Avaliação do consumo de AINEs em doentes com Artrite Reumatóide e Espondilite Anquilosante no controlo da dor
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8375 |
Resumo: | Introdução: Os anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) são eficazes no alívio sintomático da artrite reumatóide (AR), espondilite anquilosante (EA) e outras condições inflamatórias. Estando o uso de AINEs a ser generalizado, devem averiguar-se os seus efeitos adversos para serem aplicados com segurança em doentes reumáticos, incluindo os com AR e EA. A escolha farmacológica deve, assim, ser personalizada, tendo em conta a eficácia, a potencial toxicidade com outra medicação, o custo e os efeitos adversos de cada paciente. Objetivos: Este estudo foi desenvolvido com o propósito de avaliar o consumo de AINEs, relacionando-o com a dor, na população de doentes com AR e EA seguidos na Unidade de Reumatologia de Castelo Branco (UR-CB). Materiais e Métodos: Estudo observacional retrospetivo em 135 doentes seguidos na UR-CB, de março/2011 a abril/2017. Os dados foram recolhidos a partir dos processos clínicos. DAS28, BASDAI e ASDAS e EVA foram os instrumentos utilizados para a avaliação da atividade da AR, da EA e da dor, respetivamente. Utilizou-se o software SPSSv24.0 para a análise estatística dos dados. Nas inferências para a população com AR e EA seguida na UR-CB, considerou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Os doentes observados com AR são principalmente mulheres com idade superior a 60 anos e com duração da AR superior a 10 anos, enquanto os pacientes com EA são, em maior percentagem, homens com idades entre 40-50 anos e com duração da EA entre 3-5 anos. A maioria dos doentes com AR apresenta-se em remissão e sem dor/dor ligeira. Da mesma forma, quanto à EA, a maioria dos doentes apresenta atividade ligeira e ausência de dor/dor ligeira. Em relação à medicação, em ambas as doenças, os AINEs são os fármacos mais consumidos, embora DMARDs, corticosteróides e biológicos também contribuam para o controlo destas patologias reumáticas, especialmente da AR. Relativamente ao estudo CV e GI associado aos AINEs, apenas 5,5%, 2,7% e 1,4% dos doentes com AR foram submetidos a endoscopia digestiva alta (EDA), cateterismo cardíaco e internamento em Cardiologia, respetivamente. Na EA, apenas 22,2% foram submetidos a EDA. Da análise estatística, apurou-se ainda que são mais os doentes que consomem AINEs do que os que não tomam (AR: p=0,000 e EA: p=0,0215) e que a dor está associada às escalas de atividade da AR (DAS28-PCR: p=0,001 e DAS28-VS: p=0,000) e da EA (ASDAS-PCR: p=0,048 e ASDAS-VS: p=0,009). Conclusão: Na UR-CB, a AR e a EA encontram-se bem controladas: remissão/atividade ligeira, ausência de dor/dor ligeira e poucos efeitos adversos CV e GI, sendo os AINEs os fármacos mais consumidos. Existem associações significativas entre dor-DAS28 e dor-ASDAS. |
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Avaliação do consumo de AINEs em doentes com Artrite Reumatóide e Espondilite Anquilosante no controlo da dorRetrato de uma Unidade de ReumatologiaAnti-Inflamatórios Não EsteróidesArtrite ReumatóideDorEspondilite AnquilosanteDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: Os anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) são eficazes no alívio sintomático da artrite reumatóide (AR), espondilite anquilosante (EA) e outras condições inflamatórias. Estando o uso de AINEs a ser generalizado, devem averiguar-se os seus efeitos adversos para serem aplicados com segurança em doentes reumáticos, incluindo os com AR e EA. A escolha farmacológica deve, assim, ser personalizada, tendo em conta a eficácia, a potencial toxicidade com outra medicação, o custo e os efeitos adversos de cada paciente. Objetivos: Este estudo foi desenvolvido com o propósito de avaliar o consumo de AINEs, relacionando-o com a dor, na população de doentes com AR e EA seguidos na Unidade de Reumatologia de Castelo Branco (UR-CB). Materiais e Métodos: Estudo observacional retrospetivo em 135 doentes seguidos na UR-CB, de março/2011 a abril/2017. Os dados foram recolhidos a partir dos processos clínicos. DAS28, BASDAI e ASDAS e EVA foram os instrumentos utilizados para a avaliação da atividade da AR, da EA e da dor, respetivamente. Utilizou-se o software SPSSv24.0 para a análise estatística dos dados. Nas inferências para a população com AR e EA seguida na UR-CB, considerou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Os doentes observados com AR são principalmente mulheres com idade superior a 60 anos e com duração da AR superior a 10 anos, enquanto os pacientes com EA são, em maior percentagem, homens com idades entre 40-50 anos e com duração da EA entre 3-5 anos. A maioria dos doentes com AR apresenta-se em remissão e sem dor/dor ligeira. Da mesma forma, quanto à EA, a maioria dos doentes apresenta atividade ligeira e ausência de dor/dor ligeira. Em relação à medicação, em ambas as doenças, os AINEs são os fármacos mais consumidos, embora DMARDs, corticosteróides e biológicos também contribuam para o controlo destas patologias reumáticas, especialmente da AR. Relativamente ao estudo CV e GI associado aos AINEs, apenas 5,5%, 2,7% e 1,4% dos doentes com AR foram submetidos a endoscopia digestiva alta (EDA), cateterismo cardíaco e internamento em Cardiologia, respetivamente. Na EA, apenas 22,2% foram submetidos a EDA. Da análise estatística, apurou-se ainda que são mais os doentes que consomem AINEs do que os que não tomam (AR: p=0,000 e EA: p=0,0215) e que a dor está associada às escalas de atividade da AR (DAS28-PCR: p=0,001 e DAS28-VS: p=0,000) e da EA (ASDAS-PCR: p=0,048 e ASDAS-VS: p=0,009). Conclusão: Na UR-CB, a AR e a EA encontram-se bem controladas: remissão/atividade ligeira, ausência de dor/dor ligeira e poucos efeitos adversos CV e GI, sendo os AINEs os fármacos mais consumidos. Existem associações significativas entre dor-DAS28 e dor-ASDAS.Introduction: Non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) are effective in symptomatic relief of rheumatoid arthritis (RA), ankylosing spondylitis (AS) and other inflammatory conditions. With the use of NSAIDs being generalized, its adverse effects should be investigated to be safely applied in rheumatic patients, including those with RA and AS. The pharmacological choice should therefore be personalized, taking into account the efficacy, potential toxicity with other medication, cost and adverse effects of each patient. Objectives: The purpose of this study was to evaluate the consumption of NSAIDs related to pain in the population of patients with RA and AS followed at the Rheumatology Unit of Castelo Branco (RU-CB). Materials and Methods: Retrospective observational study in 135 patients in RU-CB, from March/2011 to April/2017. Data were collected from clinical processes. DAS28, BASDAI and ASDAS and AVS were the instruments used to evaluate the activity of RA, AS and pain, respectively. The SPSSv24.0 software was used for the statistical analysis of the data. The inferences for the population with RA and AS followed in RU-CB, were made at a significance level of 5%. Results: Observed patients with RA are mainly women over 60 years of age and with a duration of RA greater than 10 years, whereas patients with AS are, in a greater percentage, men between the ages of 40-50 and duration of AS between 3-5 years. Most RA patients are in remission and have no pain/mild pain. Similarly, for AS, most patients have mild activity and no pain/mild pain. Regarding medication, in both diseases, NSAIDs are the most consumed drugs, although DMARDs, corticosteroids and biologicals also contribute to the control of these rheumatic diseases, especially RA. Regarding the CV and GI study associated with NSAIDs, only 5,5%, 2,7% and 1,4% of the observed patients with RA were submitted to upper digestive endoscopy (UDE), cardiac catheterization and cardiac admission, respectively. In AS, only 22,2% were submitted to UDE. The statistical analysis also found that there are more patients who consume NSAIDs than those who do not (RA: p=0,000 and AS: p=0,0215) and that pain is associated with RA (DAS28-CRP: p=0,001 and DAS28-SR: p=0,000) and AS (ASDAS-CRP: p=0,048 and ASDAS-SR: p=0,009) activity scales. Conclusion: In RU-CB, RA and AS are well controlled: remission/mild activity, absence of pain/mild pain and few CV and GI adverse effects, with NSAIDs being the most consumed drugs. There are significant associations between pain-DAS28 and pain-ASDAS.Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoFernandes, Ana Paula André MartinsRocha, Ana Carolina dos Santos SilvauBibliorumSilva, Adriana Maria Madeira e2020-01-16T16:39:57Z2018-05-302018-04-52018-05-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8375TID:202361829porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8375Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:43.449471Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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