“El maestre Davis que se fazia llamar rey de Portugal”: La imagen propagandística de D. João I de Portugal en la fuentes castellanas
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | spa |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2018000100010 |
Resumo: | A proclamação de D. João I de Portugal e o estabelecimento de uma nova dinastia levou à criação de vários discursos propagandísticos. A historiografía portuguesa deu-lhe particular destaque em detrimento dos seus descendentes, tendo sido consagrado pela crónica de Fernão Lopes. Em contrapartida, este texto pouco referiu a trama construída contra D. João pelos Transtâmara - que reividicavam o trono português sob os direitos de Beatriz de Portugal. Através da análise do discurso das crónicas de Pedro López de Ayala, das epístolas de Fernando de Castela, da documentação da chancelaria castelhana e de outros instrumentos de poder, como o selo e a moeda, podemos não só observar as reivindicações dos Trastâmara e o seu não-reconhecimento da dinastia de Avis, mas também a construção da imagem de um D. João I de Portugal como governante indigno. Tanto pelas suas condições pessoais (bastardia e clérigo), como pelo seu modo de governação traiçoeiro, cobarde, vacilante e oportunista. Trata-se de uma imagem radicalmente distinta das fontes portuguesas, que o estabelecem como o monarca de “boa memória” e o “messias de Lisboa”; uma alternativa, pois, que surge no discurso político da época |
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“El maestre Davis que se fazia llamar rey de Portugal”: La imagen propagandística de D. João I de Portugal en la fuentes castellanasLegitimidade dinásticadiscursos de não legitimação dinásticaCrise de 1383-1385 em Portugalrelações luso-castelhanashistória política da Baixa Idade MédiaA proclamação de D. João I de Portugal e o estabelecimento de uma nova dinastia levou à criação de vários discursos propagandísticos. A historiografía portuguesa deu-lhe particular destaque em detrimento dos seus descendentes, tendo sido consagrado pela crónica de Fernão Lopes. Em contrapartida, este texto pouco referiu a trama construída contra D. João pelos Transtâmara - que reividicavam o trono português sob os direitos de Beatriz de Portugal. Através da análise do discurso das crónicas de Pedro López de Ayala, das epístolas de Fernando de Castela, da documentação da chancelaria castelhana e de outros instrumentos de poder, como o selo e a moeda, podemos não só observar as reivindicações dos Trastâmara e o seu não-reconhecimento da dinastia de Avis, mas também a construção da imagem de um D. João I de Portugal como governante indigno. Tanto pelas suas condições pessoais (bastardia e clérigo), como pelo seu modo de governação traiçoeiro, cobarde, vacilante e oportunista. Trata-se de uma imagem radicalmente distinta das fontes portuguesas, que o estabelecem como o monarca de “boa memória” e o “messias de Lisboa”; uma alternativa, pois, que surge no discurso político da épocaInstituto de Estudos Medievais, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa2018-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2018000100010Medievalista n.23 2018reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPspahttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-740X2018000100010Montes,Néstor Vigilinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:23:24Zoai:scielo:S1646-740X2018000100010Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:29:40.639168Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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