Fronteira e contacto em O Meu Nome é Legião

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paiva,Daniel
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0807-89672013000300012
Resumo: Este ensaio pretende rever as relações pós-coloniais presentes na obra O Meu Nome é Legião, de António Lobo Antunes, a partir de uma perspetiva geográfica. A narrativa polifónica de Lobo Antunes permite o sobrepor de diferentes representações sociais e espacialidades, construindo uma imagem complexa da condição pós-colonial lisboeta do Século XXI. Neste romance, é visível como as fronteiras mentais do colonialismo são transpostas para o espaço urbano metropolitano e moldam o mesmo. As relações sociais das personagens oscilam entre a alteridade e o hibridismo em espaços que são simultaneamente fronteira e heterotopia. Começaremos por debater estes quatro conceitos para, de seguida, refletirmos sobre algumas constantes na escrita de Lobo Antunes em relação às temáticas pós-coloniais. Numa segunda fase passar-se-á à análise do texto em si, caracterizando-se as representações sociais e geográficas das várias personagens da obra.
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