Distribuição de lamas e efluentes vinícolas no solo: uma alternativa eco-eficiente para o seu tratamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.19084/rca.15724 |
Resumo: | Neste trabalho analisam-se o estado da arte relativo aos princípios e métodos subjacentes à distribuição de efluentes vinícolas (EVs) e lamas de ETAR no solo; o respectivo processo técnico de execução; as suas limitações; os aspectos relativos aos solos e culturas mais adequadas e os aspectos a considerar na implementação deste sistema (nomeadamente o volume e época ideal de aplicação). Finalmente analisa-se a regulamentação existente, apontando-se as principais lacunas encontradas. A distribuição de lamas e efluentes vinícolas no solo, pela sua simplicidade e custo reduzido, é uma alternativa de tratamento económica e tecnologicamente interessante, sendo usada em diversos países produtores de vinho, nomeadamente em França, Austrália, África do Sul e USA. Considera-se um tipo de tratamento alternativo a outros mais exigentes em termos económicos e tecnológicos, e uma prática agronómica que, bem utilizada, contribui para o fornecimento de água e nutrientes ao solo. Enquadra-se nas recentes directivas em matéria ambiental, pois visa, simultaneamente, o aproveitamento agronómico e o tratamento de resíduos. Em Portugal, a distribuição destes efluentes é um processo pouco utilizado, carecendo de legislação quanto a épocas, volumes e condições de aplicação em função do tipo de solo, para que seja, efectivamente, um processo de tratamento e não um sistema de distribuição de poluição. Quanto à aplicação de lamas existem al-guns trabalhos publicados, principalmente com lamas de ETARs domésticas. Em geral, o volume de EVs aplicado noutros países oscila entre 100-600 m3 ha-1 ano-1, distribuído em várias aplicações. O volume de lamas a distribuir, depende do teor do solo e das lamas em metais pesados, pelo que deve ser feita uma análise caso a caso. Em termos médios, considera-se adequada a aplicação de doses até 50t ha-1 ano-1. |
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Distribuição de lamas e efluentes vinícolas no solo: uma alternativa eco-eficiente para o seu tratamentoDistribuição de lamas e efluentes vinícolas no solo: uma alternativa eco-eficiente para o seu tratamentoGeralNeste trabalho analisam-se o estado da arte relativo aos princípios e métodos subjacentes à distribuição de efluentes vinícolas (EVs) e lamas de ETAR no solo; o respectivo processo técnico de execução; as suas limitações; os aspectos relativos aos solos e culturas mais adequadas e os aspectos a considerar na implementação deste sistema (nomeadamente o volume e época ideal de aplicação). Finalmente analisa-se a regulamentação existente, apontando-se as principais lacunas encontradas. A distribuição de lamas e efluentes vinícolas no solo, pela sua simplicidade e custo reduzido, é uma alternativa de tratamento económica e tecnologicamente interessante, sendo usada em diversos países produtores de vinho, nomeadamente em França, Austrália, África do Sul e USA. Considera-se um tipo de tratamento alternativo a outros mais exigentes em termos económicos e tecnológicos, e uma prática agronómica que, bem utilizada, contribui para o fornecimento de água e nutrientes ao solo. Enquadra-se nas recentes directivas em matéria ambiental, pois visa, simultaneamente, o aproveitamento agronómico e o tratamento de resíduos. Em Portugal, a distribuição destes efluentes é um processo pouco utilizado, carecendo de legislação quanto a épocas, volumes e condições de aplicação em função do tipo de solo, para que seja, efectivamente, um processo de tratamento e não um sistema de distribuição de poluição. Quanto à aplicação de lamas existem al-guns trabalhos publicados, principalmente com lamas de ETARs domésticas. Em geral, o volume de EVs aplicado noutros países oscila entre 100-600 m3 ha-1 ano-1, distribuído em várias aplicações. O volume de lamas a distribuir, depende do teor do solo e das lamas em metais pesados, pelo que deve ser feita uma análise caso a caso. Em termos médios, considera-se adequada a aplicação de doses até 50t ha-1 ano-1.The aim at this review is to assess the state of the art relative to the principles and methods of the winery effluents and sludges distribution; its technical description and limitations; soils and cultures adapted; aspects to be considered, and finally the Portuguese legislation in this subject (its major gaps are listed). The distribution of winery effluents and sludges is a simple, low cost and technologically interesting alternative for treating these type of residues. This method is widely used in France, Australia, South Africa and USA. Its even preferred to other treatments because its less expensive and simple compared with others more complex and demanding specific work labour. Simultaneously is a good agronomic practice that, if correctly used, can contribute to water content and soil nutrient status. There is also the potential for control of various pests and diseases due to the phytochemical composition of the effluents. This practice is suitable in terms of current environmental concerns, because the liquid residues have an agricultural use and are recycled, supplying water and other benefits to the soil. In Portugal this process is rarely used, and there is even a lack on legislation in relation to this matter. It is essential that legislation is agreed concerning the use of these effluents with respect to the treatment time of the year, volumes, and application conditions in relation to the soil type.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2018-11-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.19084/rca.15724por2183-041X0871-018XPirra, António José Duqueinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:23:52Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/15724Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:30:35.670594Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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