A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/20098 |
Resumo: | Todas as Eras têm os seus mitos. Estes estão, por norma, nos estudos académicos, associados ao foro do religioso, por serem os rituais espirituais e as superstições uma prática societária generalizada e transversal à cronologia das comunidades humanas. A História Contemporânea assiste, particularmente no século XX, à constituição de um tipo de mito, favorecido pela massificação da política: o mito político. Nele encontramos, dentro do grupo alargado que é a “esquerda”, um mito revolucionário, dado o carácter de ruptura anunciado por todos os quadrantes deste colectivo. O conceito de “mito” permite-nos abordar a História numa perspectiva cultural, mais abrangente do que uma análise puramente política. Para o explorar, escolhemos como foco a visão francesa de uma geração específica, a do Maio de ’68, por ser de um tempo de movimentos sociais particularmente intensos, da entrada de novos grupos sociais na política, das vivências singulares daquela juventude, bem como da projecção internacional e influência socio-política que esse acontecimento teve. A partir das referências essenciais dessa geração, isto é, da sua herança política, este trabalho centra-se na recepção e reflexão da geração francesa sobre a Revolução portuguesa de 1974. O seu claro envolvimento permite-nos tentar compreender um mundo, depois derrubado pela chegada do neo-liberalismo, em que o 25 de Abril foi a derradeira esperança. Os acontecimentos em si, os sujeitos e os próprios micro-processos revolucionários portugueses – Reforma Agrária, Auto-gestão, Movimentos de Trabalhadores e Moradores, Nacionalizações, Descolonização –, tudo é objecto de estudo e comentário pela voz da esquerda francesa, na sua diversidade. |
id |
RCAP_ef292a2209542ffe810fd76b6e67a363 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:run.unl.pt:10362/20098 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda FrancesaEsquerda francesaImprensa francesa,Maio de 68Revolução portuguesaMito revolucionárioRevolutionary mythPortuguese revolutionFrench left wingDomínio/Área Científica::Humanidades::História e ArqueologiaTodas as Eras têm os seus mitos. Estes estão, por norma, nos estudos académicos, associados ao foro do religioso, por serem os rituais espirituais e as superstições uma prática societária generalizada e transversal à cronologia das comunidades humanas. A História Contemporânea assiste, particularmente no século XX, à constituição de um tipo de mito, favorecido pela massificação da política: o mito político. Nele encontramos, dentro do grupo alargado que é a “esquerda”, um mito revolucionário, dado o carácter de ruptura anunciado por todos os quadrantes deste colectivo. O conceito de “mito” permite-nos abordar a História numa perspectiva cultural, mais abrangente do que uma análise puramente política. Para o explorar, escolhemos como foco a visão francesa de uma geração específica, a do Maio de ’68, por ser de um tempo de movimentos sociais particularmente intensos, da entrada de novos grupos sociais na política, das vivências singulares daquela juventude, bem como da projecção internacional e influência socio-política que esse acontecimento teve. A partir das referências essenciais dessa geração, isto é, da sua herança política, este trabalho centra-se na recepção e reflexão da geração francesa sobre a Revolução portuguesa de 1974. O seu claro envolvimento permite-nos tentar compreender um mundo, depois derrubado pela chegada do neo-liberalismo, em que o 25 de Abril foi a derradeira esperança. Os acontecimentos em si, os sujeitos e os próprios micro-processos revolucionários portugueses – Reforma Agrária, Auto-gestão, Movimentos de Trabalhadores e Moradores, Nacionalizações, Descolonização –, tudo é objecto de estudo e comentário pela voz da esquerda francesa, na sua diversidade.All eras have their myths. These myths are, in academic studies, normally associated with the religious field, since spiritual rituals and superstitions are a generalized social practice, transversal to the chronology of human communities. Modern History witnesses, particularly on the 20th century, the building of a kind of myth, favoured by the massification of politics: the political myth. In it we find, among a large group of the so called “left wing”, a revolutionary myth, given the nature of rupture announced by all spectrum of this collective. The concept of “myth” allows us to approach History in a cultural perspective wider than the purely political analysis. To explore it, we chose as focus the French vision of a specific generation, the May 68’s, for being from a time of particularly intense social mouvements, the arrival of new social groups in politics, the singular life experiences of that youth, as well as the international projection and the social political influence of that event. From the main references of that generation, that is its political heritage, this paper is centered on the acceptance and reflection of the French generation about the Portuguese Revolution of 1974. This generation’s clear involvement allows us to try to understand a world, later brought down by the arrival of neo-liberalism, to which the 25th April was the final hope. Events themselves, subjects and Portuguese revolutionary micro-processus of their own – Agrarian Reform, Self-Management, Workers and Dwellers Movements, Nationalizations and Decolonization –, all of it is object of study and critic by the French left wing voice, in its diversity.Rosas, FernandoRUNAlmeida, Inês Leitão Ferreira de2017-02-20T11:23:47Z2016-11-042016-09-012016-11-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/20098TID:201275783porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:03:09Zoai:run.unl.pt:10362/20098Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:25:57.572381Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa |
title |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa |
spellingShingle |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa Almeida, Inês Leitão Ferreira de Esquerda francesa Imprensa francesa, Maio de 68 Revolução portuguesa Mito revolucionário Revolutionary myth Portuguese revolution French left wing Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia |
title_short |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa |
title_full |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa |
title_fullStr |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa |
title_full_unstemmed |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa |
title_sort |
A Revolução dos Cravos e o Mito revolucionário da Esquerda Francesa |
author |
Almeida, Inês Leitão Ferreira de |
author_facet |
Almeida, Inês Leitão Ferreira de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Rosas, Fernando RUN |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Almeida, Inês Leitão Ferreira de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Esquerda francesa Imprensa francesa, Maio de 68 Revolução portuguesa Mito revolucionário Revolutionary myth Portuguese revolution French left wing Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia |
topic |
Esquerda francesa Imprensa francesa, Maio de 68 Revolução portuguesa Mito revolucionário Revolutionary myth Portuguese revolution French left wing Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia |
description |
Todas as Eras têm os seus mitos. Estes estão, por norma, nos estudos académicos, associados ao foro do religioso, por serem os rituais espirituais e as superstições uma prática societária generalizada e transversal à cronologia das comunidades humanas. A História Contemporânea assiste, particularmente no século XX, à constituição de um tipo de mito, favorecido pela massificação da política: o mito político. Nele encontramos, dentro do grupo alargado que é a “esquerda”, um mito revolucionário, dado o carácter de ruptura anunciado por todos os quadrantes deste colectivo. O conceito de “mito” permite-nos abordar a História numa perspectiva cultural, mais abrangente do que uma análise puramente política. Para o explorar, escolhemos como foco a visão francesa de uma geração específica, a do Maio de ’68, por ser de um tempo de movimentos sociais particularmente intensos, da entrada de novos grupos sociais na política, das vivências singulares daquela juventude, bem como da projecção internacional e influência socio-política que esse acontecimento teve. A partir das referências essenciais dessa geração, isto é, da sua herança política, este trabalho centra-se na recepção e reflexão da geração francesa sobre a Revolução portuguesa de 1974. O seu claro envolvimento permite-nos tentar compreender um mundo, depois derrubado pela chegada do neo-liberalismo, em que o 25 de Abril foi a derradeira esperança. Os acontecimentos em si, os sujeitos e os próprios micro-processos revolucionários portugueses – Reforma Agrária, Auto-gestão, Movimentos de Trabalhadores e Moradores, Nacionalizações, Descolonização –, tudo é objecto de estudo e comentário pela voz da esquerda francesa, na sua diversidade. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-11-04 2016-09-01 2016-11-04T00:00:00Z 2017-02-20T11:23:47Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10362/20098 TID:201275783 |
url |
http://hdl.handle.net/10362/20098 |
identifier_str_mv |
TID:201275783 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137890056273920 |