Fear or curiosity: does a shelter help to be courageous?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/39914 |
Resumo: | Tese de mestrado, Biologia da Conservação, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2019 |
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Fear or curiosity: does a shelter help to be courageous?Teste de campo abertoMusStressComportamentoCortisolTeses de mestrado - 2019Domínio/Área Científica::Ciências Naturais::Ciências BiológicasTese de mestrado, Biologia da Conservação, Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2019O teste de campo aberto (TCA) teve como objetivo inicial relacionar o número de excrementos num espaço aberto com o índice de timidez do animal, a sua atividade locomotora e exploratória. Atualmente, o número de variáveis usadas neste tipo de teste cresceu substancialmente e as suas características são controladas pelo experimentador e ajustadas às espécies e à questão específica, podendo haver assim, uma elevada variabilidade destas. Para além da componente comportamental, também a avaliação hormonal (através de cortisol ou corticoesterona) se tornou num fator a ser levado em conta no estudo do TCA. Uma das diferenças encontradas entre estudos é a presença e ausência de abrigo. Devido a esta diferença, a interpretação dos resultados obtidos a partir do TCA nem sempre é clara. O objetivo deste trabalho foi de determinar a influência da presença/ausência de um abrigo num TCA na ocorrência de comportamentos relacionados com o stress e níveis hormonais em ratinhos selvagens das espécies Mus musculus domesticus e Mus spretus capturados nas zonas de Alenquer, Lisboa e serra de Sintra. Esperava-se que com a presença de um abrigo os níveis de stress diminuíssem e atividade exploratória fosse promovida, em especial na espécie M. spretus, menos habituada a ambientes humanizados e por isso, mais sensível a situações de stress. Os indivíduos pertencentes ao grupo experimental foram expostos ao TCA com e sem abrigo, e o seu comportamento foi registado durante sessões de 10 minutos de duração para cada tratamento. Após cada sessão foi realizada uma colheita de sangue em cada indivíduo, cujo soro foi analisado em relação aos níveis de concentração de cortisol, os dados foram divididos em três grupos: experimental, controlo e baseline. Para a avaliação comportamental, foram escolhidas onze variáveis dependentes: (1) tempo na zona de abrigo/base (2) tempo na zona central, (3) tempo na zona de margem, (4) distância total percorrida, (5) velocidade média, e os comportamentos (6) “ambulation”, (7) “rearing”, (8) “jump”, (9) “grooming”, (10) “manipulation” e (11) “freezing”. Os resultados mostraram que a presença de um abrigo teve impacto significativo nos níveis hormonais e nas ocorrências comportamentais, sendo o valor de cortisol menor quando um abrigo se encontrava presente em ambas as espécies. A espécie M. spretus, foi a que demonstrou maior sensibilidade à presença de um abrigo, pois não apresentou diferenças significativas de valores de cortisol entre o tratamento com abrigo e o grupo de controlo (sem tratamento). Este resultado foi contra o que era esperado pois sendo M. spretus uma espécie de ambientes mais naturais, e menos habituada a presença humana, esperava-se que as diferenças de cortisol fossem significativas. Pelo contrário, a espécie M. m. domesticus, (uma espécie comensal, e por isso, mais habituada a ambientes e presença humana) apresentou valores de cortisol mais elevados. A nível comportamental, o tempo passado na zona de abrigo/base da arena e comportamentos como “grooming” e “freezing” foram significativamente afetados pela presença/ausência de um abrigo. Os resultados indicam que a configuração do TCA tem um impacto importante nos resultados pelo menos, se a espécie em estudo for selvagem. Espera-se portanto, espera-se que este trabalho possa contribuir para reforçar o papel de testes comportamentais como o TCA na conservação de espécies ameaçadas, nomeadamente, na seleção de indivíduos para ações de libertação na natureza ou programas de reprodução.The open field test (OFT) initially aimed to relate the number of excrements in an open space with the animal's shyness index, its locomotor and exploratory activity. Currently, the number of variables used in this type of test has grown substantially and their characteristics are controlled by the experimenter and adjusted to the species and the specific issue, so there may be a high variability. One of the differences found between published studies is the presence and absence of shelter, because of this difference, the interpretation of the results obtained from the OFT is not always clear. The objective of this work is to determine the influence of the presence / absence of a shelter in an OFT on the occurrence of exploratory and stress-related behaviors and hormone levels in wild Mus musculus domesticus and M. spretus mice captured in the areas of Alenquer, Lisboa and Serra de Sintra. Individuals in the experimental group were exposed to the OFT configurations with and without a shelter, and had their behavior recorded during 10-minute sessions for each treatment. After each session a blood sample was taken from each individual, whose serum was analyzed for cortisol concentration levels and the data were divided into three groups: experimental, control and baseline. Eleven variables were chosen for the behavioral assessment: (1) time spent in the shelter/base zone (2) time spent in the center zone, (3) time spent at the margin zone, (4) total distance moved, ( 5) average speed, and (6) ambulation, (7) rearing, (8) jump, (9) grooming, (10) manipulation, and (11) freezing behaviors. The results showed that the presence of a shelter had a significant impact on hormonal levels and behavioral occurrences, with a lower cortisol value when a shelter was present in both species. M. spretus showed the highest sensitivity to the presence of a shelter as it did not show significant differences in cortisol values between the shelter treatment and the control group (no treatment). At the behavioral level, the time spent at the center of the arena and behaviors such as grooming, and freezing were significantly affected by the presence / absence of a shelter. The results indicate that the configuration of the OFT has an important impact on the results, at least if the species under study is wild. We hoped this work may contribute to reinforce the role of behavioral testing in the conservation of endangered species, in particular in the selection of individuals for wild release or breeding programs.Cerveira, Ana MotaMerten, Sophie vonRepositório da Universidade de LisboaSilva, Ricardo Fernandes Batista da2019-10-22T15:11:13Z201920192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/39914TID:202288420enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:38:55Zoai:repositorio.ul.pt:10451/39914Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:53:41.468692Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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