Termografia como meio de diagnóstico complementar da mamografia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/9784 |
Resumo: | O cancro de mama representa a segunda causa de morte por cancro, logo após o cancro de pulmão. Atualmente a sua deteção precoce é efetuada por mamografia. Porém, esta fornece apenas informação anatómica detetando o cancro quando este já se encontra estabelecido. Nas lesões, antes da sua formação, ocorrem alterações fisiológicas que poderão ser detetadas por termografia, uma vez que a angiogénese criada pelo tumor e o aumento das suas necessidades metabólicas induzem um aumento de temperatura. A termografia foi introduzida como meio de diagnóstico de cancro de mama em 1965 e inicialmente foi bem aceite. Porém, alguns estudos colocaram em causa a eficiência deste método quando comparado com a mamografia, pelo que a comunidade médica foi perdendo o interesse. Recentemente houve vários avanços a nível das câmaras térmicas, pelo que são necessários novos estudos para verificar o potencial destas no rastreio de cancro de mama. O objetivo deste trabalho é efetuar um estudo comparativo entre as mamografias e os termogramas mamários, de modo a fornecer novos dados sobre a aplicação da termografia no complemento da mamografia na deteção e monitorização do cancro de mama. Para tal, foram adquiridos termogramas a 151 utentes (após consentimento informado) que participavam no Programa de Rastreio de Cancro de Mama da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte, onde o rastreio é efetuado por mamografia. Para a recolha das imagens foi utilizada a câmara térmica FLIR T-365 que se encontrava posicionada a cerca de 1 metro de distância da área mamária, numa sala com uma temperatura entre 18ºC e 23ºC e onde potenciais fontes de calor foram eliminadas para reduzir os artefactos térmicos. A análise da mamografia foi efetuada por médicos Radiologistas e classificadas segundo a Sistema de Classificação de Marselha das European Guidelines; nos termogramas foi analisada a assimetria das mamas e calculadas as diferenças de temperatura, classificando-as depois numa escala pré-estabelecida; por último foi efetuada a comparação dos resultados. Chegou-se à conclusão que a termografia pode ajudar na deteção de lesões mamárias, contudo com a escala apresentada não foi possível estabelecer uma relação direta entre o aumento da temperatura na termografia e a malignidade da lesão. |
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Termografia como meio de diagnóstico complementar da mamografiaCancro de mamaTermorregulaçãoTermografia mamáriaMamografiaSensibilidadeEspecificidadeO cancro de mama representa a segunda causa de morte por cancro, logo após o cancro de pulmão. Atualmente a sua deteção precoce é efetuada por mamografia. Porém, esta fornece apenas informação anatómica detetando o cancro quando este já se encontra estabelecido. Nas lesões, antes da sua formação, ocorrem alterações fisiológicas que poderão ser detetadas por termografia, uma vez que a angiogénese criada pelo tumor e o aumento das suas necessidades metabólicas induzem um aumento de temperatura. A termografia foi introduzida como meio de diagnóstico de cancro de mama em 1965 e inicialmente foi bem aceite. Porém, alguns estudos colocaram em causa a eficiência deste método quando comparado com a mamografia, pelo que a comunidade médica foi perdendo o interesse. Recentemente houve vários avanços a nível das câmaras térmicas, pelo que são necessários novos estudos para verificar o potencial destas no rastreio de cancro de mama. O objetivo deste trabalho é efetuar um estudo comparativo entre as mamografias e os termogramas mamários, de modo a fornecer novos dados sobre a aplicação da termografia no complemento da mamografia na deteção e monitorização do cancro de mama. Para tal, foram adquiridos termogramas a 151 utentes (após consentimento informado) que participavam no Programa de Rastreio de Cancro de Mama da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte, onde o rastreio é efetuado por mamografia. Para a recolha das imagens foi utilizada a câmara térmica FLIR T-365 que se encontrava posicionada a cerca de 1 metro de distância da área mamária, numa sala com uma temperatura entre 18ºC e 23ºC e onde potenciais fontes de calor foram eliminadas para reduzir os artefactos térmicos. A análise da mamografia foi efetuada por médicos Radiologistas e classificadas segundo a Sistema de Classificação de Marselha das European Guidelines; nos termogramas foi analisada a assimetria das mamas e calculadas as diferenças de temperatura, classificando-as depois numa escala pré-estabelecida; por último foi efetuada a comparação dos resultados. Chegou-se à conclusão que a termografia pode ajudar na deteção de lesões mamárias, contudo com a escala apresentada não foi possível estabelecer uma relação direta entre o aumento da temperatura na termografia e a malignidade da lesão.After the lung cancer, breast cancer represents the second most important cause of death. Currently, the early detection is achieved by means of mammography providing anatomical details, although the cancer is only detected when it is already present. Before that, several physical alterations occur that can be detected by thermography, due to the increase of temperature created by the tumor angiogenesis and the higher metabolic rate. In 1965, the thermography was introduced as a diagnosis tool for breast cancer and initially very well accepted; however lost interest by the community due to the less efficiency of this technique when compared with mammography were reported in some studies. Recently new improvements were achieved in thermography cameras, thus new studies are needed to observe the potencial of this technique in breast cancer screening. The aim of this work is to perform a comparative study between mammography and breast thermograms, to give new insight concerning the application of the thermography ad a complementary tool of mammography in the early detection of breast cancer. For this study, 151 patients performed the screening mammography program of the Liga Portuguesa Contra o Cancro- Núcleo Regional do Norte, and in addition, have made a thermographic examination (after informed consent). This exam was performed using a thermographic camera FLIR T- 365, at 1 meter of distance from the breast, in a room with a controlled temperature in between 18ºC and 23ªC, and no potential sources of additional heat in order to reduce thermal artifacts. Radiologists analyzed each mammographic image using Marseille System by European Guidelines. The analysis of the thermograms was base on asymmetry and skin temperature differences. A rating scale was proposed and the results were further compared with the Mammography scores. As main conclusion, the thermography can help in early detection of breast lesions, however the proposal rating scale don’t allows to assess the relationship between the temperature increase in thermography and the malignancy of the lesions.Monteiro, Fernando C.Biblioteca Digital do IPBAmaral, Elizabete Marques2014-06-30T08:56:58Z20132014-06-302013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/9784TID:201456656porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:23:31Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/9784Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:00:52.476012Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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