Adaptação à gravidez e ao nascimento de um filho de mulheres infectadas pelo VIH/SIDA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Marco
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Canavarro, Maria Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/20685
Resumo: A gravidez e a maternidade têm sido, ao longo do tempo, consideradas um vector fundamental de identidade na mulher. Os valores e normas culturais da larga maioria das sociedades ocidentais encorajam a reprodução e enfatizam a maternidade como valor instituído para as mulheres. As diferenças culturais, por sua vez, determinam diferentes níveis de importância no que respeita à reprodução. Em certas comunidades, a gravidez eleva o estatuto das mulheres e é frequentemente sentida como um momento de realização pessoal. Os bebés representam o amor, a aceitação e um legado para o futuro, mesmo para as mulheres cujo futuro pode estar dramaticamente comprometido. Este estudo tem como principal objectivo avaliar a adaptação das mulheres infectadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) à gravidez e ao nascimento de um filho. Como indicadores de ajustamento avaliámos, numa amostra constituída por 31 grávidas infectadas: a percepção de stress, a sintomatologia psicopatológica e a reactividade emocional. Embora as gravidezes que ocorrem em contextos de risco ou nos casos em que o diagnóstico da doença (e.g., infecção pelo VIH/SIDA) ocorre após a ocorrência de gravidez, possam implicar maiores exigências de adaptação, os resultados encontrados apontam para a gravidez como contexto protector face à expressão de psicopatologia ou de emocionalidade mais negativa.
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