Gestão pública de áreas cinegéticas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/24494 |
Resumo: | Este trabalho, Dissertação de Mestrado em Gestão das Organizações, ramo de Gestão Pública, com o tema Gestão Pública de Áreas Cinegéticas, tem como objetivo avaliar as relações entre o turismo e o espaço rural, com particular ênfase nas atividades do Turismo Cinegético nos territórios de baixa densidade populacional e na gestão pública das Zonas de Caça Municipais, como forma e meio para promover a sustentabilidade do ecossistema e a sua biodiversidade. Propomos uma abordagem que caracteriza a importância das boas praticas públicas no Turismo Cinegético e a falta delas. Por forma a obter os dados que nos permitiram concretizar o trabalho, seguimos uma abordagem pós positivista, uma estratégia quantitativa e um método de pesquisa por questionário que complementamos com triangulação. O questionário permitiu-nos perceber a relação entre os fatores caracterizadores da atividade cinegética, o turismo e as práticas de Gestão Pública a eles associados. Fundamentado no relatório da FACE – European Federation for Hunting and Conservation, é possível perceber a relação entre a biodiversidade, a conservação e a perda dos recursos naturais, sendo a caça apontada no relatório como o fator/atividade equilibrador (Oltean et al., 2021). A ausência de políticas públicas consistentes e continuadas, promotoras da atividade cinegética tem contribuído para o desequilíbrio na biodiversidade, na conservação, para o abandono dos espaços rurais, sobretudo daqueles onde se verifica baixa densidade populacional (Lasanta et al., 2005). Esta ausência de Políticas Públicas tem também origem nas organizações animalistas urbanas, muito influentes nos média e organizadas em grupos políticos, que se apresentam com a sua versão da conservação da natureza, que confundem deliberadamente e de forma infundada com o bem estar animal – a dos seus animais de estimação. Deste modo muito radical e impositivo querem proibir a Caça pois consideram-na selvagem e obsoleta nos dias de hoje (Bichel & Hart, 2023). O principal objetivo deste trabalho é perceber quais as iniciativas de gestão pública, ao nível das autarquias locais, que estão e podem ser tomadas para promover a gestão pública das Áreas Cinegéticas (Oltean et al., 2021). A principal conclusão a que se chegou foi que, apesar de existirem entidades municipais publicas dedicadas e legislação que enquadra a gestão publica dos espaços e das atividades cinegéticas, estas demitem-se dessa gestão. Desprezam-se e desperdiçam-se assim, recursos económicos que, estando disponíveis, não são utilizados nem benefício próprio nem em benefício das populações locais que deviam servir. Podemos ainda constatar que tão pouco existe um acompanhamento, de gestão pública, nas situações em que a gestão deste recurso é garantida por particulares |
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Gestão pública de áreas cinegéticasAtividade cinegéticaTurismo cinegéticoGestão públicaHunting activityHunting tourismPublic managementGestãoEste trabalho, Dissertação de Mestrado em Gestão das Organizações, ramo de Gestão Pública, com o tema Gestão Pública de Áreas Cinegéticas, tem como objetivo avaliar as relações entre o turismo e o espaço rural, com particular ênfase nas atividades do Turismo Cinegético nos territórios de baixa densidade populacional e na gestão pública das Zonas de Caça Municipais, como forma e meio para promover a sustentabilidade do ecossistema e a sua biodiversidade. Propomos uma abordagem que caracteriza a importância das boas praticas públicas no Turismo Cinegético e a falta delas. Por forma a obter os dados que nos permitiram concretizar o trabalho, seguimos uma abordagem pós positivista, uma estratégia quantitativa e um método de pesquisa por questionário que complementamos com triangulação. O questionário permitiu-nos perceber a relação entre os fatores caracterizadores da atividade cinegética, o turismo e as práticas de Gestão Pública a eles associados. Fundamentado no relatório da FACE – European Federation for Hunting and Conservation, é possível perceber a relação entre a biodiversidade, a conservação e a perda dos recursos naturais, sendo a caça apontada no relatório como o fator/atividade equilibrador (Oltean et al., 2021). A ausência de políticas públicas consistentes e continuadas, promotoras da atividade cinegética tem contribuído para o desequilíbrio na biodiversidade, na conservação, para o abandono dos espaços rurais, sobretudo daqueles onde se verifica baixa densidade populacional (Lasanta et al., 2005). Esta ausência de Políticas Públicas tem também origem nas organizações animalistas urbanas, muito influentes nos média e organizadas em grupos políticos, que se apresentam com a sua versão da conservação da natureza, que confundem deliberadamente e de forma infundada com o bem estar animal – a dos seus animais de estimação. Deste modo muito radical e impositivo querem proibir a Caça pois consideram-na selvagem e obsoleta nos dias de hoje (Bichel & Hart, 2023). O principal objetivo deste trabalho é perceber quais as iniciativas de gestão pública, ao nível das autarquias locais, que estão e podem ser tomadas para promover a gestão pública das Áreas Cinegéticas (Oltean et al., 2021). A principal conclusão a que se chegou foi que, apesar de existirem entidades municipais publicas dedicadas e legislação que enquadra a gestão publica dos espaços e das atividades cinegéticas, estas demitem-se dessa gestão. Desprezam-se e desperdiçam-se assim, recursos económicos que, estando disponíveis, não são utilizados nem benefício próprio nem em benefício das populações locais que deviam servir. Podemos ainda constatar que tão pouco existe um acompanhamento, de gestão pública, nas situações em que a gestão deste recurso é garantida por particularesWe propose an approach that characterizes the importance of good public practices in Hunting Tourism; and what characterizes their lack. To obtain the data that allowed us to carry out the work, we followed a post-positivist approach, a quantitative strategy, and a questionnaire research method that we complemented with triangulation. The questionnaire allowed us to understand the relationship between the factors characterizing hunting activity, tourism and the Public Management practices associated with them. Based on the report by FACE – European Federation for Hunting and Conservation, it is possible to perceive the relationship between biodiversity, conservation, and the loss of natural resources, with hunting identified in the report as the balancing factor/activity. The absence of consistent and continuous public policies that promote hunting activity has contributed to the imbalance in biodiversity, conservation, and the abandonment of rural spaces, which are already characterized by low population density. This lack of Public Policies also has its origins in urban animalist organizations, very influential in the media and organized in political groups, which present themselves with their version of nature conservation, which they deliberately and unfoundedly confuse with animal welfare – the of your pets. In this very radical and imposing way they want to prohibit Hunting as they consider it savage and obsolete nowadays. This lack of Public Policies also has its origins in urban animalist organizations, very influential in the media and organized in political groups, which present themselves with their version of nature conservation, which they deliberately and unfoundedly confuse with animal welfare – the of your pets. In this very radical and imposing way they want to prohibit Hunting as they consider it savage and obsolete nowadays. The main objective of this dissertation is to understand which public management initiatives, at the level of local authorities, can be taken to promote Public Management of Hunting Areas. The main conclusions reached were that, despite there being their own entities studying hunting activities, municipalities neglect the use of this economic resource that is available and that only a small part of them use it for their own benefit and that of the local populations. Municipal representatives do not believe that they should at least monitor this activity, even when they leave the management of this resource in the hands of individuals, and they do not have the resources to develop it. Even when compared with other opinions found in the literature.Repositório Científico do Instituto Politécnico do PortoRibeiro, Eduardo Jorge da Silva Fernandes de Jesus2024-01-17T10:19:40Z2023-11-282023-11-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/24494TID:203467450porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-24T01:49:52Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/24494Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:56:41.627273Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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