Insomnia and psychosocial stress in patients with pain in the orofacial region

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nobre, Bárbara Patrícia Guerra
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/53865
Resumo: Tese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2020
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spelling Insomnia and psychosocial stress in patients with pain in the orofacial regionSonoinsóniaDor na região orofacialBem-estarFatores psicossociaisAutoavaliaçãoTeses de mestrado - 2021Domínio/Área Científica::Ciências MédicasTese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2020Insomnia, the most common sleep disorder, is highly prevalent and causes clinically significant functional distress or impairment, both at physical and psychological levels. Sleep complaints are present in a large majority of pain disorders and individuals with insomnia often suffer from pain. Pain in the orofacial region (OFR) includes the pain arising from the regions above the neck, in front of the ears, and below the orbitomeatal line, the oral cavity itself, and might be also associated with temporomandibular disorders. Few studies have been evaluating the relationship between OFR and insomnia but failed to address the triad OFR, insomnia, and associated psychosocial factors which was the purpose of the present study. For that, anonymized data of 184 adult patients with OFR, both sexes (71.2% women), aged 45.8±16.4 years were extracted from the self-screening WISE platform (Web-based Interdisciplinary Symptom Evaluation). Significant medical or psychiatric conditions, shift working, or drug treatments that may cause insomnia were exclusion criteria. Prevalence data for insomnia (ISI), stratified by severity grade, and psychometric measures (DCQ, GAD-7, IPQ, PCS, PHQ-4, PHQ-9, IEQ, and PHQstr) assessing the dysmorphic concern, anxiety, illness perception, pain related catastrophizing and disability, distress, depression, injustice experience, and psychosocial stress were performed. The correlations of psychometric scores with insomnia grades having gender, age, and employment status as putative confounders were analysed. Globally, patients had a normal weight or were pre-obese, being most of them light smokers and active workers. From the recruited patients, 34.8% reported insomnia symptoms, with 16.3% of them reaching moderate to severe insomnia which is clinically relevant. Pain intensities, psychosocial burden, and sleep disturbances were higher in women than men. Severe depression, anxiety, and distress were the most frequent symptoms (18.5-23.9%), while clinically relevant stress and dysmorphic concern were the least (5.40% and 3.80%, respectively). The results of correlation analysis of the psychometric measures and insomnia scores were as follows: DCQ, GAD-7, IPQ, PCS, PHQ-4, and PHQ-9 had moderate and strong associations (rs > 0.300) with ISI scores of all respondents and women (unlike the male group). The IEQ scores were strongly correlated with ISI scores between 8 and 21 (-0.608 < rs < 0.626). The association between PHQstr and ISI scores was only found in patients unable to work. Patients aged between 30 and 39 years had the greatest number of statistically significant correlations between the variables, while the seniors (>70 years) had none. The active workers constitute the employment status with the highest number of associations between sleep problems and impaired well-being (anxiety, pain catastrophizing, distress, and depression), followed by the retired ones. Despite the small number of data, that should be increased in the future, we may conclude that insomnia and psychosocial stressors biunivocal influence each other, with different weights, in OFR patients. Due to the high incidence of clinically relevant insomnia in OFR patients, these patients should always be screened for insomnia, at least, with a self-assessed questionnaire and appropriately counselled. In addition, our study shows how an easy-to-use self-assessment instrument, when used judiciously by the patient, can be useful in clinical practice by promoting a more complete assessment of the patient, his personalized treatment, and the strengthening of the doctor-patient relationship.A insónia, o distúrbio do sono mais comum, é altamente prevalente e causa um sofrimento ou défice funcional clinicamente significativo, tanto a nível físico quanto psicológico. As queixas de sono estão presentes na grande maioria das patologias que cursam com dor e os indivíduos com insónia, em muitas circunstâncias, também têm dor. A dor na região orofacial (DROF) pode ser definida como uma dor localizada na região acima do pescoço, junto ao pavilhão auricular e abaixo da linha orbitomeatal, bem como na cavidade oral ou associada à patologia temporomandibular. Muitas doenças podem levar a síndromes de dor orofacial que atualmente são classificadas em vários subgrupos. Frequentemente, tratamentos cirúrgicos inadequados levam a um ciclo vicioso que cria uma situação de dor persistente, portanto, uma abordagem de tratamento multimodal é essencial para evitar o agravamento da dor de forma a que se não torne crónica. No entanto, atualmente, o controlo da dor orofacial permanece desafiante. De acordo com a International Headache Society existe uma diferenciação entre síndromes de dor na região orofacial e outras condições dolorosas. Alguns estudos já avaliaram a relação entre dor na região orofacial e insónia, mas ainda não abordaram a tríade dor na região orofacial, insónia e fatores psicossociais associados. Este foi o objetivo do presente estudo. Para isso, dados previamente anonimizados de 184 doentes adultos com DROF, de ambos os sexos (71.2% mulheres), com idade de 45.8 ± 16.4 anos, foram extraídos da plataforma de autoavaliação de sintomas WISE. Condições médicas ou psiquiátricas, trabalho por turnos ou tratamentos com fármacos que possam causar insónia constituíram os critérios de exclusão. Foram realizados estudos de prevalência de insónia (ISI) estratificada por grau de gravidade, bem como estudos de avaliação psicométrica (DCQ, GAD-7, IPQ, PCS, PHQ-4, PHQ-9, IEQ e PHQstr), analisando a preocupação dismórfica, ansiedade, perceção da doença, catastrofização e incapacidade relacionadas com a dor, angústia, depressão, experiência de injustiça e stress psicossocial. A correlação dos resultados psicométricos com os graus de insónia, considerando como fatores confundidores o sexo, idade e empregabilidade foi, também, efetuada. Globalmente, os doentes apresentavam peso normal ou eram pré-obesos, sendo a maioria fumadores leves e trabalhadores ativos. Dos doentes recrutados, 34.8% deles relataram sintomas de insónia e 16.3% apresentavam insónia moderada e grave, que são os dois tipos de insónia clinicamente relevantes. A intensidade da dor, a carga psicossocial e os distúrbios do sono foram superiores nas mulheres. Depressão, ansiedade e angústia severas foram os sintomas mais frequentes (18.5-23.9%), enquanto o stress e a preocupação dismórfica clinicamente relevantes foram os menos frequentes (5.40% e 3.80%, respetivamente). A correlação das medidas psicométricas com os estádios de insónia foram os seguintes: DCQ, GAD-7, IPQ, PCS, PHQ-4 e PHQ-9 tiveram associações moderadas e fortes (rs > 0.300) com os valores obtidos pelo ISI para todos as doentes, mas não para o grupo de doentes masculinos. Os valores do IEQ foram fortemente correlacionados com os valores do ISI entre 8 e 21 (-0.608 < rs < 0.626). A associação entre os valores do PHQstr e do ISI foi encontrada apenas em doentes com incapacidade para o trabalho. Doentes com idade compreendida entre os 30 e 39 anos apresentaram o maior número de correlações estatisticamente significativas entre as variáveis, ao contrário dos doentes com mais 70 anos para os quais não se encontrou nenhuma. Os trabalhadores ativos constituíram o estatuto profissional com o maior número de associações entre problemas de sono e alterações de bem-estar como ansiedade, catastrofização da dor, angústia e depressão, sendo seguidos pelos doentes reformados. Assim, em doentes com dor orofacial, a insónia e fatores de stress psicossocial influenciam-se mutuamente de forma biunívoca embora com pesos diferentes. Em conclusão, este trabalho, apesar de baseado numa pequena coorte de pacientes que deverá ser futuramente aumentada, enfatiza a interconexão entre DROF, insónia e carga psicológica, bem como a relevância de avaliar, em ambientes clínicos, comorbidades somáticas e psicológicas que podem interromper o sono. As mulheres, os trabalhadores ativos e os doentes jovens e de meia-idade tiveram um predomínio de resultados mais expressivos, ou seja, as pontuações do ISI correlacionaram-se mais fortemente com as medidas do eixo II, representando os grupos que devem ser acompanhados de perto. Para além disso, o nosso estudo demonstra como um instrumento de autoavaliação de fácil utilização, quando usado de forma criteriosa pelo doente, pode ser útil na prática clínica, promovendo uma avaliação mais completa do doente, bem como o seu tratamento personalizado e o fortalecimento da relação médico-doente.Rocha, IsabelMeira e Cruz, MiguelRepositório da Universidade de LisboaNobre, Bárbara Patrícia Guerra2022-07-19T13:08:38Z2021-07-302021-07-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/53865TID:202752984enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T17:00:05Zoai:repositorio.ul.pt:10451/53865Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:04:50.767304Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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