular. Para isto, utilizou-se do método de investigação como primeiro momento e após utilizar o método de exposição, como explicita Marx. Ao perquirir as determinações do objetto, capata-se a realidade que deve ser exposta. Realizou-se pesquisa bilbiográfica em documental em Portugal e no Brasil. Os dados apresentados são significativos e expostos para o debate. Assim, na busca da justificação das disciplinas em contexto escolar, Goodson aborda o conceito de tempo histórico para explicar as mudanças curriculares a longo, médio e curto prazo. Trata do conceito de tempo curricular com referência às mudanças na organização dos planos de sistematização das disciplinas e nos seus conteúdos. A análise estruturalista de Bourdieu permite responder a interrogação - o que é uma disciplina? - a partir da noção de campo, cuja formulação inclui “uma teoria global do espaço científico” e uma teoria dos conflitos, pois “o campo científico, tal como outros campos, é um campo dotado de uma estrutura e também um espaço de conflitos pela manutenção ou transformação desse campo de forças”, criando um sentido de pertença, conforme. A visão sociológica de Bourdieu faz com que a noção de campo epistemológico seja entendido como campo científico, no interior do qual as “diferentes disciplinas ocupam uma posição no espaço (hierarquizado) das disciplinas e que aquilo que nele sucede depende em parte desta posição”. As medidas políticas, apresentadas como reformas, ou como inovações, inscrevem-se no tempo político de uma dada governação, pois a necessidade de produzir normativos tem sido uma das constantes dos ministérios da educação.O problema agrava-se quando as políticas curriculares, quase sempre enquadradas por modelos de racionalidades técnicas e determinadas pela lógica do Estado, tendem a criar uma distância enorme entre o que é o discurso da mudança e o que realmente acontece ao nível das práticas escolares. |
id |
RCAP_ee9f6d931d6034d9353783cf0c267dcf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/11787 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensinoTempo curricularMudanças curricularesAbordagem históricaPolíticas educacionaisO texto objetiva explicitar a abordagem histórica das mudanças curriculares para subsidirar as políticas de ensino a partir da noção de noção de tempo curricular. Para isto, utilizou-se do método de investigação como primeiro momento e após utilizar o método de exposição, como explicita Marx. Ao perquirir as determinações do objetto, capata-se a realidade que deve ser exposta. Realizou-se pesquisa bilbiográfica em documental em Portugal e no Brasil. Os dados apresentados são significativos e expostos para o debate. Assim, na busca da justificação das disciplinas em contexto escolar, Goodson aborda o conceito de tempo histórico para explicar as mudanças curriculares a longo, médio e curto prazo. Trata do conceito de tempo curricular com referência às mudanças na organização dos planos de sistematização das disciplinas e nos seus conteúdos. A análise estruturalista de Bourdieu permite responder a interrogação - o que é uma disciplina? - a partir da noção de campo, cuja formulação inclui “uma teoria global do espaço científico” e uma teoria dos conflitos, pois “o campo científico, tal como outros campos, é um campo dotado de uma estrutura e também um espaço de conflitos pela manutenção ou transformação desse campo de forças”, criando um sentido de pertença, conforme. A visão sociológica de Bourdieu faz com que a noção de campo epistemológico seja entendido como campo científico, no interior do qual as “diferentes disciplinas ocupam uma posição no espaço (hierarquizado) das disciplinas e que aquilo que nele sucede depende em parte desta posição”. As medidas políticas, apresentadas como reformas, ou como inovações, inscrevem-se no tempo político de uma dada governação, pois a necessidade de produzir normativos tem sido uma das constantes dos ministérios da educação.O problema agrava-se quando as políticas curriculares, quase sempre enquadradas por modelos de racionalidades técnicas e determinadas pela lógica do Estado, tendem a criar uma distância enorme entre o que é o discurso da mudança e o que realmente acontece ao nível das práticas escolares.CAPES, BrasilUniversidade Tuiuti do Paraná (UTP)Universidade do MinhoPacheco, José AugustoFerreira, Naura Syria CarapetoMachado, Lucy Moreira2010-12-012010-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/11787por“Cadernos de Pesquisa : Pensamento Educacional”. ISSN 2175-2613. 5:11 (Set./Dez. 2010) 185-198.2175-2613info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:24:41Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/11787Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:18:45.627832Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino |
title |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino |
spellingShingle |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino Pacheco, José Augusto Tempo curricular Mudanças curriculares Abordagem histórica Políticas educacionais |
title_short |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino |
title_full |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino |
title_fullStr |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino |
title_full_unstemmed |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino |
title_sort |
Noção de tempo curricular: abordagem histórica das mudanças curriculares para a compreensão das políticas de ensino |
author |
Pacheco, José Augusto |
author_facet |
Pacheco, José Augusto Ferreira, Naura Syria Carapeto Machado, Lucy Moreira |
author_role |
author |
author2 |
Ferreira, Naura Syria Carapeto Machado, Lucy Moreira |
author2_role |
author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade do Minho |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pacheco, José Augusto Ferreira, Naura Syria Carapeto Machado, Lucy Moreira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Tempo curricular Mudanças curriculares Abordagem histórica Políticas educacionais |
topic |
Tempo curricular Mudanças curriculares Abordagem histórica Políticas educacionais |
description |
O texto objetiva explicitar a abordagem histórica das mudanças curriculares para subsidirar as políticas de ensino a partir da noção de noção de tempo curricular. Para isto, utilizou-se do método de investigação como primeiro momento e após utilizar o método de exposição, como explicita Marx. Ao perquirir as determinações do objetto, capata-se a realidade que deve ser exposta. Realizou-se pesquisa bilbiográfica em documental em Portugal e no Brasil. Os dados apresentados são significativos e expostos para o debate. Assim, na busca da justificação das disciplinas em contexto escolar, Goodson aborda o conceito de tempo histórico para explicar as mudanças curriculares a longo, médio e curto prazo. Trata do conceito de tempo curricular com referência às mudanças na organização dos planos de sistematização das disciplinas e nos seus conteúdos. A análise estruturalista de Bourdieu permite responder a interrogação - o que é uma disciplina? - a partir da noção de campo, cuja formulação inclui “uma teoria global do espaço científico” e uma teoria dos conflitos, pois “o campo científico, tal como outros campos, é um campo dotado de uma estrutura e também um espaço de conflitos pela manutenção ou transformação desse campo de forças”, criando um sentido de pertença, conforme. A visão sociológica de Bourdieu faz com que a noção de campo epistemológico seja entendido como campo científico, no interior do qual as “diferentes disciplinas ocupam uma posição no espaço (hierarquizado) das disciplinas e que aquilo que nele sucede depende em parte desta posição”. As medidas políticas, apresentadas como reformas, ou como inovações, inscrevem-se no tempo político de uma dada governação, pois a necessidade de produzir normativos tem sido uma das constantes dos ministérios da educação.O problema agrava-se quando as políticas curriculares, quase sempre enquadradas por modelos de racionalidades técnicas e determinadas pela lógica do Estado, tendem a criar uma distância enorme entre o que é o discurso da mudança e o que realmente acontece ao nível das práticas escolares. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-12-01 2010-12-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1822/11787 |
url |
http://hdl.handle.net/1822/11787 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
“Cadernos de Pesquisa : Pensamento Educacional”. ISSN 2175-2613. 5:11 (Set./Dez. 2010) 185-198. 2175-2613 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799132643700244480 |