Membranas de Polímeros Condutores para a Regeneração da Espinal Medula
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/29367 |
Resumo: | As lesões da espinal medula permanecem uma limitação da Medicina. Vários fatores contribuem para a reduzida capacidade regenerativa do tecido nervoso. Em particular, no sistema nervoso central e em resposta à lesão, estabelece- se um ambiente inibidor ao crescimento celular. Acredita-se que a regeneração das falhas nervosas passe por uma abordagem combinatória que inclua biomateriais, fatores de crescimento e células. Matrizes de suporte ao crescimento celular (scaffold), sob a forma de condutas neuronais, produzidas a partir de biomateriais com propriedades condutoras, podem servir como meio para estimular a regeneração. A reduzida solubilidade da generalidade dos polímeros condutores representa um desafio no seu processamento. A polimerização in situ constitui um método de contornar esta limitação, no entanto, o revestimento obtido não possui propriedades físico-químicas adequadas à interação célula-matriz. Assim, este trabalho centrou-se no estudo da polimerização química de um polímero condutor – o poli (3, 4 – etilenodioxitiofeno (PEDOT) –, na presença de um polímero biocompatível – o quitosano (CS). A síntese de PEDOT, a partir da oxidação de monómeros de 3,4 – etilenodioxitiofeno (EDOT), para obtenção do híbrido CS/PEDOT, foi otimizada, testando dois oxidantes, o persulfato de amónia (APS) e o cloreto de ferro (FeCl3.6H2O), em diferentes solventes. A resistência do PEDOT foi medida com recurso ao método de duas pontas, de onde se calculou a condutividade do material para filmes e fibras. Concluiu-se a caracterização com a observação da morfologia das estruturas e com a análise da composição química por FTIR. A partir de uma solução ácida de CS/PEDOT, obtiveram-se matrizes de nanofibras e filmes condutores, passíveis de ser testados in vitro, com células neuronais. A sua significativa condutividade, mostrou-se um fator interessante para a estimulação elétrica das células através de scaffolds deste material, com eventual impacto na sua proliferação e extensão de neurites. O cloreto de ferro (III) hexahidratado 50% (v/v) em etanol demonstrou ser um melhor oxidante que o persulfato de amónia por permitir produzir fibras com maior condutividade (independentemente da estrutura) e reduzida citotoxicidade, tal como foi apurado em teste realizado in vitro com células Vero. |
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