A pessoa em situação crítica: representações construídas por Enfermeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Isabel
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Frade, Maria, Fonseca, Ana, Marques, Maria, Mendes, João
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/29923
Resumo: Introdução. Existindo uma grande variabilidade de situações de doença que colocam as pessoas em situação critica, consideramos importante clarificar o conceito, quer na formação quer na prática e investigação, como contribuição para os enfermeiros desenvolverem competências nesta área de cuidados. Perante doentes críticos e situações de emergência os enfermeiros têm cada vez mais um papel preponderante. A perceção correta da situação provoca uma atuação correta na sobrevivência, recuperação e qualidade de vida da pessoa (Vieira et al 2005). Objetivos. Identificar as representações de pessoa em situação crítica, construídas por Enfermeiros. Metodologia Estudo exploratório, cuja amostra é constituída por 173 Enfermeiros que trabalham em serviços de cuidados intensivos e intermédios. A recolha dos dados foi realizada em novembro e dezembro de 2010, através de questionário com questões que visavam a caracterização sociodemográfica e uma questão aberta “o que é para si uma pessoa em situação crítica”. Foram cumpridos todos os procedimentos ético-legais, com as comissões de ética dos hospitais onde foi realizada a colheita de dados. Para a análise do material recolhido, utilizou-se o software de análise quantitativa de dados textuais (ALCESTE). Resultados. Os participantes no estudo eram predominantemente do sexo feminino, com idade média de 35,9 anos e um desvio padrão de 9,2 anos. Apurou-se uma percentagem muito significativa de análise do corpus (87%), que deu origem a nove classes. Por ordem na árvore descendente com respetivamente: classe 5 (11%) “instabilidade hemodinâmica, instabilidade ventilatória”; classe 6 (11%) “sobrevivência, meios avançados de vigilância”; classe 3 (13%) “falência de órgãos, processo de falência”, classe 7 (10%) hemodinamicamente instável”; classe 4 (11%) “alterações, morte, falecer”; classe 9 (6%) “problemas, stress, família, profissionais de saúde”; classe 2 (15%) “perigo, risco de vida”; classe 8 (7%) “cuidados intensivos, urgentes, emergentes” e classe 1 (16%) “precisa de cuidados intensivos, vigilância apertada”. Após análise do conteúdo lexicográfico das classes, procedemos à junção das classes 5 e 7 e das classes 1 e 8. Conclusão Os enfermeiros centram as suas respostas sobre a pessoa em situação crítica, em instabilidade hemodinâmica, que leva a falência multiorgânica, constituindo perigo de vida, podendo levar à morte. É uma pessoa que necessita de cuidados intensivos, para que possa usufruir dos meios avançados de vigilância e terapêutica que conduzem à sobrevivência. São uma importante fonte de problemas e stress para a família e para os profissionais de saúde. Estes resultados enquadram-se maioritariamente nos domínios de cuidados, função de diagnóstico e de acompanhamento, monitorização do doente e na tomada a cargo de situações de evolução rápida (Benner, 2001).
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