Conhecimentos dos Transeuntes da Praça do Geraldo sobre AVC

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sim-Sim, Margarida
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Bule, Maria José, Correia, Isabel Maria Tarico Bico, Marques, Maria João
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/11183
Resumo: Introdução: Na população portuguesa o AVC constitui a primeira causa de morte, com significado na taxa de anos de vida perdidos (1). A morbilidade por AVC acarreta estados sensíveis do doente (2) e recursos avultados. Estudos estrangeiros relatam o conhecimento da população sobre AVC (3-5), contudo na região Alentejo, com elevada taxa de mortalidade (6), a perspetiva do cidadão não está documentada. Objetivos: descrever os conhecimentos que transeuntes circunstanciais da praça principal da cidade de Évora possuem sobre AVC. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, realizado na comemoração da semana do AVC. Assegurou-se o carácter voluntário da participação. Dos 233 abordados 207 concordaram em participar. Formulário com questões dicotómicas inquiria sobre a ocorrência pessoal de diabetes, hipertensão, obesidade, colesterol elevado, doença cardíaca e hábitos tabágicos. Face a duas checklist solicitava-se o reconhecimento de fatores de risco para AVC e de sinais e sintomas. Inquiriam-se os sujeitos sobre a informação oferecida pelos serviços de saúde relativamente ao AVC. Resultados: Exceto um, todos os participantes já ouviram falar de AVC, destacando-se como fonte de informação a televisão (N=191; 92.7%). Na análise de respostas múltiplas observou-se que na percentagem individual de cada item da checklist a hipercolesterolémia é a condição mais apontada (92.7%). Seguem-se as doenças do coração (178 menções; 86.4%) e o tabagismo (169; 82%). Tomando-se os sujeitos que identificam como fatores de risco o tabagismo, doença cardíaca, colesterol elevado e a diabetes, contatou-se que as representações percentuais são mais elevadas naqueles que já têm presente na sua saúde tal patologia ou comportamento. Nos sujeitos que reconhecem a idade avançada como fator de risco, aqueles com mais de 65 anos valorizam menos este fator. Na checklist com os sinais e sintomas, obtiveram-se 1326 menções. Os três sintomas mais reconhecidos são a dormência de um dos lados do corpo (185 menções; 90.7%), fraqueza de um dos lados do corpo (164 menções; 80.4%), dificuldade em falar (163 menções; 79.9%). Mais de metade dos sujeitos qualifica como pouca (N=104; 50.2%) ou nenhuma (N=23; 11.1%) a informação oferecida pelos serviços de saude. Conclusões: A entidade patológica não é estranha à amostra e parece espelhar a consciencialização de hábitos culturais, estilos de vida e ainda os esforços da DGS nos programas e comemorações como forma de sensibilizar a população. A rapidez de ativar o socorro poderá contudo constituir uma área a desenvolver no conhecimento da população, já que cerca de metade dos participantes considera parca a informação oferecida.
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