Estudo exploratório das perceções de fatores de risco e do potencial envolvimento da população na prevenção de incêndios rurais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedrosa, Ema Cristina Duarte
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/8078
Resumo: Todos os anos Portugal é afetado por incêndios rurais, que destroem fauna, flora, infraestruturas e até vidas humanas. Embora os incêndios tenham sido sempre uma realidade, nas últimas décadas estes têm aumentado em extensão e gravidade. Torna-se evidente que apenas combater os incêndios rurais quando estes ocorrem já não é uma solução viável, é preciso adotar medidas diferentes e estas medidas passam pela prevenção. Com esta investigação pretende-se avaliar a perceção da população, em Portugal, para os fatores de risco de incêndio rural, sejam eles, risco de ignição ou de propagação, bem como explorar a sua disposição em contribuir para a prevenção destes incêndios. Para explorar esses temas foram realizados três grupos de foco, reunindo uma amostra de 17 participantes, e foi realizado um questionário online a 301 indivíduos. Concluiu-se que os participantes estão conscientes dos riscos associados aos incêndios rurais, revelando-se, no entanto, uma maior facilidade em identificar os fatores de risco de ignição do que os fatores de risco de propagação. Embora identifiquem o ser humano como um dos principais responsáveis pela ignição de incêndios rurais, em resultado de atividade criminosa, negligência ou devido a transtorno psicológico – piromania, revelam algum desconhecimento dos fatores de risco de propagação. A acumulação de combustível vegetal e as condições climáticas são identificadas como fatores de risco de propagação, embora esta identificação não seja tão direta como foi no caso dos fatores de ignição; além disso, a topografia, que é também um dos principais fatores de risco de propagação, nunca foi referida pelos participantes em nenhuma das metodologias de investigação. Em ambas as abordagens foi explorada a hipótese da população contribuir para a prevenção dos incêndios, através da monitorização do estado das florestas, de onde se concluiu que a maioria da população está disposta a contribuir para a prevenção dos incêndios rurais e que, quando dado à escolha entre contribuir para esta prevenção disponibilizando tempo para dedicar à monitorização do estado das florestas ou disponibilizando dinheiro para financiar esta monitorização, a maioria prefere contribuir com o seu tempo.
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