Descobrir, partilhar e valorizar memórias da literatura oral da Raia: contributos para a preservação dos contos, lendas, crenças e superstições de Penha Garcia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/3391 |
Resumo: | O presente estudo surge no âmbito de um trabalho de investigação realizado no Mestrado em Estudos Ibéricos, na área das Literaturas Orais e Marginais, no Departamento de Letras, da Faculdade de Artes e Letras, da Universidade da Beira Interior. As tradições lendárias e míticas, memória de memórias, testemunhando não a exactidão dos factos relembrados mas as conjunturas culturais em que surgiram, ou em que foram sendo transmitidas de boca a ouvido, reinventadas ao longo dos tempos, num longo processo de descoberta, valorizam a cultura local, dão voz às pessoas simples e humildes do povo, e podem constituir um importante recurso para enriquecerem as atracções turísticas de territórios marcados pela desertificação e interioridade. Por ser uma herança colectiva, o património oral a todos diz respeito e a todos deveria interessar. Enquanto cidadãos activos e intervenientes temos o dever e a obrigação de preservar e conhecer, descobrir e olhar para os velhos baús de memórias orais que são os nossos antepassados. As antiquíssimas recordações colectivas, que nos chegam, são-nos transmitidas pelas vozes suaves e melancólicas dos idosos, personagens extraordinárias, sentadas nas velhas pedras das praças, nas escadas dos típicos balcões ou nas soleiras das portas das casas populares, e dão vida às aldeias e vilas da raia perdida. As nossas memórias pessoais, notas de campo e registos nos diários, apesar de subjectivas -nesta observação participante - completaram informações e enriqueceram conhecimentos. Na presente investigação, acabámos por ter um papel duplo, de observador e de participante. Tendo presente os riscos da subjectividade, consideramos ser um autêntico desafio investigar factos que nos são próximos. Apesar do risco de não conseguirmos transmitir de forma isenta o nosso olhar sobre os factos, consideramos importante dar a conhecer a nossa experiência e o nosso trabalho, porque foi concretizado em prol do bem comum, salvaguardando património, preservando memórias colectivas e permitindo descobrir, partilhar e valorizar memórias da literatura oral da raia, sendo um verdadeiro contributo para a preservação dos contos, lendas, crenças e superstições de Penha Garcia. No âmbito da presente dissertação apresentam-se propostas com estratégias de valorização e divulgação do património oral na Rota dos Fósseis do Parque Iconológico de Penha Garcia, integrado no Geoparque Naturtejo, incluído na Rede Europeia Global de Geoparques da Unesco, desde Setembro de 2006. Reconhecendo-se a importância de todos os contributos que possam ser dados na área da valorização do património cultural, material ou imaterial, acreditamos que este estudo poderá levar a uma reflexão mais profunda sobre o papel das associações de defesa do património das comunidades, das instituições e entidades locais no que toca ao levantamento e preservação das memórias da tradição oral, motivando novas interrogações e despertando posteriores estudos nesta área. |
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Descobrir, partilhar e valorizar memórias da literatura oral da Raia: contributos para a preservação dos contos, lendas, crenças e superstições de Penha GarciaLiteratura oral tradicionalCultura popularCrençasRezasSuperstiçõesPatrimónio oral tradicional - LiteraturaO presente estudo surge no âmbito de um trabalho de investigação realizado no Mestrado em Estudos Ibéricos, na área das Literaturas Orais e Marginais, no Departamento de Letras, da Faculdade de Artes e Letras, da Universidade da Beira Interior. As tradições lendárias e míticas, memória de memórias, testemunhando não a exactidão dos factos relembrados mas as conjunturas culturais em que surgiram, ou em que foram sendo transmitidas de boca a ouvido, reinventadas ao longo dos tempos, num longo processo de descoberta, valorizam a cultura local, dão voz às pessoas simples e humildes do povo, e podem constituir um importante recurso para enriquecerem as atracções turísticas de territórios marcados pela desertificação e interioridade. Por ser uma herança colectiva, o património oral a todos diz respeito e a todos deveria interessar. Enquanto cidadãos activos e intervenientes temos o dever e a obrigação de preservar e conhecer, descobrir e olhar para os velhos baús de memórias orais que são os nossos antepassados. As antiquíssimas recordações colectivas, que nos chegam, são-nos transmitidas pelas vozes suaves e melancólicas dos idosos, personagens extraordinárias, sentadas nas velhas pedras das praças, nas escadas dos típicos balcões ou nas soleiras das portas das casas populares, e dão vida às aldeias e vilas da raia perdida. As nossas memórias pessoais, notas de campo e registos nos diários, apesar de subjectivas -nesta observação participante - completaram informações e enriqueceram conhecimentos. Na presente investigação, acabámos por ter um papel duplo, de observador e de participante. Tendo presente os riscos da subjectividade, consideramos ser um autêntico desafio investigar factos que nos são próximos. Apesar do risco de não conseguirmos transmitir de forma isenta o nosso olhar sobre os factos, consideramos importante dar a conhecer a nossa experiência e o nosso trabalho, porque foi concretizado em prol do bem comum, salvaguardando património, preservando memórias colectivas e permitindo descobrir, partilhar e valorizar memórias da literatura oral da raia, sendo um verdadeiro contributo para a preservação dos contos, lendas, crenças e superstições de Penha Garcia. No âmbito da presente dissertação apresentam-se propostas com estratégias de valorização e divulgação do património oral na Rota dos Fósseis do Parque Iconológico de Penha Garcia, integrado no Geoparque Naturtejo, incluído na Rede Europeia Global de Geoparques da Unesco, desde Setembro de 2006. Reconhecendo-se a importância de todos os contributos que possam ser dados na área da valorização do património cultural, material ou imaterial, acreditamos que este estudo poderá levar a uma reflexão mais profunda sobre o papel das associações de defesa do património das comunidades, das instituições e entidades locais no que toca ao levantamento e preservação das memórias da tradição oral, motivando novas interrogações e despertando posteriores estudos nesta área.Pereira, Reina Marisol TrocauBibliorumAndré, Américo dos Santos2015-05-27T16:14:52Z20122012-102012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3391porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:46Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3391Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:49.303844Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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