Controlo da Hipertensão Arterial nos Cuidados de Saúde Primários: Uma Comparação entre Nativos Portugueses e Imigrantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Elisa
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Alarcão, Violeta, Simões, Rui, Fernandes, Milene, Gómez, Verónica, Souto, Diana, Nogueira, Paulo, Nicola, Paulo, Rocha, Evangelista
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/12903
Resumo: Introdução: Em Portugal, a percentagem de hipertensos tratados e controlados é relativamente baixa. Desconhece-se a relação dos determinantes socioeconómicos com o controlo tensional, particularmente nos imigrantes africanos. Objetivo: Comparar a frequência de controlo nos hipertensos tratados e identificar características associadas à hipertensão tratada não controlada, entre nativos portugueses (caucasianos) e imigrantes dos PALOP (negros). Material e Métodos: Estudo transversal de hipertensos tratados, com 40-80 anos, aleatorizados dos Cuidados de Saúde Primários da região de Lisboa. Recolheram-se dados sociodemográficos, clínicos e cuidados de saúde por entrevistas estruturadas. Comparou-se a frequência de hipertensos não controlados nos dois grupos, identificando-se fatores relacionados por análise univariada e multi-variada. Resultados: Participaram 786 hipertensos tratados (taxa de participação: 71%): 449 nativos e 337 imigrantes. Destes, 46% tinham a hipertensão controlada. A pressão arterial diastólica foi mais elevada nos imigrantes mais novos. Nos nativos, o não controlo associou--se a: sexo masculino, menor grau de escolaridade, ida aos serviços de urgência e/ou enfermagem e não ida ao médico de família; nos imigrantes, ser solteiro, recorrer ao farmacêutico, número de anos de doença e não adesão intencional à terapêutica. Discussão: O controlo da hipertensão tratada tem vindo a aumentar nos últimos anos. Nativos e imigrantes diferenciam-se no controlo tensional relativamente à frequência do recurso a consulta do médico de família, e de outros serviços e profissionais de saúde. Estas diferenças não se refletiram em taxas de controlo estatisticamente significativas. Conclusões: Será necessário definir estratégias para o controlo da hipertensão nos cuidados de saúde primários diferenciadas para os grupos étnicos.
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