Datação da Gravidez - Métodos de Determinação e Importância Clínica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, José Miguel Gil da Costa Lopes
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/102571
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Datação da Gravidez - Métodos de Determinação e Importância ClínicaPregnancy Dating - Methodology and Clinical RelevanceIdade GestacionalData da Última MenstruaçãoEcografiaDatação da GravidezData Provável do PartoGestational AgeLast Menstrual PeriodUltrasoundPregnancy DatingProbable Date of BirthTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaA datação correta da gravidez permite a calendarização precisa da altura do parto, das consultas e dos exames que a grávida terá de efetuar, a determinação e acompanhamento do crescimento fetal e suas eventuais complicações, o reconhecimento de situações que necessitem de cuidados obstétricos especiais, uma eventual interrupção da gravidez e uma programação da indução do trabalho de parto. Atualmente, a datação da gravidez é realizada através da data da última menstruação e/ou da ecografia. Ambos os métodos apresentam vantagens e desvantagens.O objetivo deste trabalho foi compilar as formas de datação da gravidez, explicando os seus métodos, e expondo os seus benefícios, limitações e sua importância clínica.A data da última menstruação é um método fidedigno, embora limitado pelo pressuposto da existência de ciclos regulares e por variáveis como a etnia, a altura da grávida e incerteza quanto à data da última menstruação.A ecografia precoce é o método mais fiável, sendo recomendada a sua utilização no cálculo da idade gestacional. Utiliza-se o comprimento crânio-caudal nessa determinação, exceto quando este excede os 84 mm, passando a usar-se o perímetro cefálico. Numa gravidez múltipla, recorre-se ao maior comprimento crânio-caudal para determinar a idade gestacional. No segundo e terceiro trimestres a ecografia é menos fiável. Utilizam-se outros parâmetros biométricos (comprimento do fémur, circunferência abdominal, diâmetro biparietal e perímetro cefálico), na determinação da idade gestacional, só se alterando esta, obtida através da data da última menstruação, se a disparidade entre os dois valores for significativa. No terceiro trimestre, aconselha-se a realização de uma segunda ecografia para avaliar o crescimento fetal antes de redatar a gravidez.As medições realizadas na ecografia representam uma limitação por serem dependentes da experiência do técnico, da resolução e qualidade do ecógrafo, da presença de movimentos fetais, da subjetividade do operador e do viés de observação. Além disso, as fórmulas utilizadas não têm em consideração a variabilidade biológica e uma eventual restrição de crescimento precoce.Os estudos de comparação entre os dois métodos mostram que a datação através da ecografia do primeiro trimestre é mais fiável. Ainda assim, a associação de ambos os métodos é aconselhada, de forma a diminuir as limitações de cada método.Numa gravidez obtida por técnicas de procriação medicamente assistida, a datação é realizada por outro método. A idade gestacional é calculada adicionando 14 dias à data da recolha dos ovócitos.Tem sido investigada a utilização de outros métodos, como a inteligência artificial e Machine Learning, que têm tido melhores resultados que a ecografia no segundo e terceiro trimestres, embora a evidência seja, ainda, limitada.A exploração do método mais correto e fidedigno de datar a gravidez em cada trimestre continua a ser relevante, dada a sua importância clínica para o seu acompanhamento obstétrico, no diagnóstico precoce de complicações obstétricas (aneuploidias, malformações e restrições de crescimento), na programação do parto ou de uma eventual interrupção da gravidez e no prognóstico perinatal do feto.A correct pregnancy dating allows an accurate scheduling of the time of the delivery, appointments, and exams recommended during pregnancy, as well as the surveillance of the fetal growth and its eventual complications, the recognition of situations that require special obstetric care, a possible termination of pregnancy and a scheduling to induce labor. Nowadays, the pregnancy dating is performed through the last menstrual period and/or through ultrasound. Both methods have advantages and disadvantages.The aim of this study was to compile all the methods used for pregnancy dating, explain its methodology and exposing the benefits and limitations for each one, enlightening the clinical importance of them.The last menstrual period is a reliable method, but it’s limited by the assumption of regular cycles and by variables like ethnicity, height of the expectant and uncertainty regarding the last menstruation period.An early ultrasound is the most reliable method and it is recommended to calculate the gestational age. The gestational age is determined by crown-rump length measure. When crown-rump length is higher than 84 mm, head circumference measure should be used instead. In a multiple pregnancy, we resort to the biggest crown-rump length to determine the gestational age. In the second and third trimesters, the use of ultrasound is less reliable. Other biometric parameters are used (femur length, abdominal circumference, biparietal diameter and head circumference) for estimating gestational age. Gestational age is determined by the last menstrual period, but should be corrected if the disparity between both values is significant. In the third trimester, it’s advised to do a second ultrasound to assess fetal growth before redating the pregnancy.The measurements obtained through ultrasound represent a limitation for being dependent of the operator’s experience, the resolution and quality of ultrasound machine, the presence of fetal movements, the operator’s subjectivity and observation bias. Besides, the utilized formulas don’t take into account biologic variability and an eventual early growth restriction.Studies comparing both methods show that dating with a first trimester ultrasound is more accurate. Even so, the association of both methods is advised, in order to decrease the limitations of both methods.In a pregnancy obtained through medically assisted procreation techniques, dating is performed through another method. Gestational age is calculated by adding 14 days to oocyte’s retrieval date.The use of other methods is being investigated, like artificial intelligence and Machine Learning, demonstrating better results in relation to second and third trimesters’ ultrasound, although the evidence is still limited.The search for the most accurate and reliable method of gestational age determination in each trimester is still a relevant issue, due to its importance in obstetric and fetal surveillance, diagnosis of obstetric complications (aneuploidies, malformations and growth restrictions), scheduling of the delivery or of a potential pregnancy termination and the perinatal fetal prognosis.2022-05-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/102571http://hdl.handle.net/10316/102571TID:203066600porCabral, José Miguel Gil da Costa Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-10-01T20:31:16Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102571Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:32.191317Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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