Curso clínico da resposta ao tratamento em utentes com dor lombar crónica: estudo de coorte prospetivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/17922 |
Resumo: | Relatório do Projeto de Investigação apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Fisioterapia, área de especialização em Fisioterapia em Condições Músculo- Esqueléticas |
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Curso clínico da resposta ao tratamento em utentes com dor lombar crónica: estudo de coorte prospetivoCurso ClínicoFisioterapiaDor Lombar CrónicaAnálise de SobrevivênciaClinical CoursePhysiotherapyChronic Low Back PainSurvival AnalysisRelatório do Projeto de Investigação apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Fisioterapia, área de especialização em Fisioterapia em Condições Músculo- EsqueléticasIntrodução: O curso clínico dos utentes com Dor Lombar Crónica de origem não-específica, em tratamento de fisioterapia, é muito heterogéneo. Para isto contribui a falta de uniformidade na escolha dos desenhos de estudo para avaliar o curso clínico dos resultados do tratamento e a grande variabilidade de critérios de resposta utilizados. Objectivo: Descrever o curso clínico da resposta ao tratamento multimodal de Fisioterapia na intensidade da dor, incapacidade funcional e percepção de melhoria em indivíduos com DLCNE, com avaliações repetidas semanalmente durante período de intervenção (8 semanas) e follow-up aos 3 meses após o início da fisioterapia. Metodologia: 135 utentes referenciados para a Fisioterapia, avaliados antes da intervenção e semanalmente durante 7 semanas e 3 meses após o início da fisioterapia. Os critérios de resposta foram determinados segundo a Diferença Mínima Clinicamente Importante para cada instrumento de medida: Escala Numérica da Dor para a intensidade da dor, Quebec Back Pain Disability Scale para a incapacidade funcional e Global Back Recovery Scale para a percepção de melhoria. Resultados: Dos 135 participantes, 117 completaram o período de intervenção e 105 completaram o follow-up de 3 meses. Relativamente à resposta ao tratamento, a obtenção da DMCI num primeiro momento de avaliação foi alcançada: na intensidade da dor em 68,9% dos participantes (n=93) às 8 semanas após o início do tratamento e 71,1% (n=96) no follow-up de 3 meses; na incapacidade funcional em 58,5% (n=79) às 8 semanas após o início do tratamento e 59,3% (n=80) no follow-up de 3 meses; na percepção de melhoria em 80,7% (n=109) às 8 semanas após o início do tratamento e 82,2% (n=111) no follow-up de 3 meses. Para este critério as medianas do tempo de sobrevivência foram alcançadas: às 3 semanas após o início da intervenção na intensidade de dor e percepção de melhoria e às 5 semanas após o início da intervenção na incapacidade funcional. A recuperação completa foi obtida por: 8,9% (n=12) às 8 semanas após o início do tratamento e no follow-up de 3 meses na intensidade da dor e por 0,7% (n=1) às 8 semanas após o início do tratamento e no follow-up de 3 meses na incapacidade funcional. Com este critério a mediana não foi alcançada para nenhum dos outcomes. Dos 96 utentes recuperados na intensidade da dor 67,7% (n=65) voltou a piorar; dos 80 recuperados na capacidade funcional 51,3% (n=41) voltou a piorar e dos 111 recuperados na percepção de melhoria, 32 (28,8%) voltou a piorar. Conclusão: Parecem haver diferentes padrões de recuperação entre os participantes, sendo que com qualquer critério surgiram participantes com probabilidade de recuperação e em vários momentos de avaliação. Ao longo do tempo o comportamento dos outcomes parece seguir um padrão de mudança: primeiro a percepção de melhoria, depois a intensidade da dor e por fim a incapacidade funcional, mas são necessários mais estudos para confirmar. Este estudo pode ser um contributo para o conhecimento do comportamento dos outcomes ao longo do tempo segundo diferentes critérios de sucesso estabelecidos.Introduction: The clinical course of patients with non-specific Chronic Low Back Pain (CLBP) in physiotherapy treatment is heterogeneous. For this contributes the lack of uniformity in the study designs to evaluate the clinical course of treatment response and the great variability of the response criteria. Aim: To describe the clinical course of pain intensity, functional disability and perception of global recovery in CLBP patients undergoing multimodal physiotherapy treatment. Methodology: A prospective cohort study of 135 patients referred to physiotherapy with repeated weekly evaluations during the intervention period (8 weeks) and 3-month follow-up after the beginning of physiotherapy intervention. Response criteria were determined according to the Minimal Clinically Important Difference (MCID) for each measure instrument: Numeric Pain Rating Scale for pain intensity, Quebec Back Pain Disability Scale for functional disability and Global Back Recovery Scale for perception of global recovery. Results: Of the 135 patients, 117 completed the intervention period and 105 completed the 3-month follow-up. Regarding the response to treatment, the achievement of MCID was: in pain intensity in 68,9% of patients (n=93) at 8 weeks after the beginning of treatment and 71,1% (n=96) at 3-month follow-up; in functional disability in 58,5% (n=79) at 8 weeks after the beginning of treatment and 59,3% (n=80) at 3-month follow-up; in perception of global recovery 80,7% (n=109) at 8 weeks after the beginning of treatment and 82,2% (n=111) at 3-month follow-up. For this criteria the survival time medians were reached: at 3 weeks after the beginning of treatment in pain intensity and perception of global recovery and at 5 weeks after the beginning of treatment in functional disability. Complete recovery was achieved by: 8,9% (n=12) at 8 weeks after the beginning of treatment and at 3-month follow-up in pain intensity and by 0,7% (n=1) at 8 weeks after the beginning of treatment and at 3-month follow-up in functional disability. With this criterion the survival time median was not reached for any outcome. Of the 96 patients recovered in pain intensity 67,7% (n=65) worsened again, and of the 80 patients recovered in functional disability 51,3% (n=41) worsened again. Conclusions: There seem to be different patterns of recovery among the participants. Over the time the outcomes behaviour seems to follow a pattern of change: first the perception of global recovery, then the pain intensity and finally the functional disability, but more studies are necessary to confirm these findings. This study can be a contribution of the knowledge of the outcomes behaviour during treatment time and according to different recovery criteria.Instituto Politécnico de Setúbal. Escola Superior de SaúdeCruz, Eduardo BrazetePires, Diogo André FonsecaRepositório ComumRibeiro, Ana Margarida Martins2017-02-10T15:00:36Z2016-122016-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/17922TID:201613891porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T09:52:43Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/17922Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:08:35.804241Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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