O Blocódromo está na rua: a apropriação mercadológica e os blocos de carnaval da cidade do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rlec.2114 |
Resumo: | A partir da proposta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro de criar uma arena para desfile de blocos carnavalescos, para o carnaval de 2018, projeto que ficou conhecido como “Blocódromo”, visamos identificar que aspectos deste empreendimento – que não saiu do papel – ganharam vida no carnaval de 2019. Para tanto, abordaremos esta manifestação carnavalesca como objeto de ressignificações na sociedade contemporânea, o que se revela de modo evidente nos variados estágios de reformulação do projeto Arena Carnaval Rio, tanto em 2018 (o que inclui mudanças estruturais e de data) como em 2019, quando recebeu um outro formato, cuja implementação esbarrou em novos processos de negociação. A partir daí, utilizando alguns blocos de carnaval, analisaremos a ideia de apropriação destes grupos como produtos de interesse mercadológico, tanto por empresas privadas quanto pelo poder público, destacando questões como a perda de controle sobre práticas culturais assim como os efeitos da mercantilização e turistificação do carnaval carioca. Através das tensões e diálogos entre os diversos atores envolvidos observaremos como este tipo de organização carnavalesca desafia o projeto de ordenação da festa, por meio das disputas de poder nas vias públicas, enquanto se revela uma atraente fonte de receita. |
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O Blocódromo está na rua: a apropriação mercadológica e os blocos de carnaval da cidade do Rio de JaneiroThe Blocódromo is out: the market takeover and the street parades in RioArtigos temáticosA partir da proposta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro de criar uma arena para desfile de blocos carnavalescos, para o carnaval de 2018, projeto que ficou conhecido como “Blocódromo”, visamos identificar que aspectos deste empreendimento – que não saiu do papel – ganharam vida no carnaval de 2019. Para tanto, abordaremos esta manifestação carnavalesca como objeto de ressignificações na sociedade contemporânea, o que se revela de modo evidente nos variados estágios de reformulação do projeto Arena Carnaval Rio, tanto em 2018 (o que inclui mudanças estruturais e de data) como em 2019, quando recebeu um outro formato, cuja implementação esbarrou em novos processos de negociação. A partir daí, utilizando alguns blocos de carnaval, analisaremos a ideia de apropriação destes grupos como produtos de interesse mercadológico, tanto por empresas privadas quanto pelo poder público, destacando questões como a perda de controle sobre práticas culturais assim como os efeitos da mercantilização e turistificação do carnaval carioca. Através das tensões e diálogos entre os diversos atores envolvidos observaremos como este tipo de organização carnavalesca desafia o projeto de ordenação da festa, por meio das disputas de poder nas vias públicas, enquanto se revela uma atraente fonte de receita.Starting from the proposal of Rio de Janeiro’s City Hall to create an arena for the carnival parades in 2018 known as “Blocódromo”, this work aims to identify which aspects of this venture – which remained aspirational – came to life in 2019’s carnival. To do so, this carnival manifestation will be approached as an object of re-signification in contemporary society, which is evident in the varied reformulation stages of the Rio Carnival Arena project, both in 2018 (which includes structural and date changes) as in 2019, when it received another configuration, which involved new negotiation processes in order to be implemented. Henceforth, using street carnival parades as an example, this project will analyse the idea of appropriation of these groups as products of market interest, both by the private and public sectors, highlighting issues such as loss of control over cultural practices as well as the effects of commodification and growth of tourist flow in Rio’s carnival. Through the tensions and debates between the various stakeholders this work aims to observe how this type of carnival organization challenges the event’s organization as a whole, considering the power struggles on public roads while it proves to be an attractive source of revenue.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2019-12-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.2114por2183-08862184-0458Ribeiro, Tiago Luiz dos SantosFerreira, Felipeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:20:43Zoai:journals.uminho.pt:article/2114Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:19.546913Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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