Tempo Português
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/2351 |
Resumo: | O nosso mundo, na aurora de um novo milénio, parece-se a um desses grandes aeroportos onde a humanidade se cruza sem se ver. Esta imagem, simbolizando a tão falada mundialização, sugere ao mesmo tempo a dissolução, num gigantesco "maëlstrom", colorido como um carnaval, das identidades históricas e culturais que durante séculos caracterizaram povos e nações. Mas a esta primeira visão de proximidade e quase fusão num banho identitário unido por música de fundo, estilo karaoke e "flashes" em inglês, sobrepõe-se o sentimento não menos forte de que essa festa de unanimismo planetário é também exibição, exaltante ou melancólica, de irredutíveis identidades. A perspectiva de nos dissolver num magma universal de imagens e de vozes, onde a nossa, familiar, está já submersa ou é inaudível, devolve-nos para a espécie de solitude que cada um de nós descobre no seio da multidão. |
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