Os ofícios dos metais nas cidades medievais portuguesas: o caso dos ourives (1300-1499)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/79563 |
Resumo: | A primeira referência documental acerca da legislação do trabalho dos metais, nomeadamente os preciosos em Portugal, na Idade Média, data do século XI, quando nos surge a referência a um ourives, no tempo do conde D. Henrique. Apesar das lacunas existentes na informação relativa a este tema, conclui-se que tanto os cristãos como os judeus sempre trabalharam os metais. Para tal, foram agraciados por privilégios concedidos pelos reis de Portugal, tanto de propriedade, como de natureza económica, fiscal e social. No entanto, os privilégios dos mestres judeus têm sempre de ser enquadrados nas limitações impostas pela sociedade à sua diferente condição etno- religiosa. É certa a ancestral existência de ourives cristãos e judeus em Portugal. Mas ao longo dos séculos XIV e XV os registos documentais de ambos não são idênticos em número e em dispersão espacial. Aliás, apenas em dezoito cidades aparecem documentados ourives, o que nos leva a crer que a ourivesaria não se desenvolvia de facto em todo o território português, ou devido à falta de documentação mais relevante e mais aprofundada sobre o exercício deste ofício, apesar de ser um dos mais conceituados. A presente dissertação de mestrado pretende, mediante a análise da legislação e da documentação avulsa sobre os ourives, elucidar, tanto quanto possível, o exercício dos mesteirais da ourivesaria ao tentar compreender a sua dinâmica interna, bem como a relação que mantinham uns com os outros e obviamente com as autoridades concelhias/régias entre os séculos XIV e XV. Para tal, é preciso recuar até aos séculos XII e XIII para se analisar a documentação do período referido, que depois se alarga exponencialmente nos séculos XIV e XV. |
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Os ofícios dos metais nas cidades medievais portuguesas: o caso dos ourives (1300-1499)PortugalIdade MédiaCidadesMesteresMetais preciososMiddle AgesCitiesCraftsDomínio/Área Científica::Humanidades::História e ArqueologiaA primeira referência documental acerca da legislação do trabalho dos metais, nomeadamente os preciosos em Portugal, na Idade Média, data do século XI, quando nos surge a referência a um ourives, no tempo do conde D. Henrique. Apesar das lacunas existentes na informação relativa a este tema, conclui-se que tanto os cristãos como os judeus sempre trabalharam os metais. Para tal, foram agraciados por privilégios concedidos pelos reis de Portugal, tanto de propriedade, como de natureza económica, fiscal e social. No entanto, os privilégios dos mestres judeus têm sempre de ser enquadrados nas limitações impostas pela sociedade à sua diferente condição etno- religiosa. É certa a ancestral existência de ourives cristãos e judeus em Portugal. Mas ao longo dos séculos XIV e XV os registos documentais de ambos não são idênticos em número e em dispersão espacial. Aliás, apenas em dezoito cidades aparecem documentados ourives, o que nos leva a crer que a ourivesaria não se desenvolvia de facto em todo o território português, ou devido à falta de documentação mais relevante e mais aprofundada sobre o exercício deste ofício, apesar de ser um dos mais conceituados. A presente dissertação de mestrado pretende, mediante a análise da legislação e da documentação avulsa sobre os ourives, elucidar, tanto quanto possível, o exercício dos mesteirais da ourivesaria ao tentar compreender a sua dinâmica interna, bem como a relação que mantinham uns com os outros e obviamente com as autoridades concelhias/régias entre os séculos XIV e XV. Para tal, é preciso recuar até aos séculos XII e XIII para se analisar a documentação do período referido, que depois se alarga exponencialmente nos séculos XIV e XV.The first information about metalworking legislation, namely the one that deals with precious metals, appears during the Portuguese Middle Ages in the 11th century. This reference mentions a goldsmith in the time of the Count D. Henrique. Despite the flaws in the information it can be concluded that both Jews and Christians have always crafted metals. Because of that, they were often gifted with lands, privileges or financial and social boons by the Portuguese rulers. For the Jew masters these boons were limited by the society because of the religious differences. Although since the beginning there have been goldsmiths in Portugal the records show a different number and area dispersion of the workers during the XIV and XV centuries. The same information tells us that there were goldsmiths in only 18 towns in the entire kingdom, which indicates that this profession was not developed in the entirety of the Portuguese territory or that there is lack of accurate information about this craft, namely on the written records and testimonies, leading to a difficulty to pinpoint exactly the location of every goldsmith in the kingdom. The present master’s thesis intends, through the analysis of the legal records and other documentation about the goldsmiths, to explain this profession by understanding its inner workings and the relations between representatives and the king’s authorities in the XIV and XV centuries. For that we will go back to the XII and XIII centuries to study the documentation up until the second half of the XV.Branco, Maria João ViolanteAndrade, Amélia AguiarRUNAcs, Luana Narcisa2019-08-29T14:43:47Z2019-07-122019-06-142019-07-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/79563TID:202262391porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:35:18Zoai:run.unl.pt:10362/79563Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:35:48.655766Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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