Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/6565 |
Resumo: | Falar do subúrbio do ponto de vista da sua produção, reprodução e consumo implica olhar para o seu significado em termos de representação. O termo não tem um significado autónomo e a sua ambiguidade assenta no seu caráter marginal, periférico, mas também no paradoxo que corporifica: simultaneamente uma fuga à cidade e um fantasma desta, autodestrutivo, que é preciso transformar. Esta ambiguidade fez também com que, desde sempre, os arquitetos procurassem urbanizar o suburbano, ou suburbanizar a cidade. Isto reflete a ausência de autonomia do subúrbio enquanto corpo de investigação, bem como a inexistência de um discurso sobre o suburbano com referenciais próprios, que não os da prática tradicional do urbanismo. Ao continuarmos a pensar o subúrbio como um mal a eliminar, arriscamo-nos a nunca nos envolver com as suas verdadeiras questões, a tentar mascarar o suburbano de urbano, a continuar a negar a sua natureza distinta. Descobrir o suburbanismo como disciplina, e o subúrbio como projeto é o grande desafio do arquiteto contemporâneo. |
id |
RCAP_f0956c714c1b04acfbe7c7c3a2bda00c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ual.pt:11144/6565 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinarsuburbanismosuburbanizarsuburbiamarginalidadearquiteturaFalar do subúrbio do ponto de vista da sua produção, reprodução e consumo implica olhar para o seu significado em termos de representação. O termo não tem um significado autónomo e a sua ambiguidade assenta no seu caráter marginal, periférico, mas também no paradoxo que corporifica: simultaneamente uma fuga à cidade e um fantasma desta, autodestrutivo, que é preciso transformar. Esta ambiguidade fez também com que, desde sempre, os arquitetos procurassem urbanizar o suburbano, ou suburbanizar a cidade. Isto reflete a ausência de autonomia do subúrbio enquanto corpo de investigação, bem como a inexistência de um discurso sobre o suburbano com referenciais próprios, que não os da prática tradicional do urbanismo. Ao continuarmos a pensar o subúrbio como um mal a eliminar, arriscamo-nos a nunca nos envolver com as suas verdadeiras questões, a tentar mascarar o suburbano de urbano, a continuar a negar a sua natureza distinta. Descobrir o suburbanismo como disciplina, e o subúrbio como projeto é o grande desafio do arquiteto contemporâneo.CEACT/UAL2023-07-26T15:28:05Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11144/6565por2182-4339Pacheco, Mónicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-11T02:18:50Zoai:repositorio.ual.pt:11144/6565Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:33:42.886675Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar |
title |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar |
spellingShingle |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar Pacheco, Mónica suburbanismo suburbanizar suburbia marginalidade arquitetura |
title_short |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar |
title_full |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar |
title_fullStr |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar |
title_full_unstemmed |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar |
title_sort |
Suburbanismo, sobre uma potencial autonomização disciplinar |
author |
Pacheco, Mónica |
author_facet |
Pacheco, Mónica |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pacheco, Mónica |
dc.subject.por.fl_str_mv |
suburbanismo suburbanizar suburbia marginalidade arquitetura |
topic |
suburbanismo suburbanizar suburbia marginalidade arquitetura |
description |
Falar do subúrbio do ponto de vista da sua produção, reprodução e consumo implica olhar para o seu significado em termos de representação. O termo não tem um significado autónomo e a sua ambiguidade assenta no seu caráter marginal, periférico, mas também no paradoxo que corporifica: simultaneamente uma fuga à cidade e um fantasma desta, autodestrutivo, que é preciso transformar. Esta ambiguidade fez também com que, desde sempre, os arquitetos procurassem urbanizar o suburbano, ou suburbanizar a cidade. Isto reflete a ausência de autonomia do subúrbio enquanto corpo de investigação, bem como a inexistência de um discurso sobre o suburbano com referenciais próprios, que não os da prática tradicional do urbanismo. Ao continuarmos a pensar o subúrbio como um mal a eliminar, arriscamo-nos a nunca nos envolver com as suas verdadeiras questões, a tentar mascarar o suburbano de urbano, a continuar a negar a sua natureza distinta. Descobrir o suburbanismo como disciplina, e o subúrbio como projeto é o grande desafio do arquiteto contemporâneo. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-01-01T00:00:00Z 2012 2023-07-26T15:28:05Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11144/6565 |
url |
http://hdl.handle.net/11144/6565 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2182-4339 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
CEACT/UAL |
publisher.none.fl_str_mv |
CEACT/UAL |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136815246999552 |